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Programa 18º Congresso das Comunicações - As TIC e as Alterações Climáticas

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Congresso APDC 2008

Smart Portugal 2020 O

Smart Portugal 2020 O protocolo de Quioto representou o primeiro compromisso quantificado da comunidade internacional no combate contra o aquecimento global em resultado do aumento de concentração de gases de efeito de estufa (GEE) na atmosfera. Estudos mais recentes têm vindo a demonstrar a necessidade e, em alguns casos, a insuficiência das metas estabelecidas pelo protocolo de Quioto. Em 2008, a Global eSustainability Initiative (GeSI) publicou o relatório SMART 2020 que quantifica, pela primeira vez, o impacto actual e potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas emissões globais de GEE, não só em termos da “pegada” própria, mas também do impacto potencial sobre outros sectores. É no seguimento do relatório SMART 2020 que surge o relatório Smart Portugal 2020, desenvolvido pela APDC com a colaboração do Boston Consulting Group. O relatório, primeiro de uma série de aplicações nacionais do estudo global, procura estabelecer o ponto de partida e identificar oportunidades de utilização das TIC para redução das emissões de GEE em Portugal. O estudo aponta 3 áreas chave – correspondentes a 55% do potencial identificado - onde as TIC podem actuar no combate às alterações climáticas: • Sistemas de “Pagamento por Emissões e Gestão de Congestionamento Urbano” em transportes, • Sistemas de gestão do transporte, distribuição e consumo de energia eléctrica, conhecidos como “Smart Grids”, • Sistemas de gestão inteligente de eficiência energética em edifícios. Nestas áreas, o desafio representa para o sector, e para a economia em geral, uma nova oportunidade de crescimento, baseada num novo modelo. Para estas oportunidades são apontados caminhos onde o desenvolvimento e implementação de soluções pioneiras podem não só dar um contributo decisivo para a redução de emissões de GEE, como também constituir soluções tecnológicas exportáveis, contribuindo assim para o crescimento da economia nacional com baixa intensidade de carbono. Os compromissos de emissões de GEE assumidos por Portugal para 2012 foram há muito excedidos e tanto tendências históricas como uma projecção realista “Business as Usual” para os próximos anos, mesmo com as iniciativas de eficiência energética já em curso, não permitem ser optimista sobre a possibilidade de cumprimento dessa meta. Apesar do sector das TIC representar, em Portugal, apenas uma pequena parte das emissões de GEE actuais e futuras (~1,4% em 2020), o estudo mostra que activando o potencial das TIC através de várias iniciativas é possível reduzir as emissões totais de GEE em 15%, (mais de dez vezes o impacto directo do sector), possibilitando, assim, o cumprimento dos objectivos para 2020 actualmente em discussão. O potencial de redução de emissões estimado noutros sectores da economia por aplicação das TIC permitiria reduções de até 11,9 MtonCO2e, isto é, o equivalente a 2,2 milhares de milhões de euros em poupanças de custos com carbono e com energia. Este potencial de redução induzido resulta não apenas da desmaterialização de processos e interacções, mas também de aplicações ao nível das redes de transporte de energia, edifícios, transportes e motores e processos industriais.

Iniciativa carbono neutro A decisão de anular as emissões de CO2 do Congresso Comunicações’08 implicou a definição do âmbito de intervenção, tendo-se assumido que envolveria as emissões de CO2 relativas às deslocações terrestres e aéreas dos congressistas e convidados, oradores e staff, e as relativas às restantes fontes de emissão de CO2 de acordo com as especificações definidas pelo GHG Protocol (GreenHouse Gas Protocol). A metodologia aplicada está em conformidade com as espcificações internacionais, foi conduzida pela empresa ECO2Balance e a responsabilidade da sua certificação cabe à TÜV Br, entidade acreditada pela ONU neste âmbito, o que lhe confere a credibilidade e autentacidade exigíveis. Neutralizar as emissões de CO2 é mais um dos compromissos que a Direcção da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, assume neste 18º Congresso. O tema “As TIC e as Alterações Climáticas” espelha a importância que a APDC dá à necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e a convicção que tem do papel activo que as TIC podem e devem ter nesta matéria. É com esta convicção que a APDC aproveita a oportunidade para demonstrar que é necessário agir desde já e que é através de pequenos gestos que se conseguem grandes conquistas. A opção estratégica de neutralização das emissões calculadas, passa pela aquisição de VER’s (Verified Emitions Reductions) através da CantorCO2e, em quantidade equivalente. Adicionalmente, a Direcção da APDC ao desejar enfatizar o carácter nacional desta iniciativa, assumiu plantar árvores autóctones (seleccionadas pelos técnicos do ICNB) em número necessário à neutralização das tCO2e, numa área da Reserva Natural da Serra da Malcata, produzindo um efeito de dupla mitigação do inventário calculado para esta iniciativa. Ao tornar o Congresso Comunicações’08 uma Iniciativa Carbono Neutro, devidamente certificada, não só neutralizámos, como acreditamos ter sensibilizado para que todos contribuam. A neutralização das emissões de CO2 associadas ao Congresso das Comunicações’08 é não só uma consciência da co-responsabilidade da APDC no combate às alterações climáticas, mas também aspira ser uma demonstração motivadora para que cada um de nós tenha uma atitude transformadora, e para que as TIC sejam um impulsionador efectivo desta causa. Esta iniciativa insere-se no designado Mercado Voluntário de Carbono, esforço que ocorre em paralelo com o Protocolo de Kyoto e que se diferencia na medida em que os seus participantes não possuem obrigatoriedade de quotas de emissões e a decisão em participar neste mercado configurase como uma iniciativa voluntária.

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