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WEBMORNING - OS DADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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WEBMORNING - OS DADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O novo ouro das organizações Depois das pessoas, os dados são o maior ativo das organizações. Mas o desafio é saber como extrair valor deles. Para lá chegar, é preciso implementar a mudança cultural e organizacional em muitas entidades da AP, seja ao nível central ou local. APESAR DE HAVER JÁ MUITOS exemplos de sucesso no Estado na utilização dos dados para criar valor, há ainda muito por fazer. A começar por uma obrigatória mudança cultural e organizacional em muitas das entidades públicas, quer ao nível central quer local. Aprender com os dados para fazer melhor, ter analítica preditiva e saber como criar plataformas de dados abertos são desafios que terão que ser enfrentados e ultrapassados. Tal como garantir recursos humanos com as necessárias qualificações. A seguir às pessoas, os dados são o grande ativo das organizações. Mas há como saber extrair valor deles. No caso da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), a meta é “fomentar um círculo virtuoso de devolver em serviços e em valor acrescentado aos cidadãos na proporção da importância e do valor dos dados que gere”, como começou por explicar Mário Campos, Subdirector-geral dos Sistemas de Informação da AT, no início deste WebMorning, realizado em parceria com o SAS. Este responsável explica que a AT tem vindo a trabalhar a temática dos dados em diferentes perspetivas, todas assentes num princípio essencial: assegurar a qualidade dos dados nos seus diferentes vetores. Assim, e ao nível interno, foi definida uma abordagem segmentada dos dados, tendo em conta as necessidades e características “de quem é o nosso alvo, para endereçar o que valorizam, com os processos e ferramentas necessários à sua concretização”. Há perfis de utilizadores muito distintos. Como os consumidores de dados, que valorizam ter informação um local único de consulta, numa perspetiva multicanal, de forma fácil e credível, nomeadamente com ferramentas como relatórios e dashboards. Ou os exploradores, que valorizam a flexibilidade e soluções intuitivas e interativas, com capacidade de articulação entre o acesso aos dados e a sua autonomia no domínio do self-service. Já o nível, tecnicamente mais exigente, dos analistas valoriza temas como a performance e a analítica e estatísticas avançadas. Segundo Mário Campos, um dos desafios mais relevantes para fornecer este tipo dados é

3 No Estado, há ainda muito por fazer para saber como retirar todo o valor dos dados. Com destaque para uma obrigatória mudança cultural e organizacional em muitas das entidades públicas, quer ao nível central quer local. Fazer analítica preditiva e saber como criar plataformas de dados abertos são outros desafios, como ficou claro neste evento, que decorreu a 27 de maio conseguir ter recursos humanos próprios, com as valências necessárias, o que não é fácil num organismo público. Já do ponto de vista externo, adianta que a AT tem vindo a promover “uma convergência, uma maior ligação entre a intervenção e ação. O que permite devolver em serviço o valor da informação que gere. O conhecimento que os dados nos trazem é efetivamente uma alavanca importante na otimização dos processos, para a sua simplificação e para se ter serviços mais eficazes”. Ponto relevante é também manter “um importante foco nos processos de interoperabilidade, uma vez que a informação é utilizada por outros organismos dentro do Estado. A AT tem papel de relevância em termos do fornecimento de informação, no contexto da AP”. O gestor destaca ainda as orientações para a construção de uma política de dados abertos. Neste âmbito, “as administrações fiscais acabam por se consolidar como repositório de informação com a maior relevância e potencial, tanto para o Estado como para a sociedade civil e o mundo empresarial”. No caso da AT, foi celebrado um protocolo de governação de dados com o INE, enquanto entidade estatística nacional, para “alimentar de forma permanente o

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