O FUTURO DOS NEGÓCIOS - EXCELÊNCIA NO TELETRABALHO: PREPARAÇÃO DAS EMPRESAS PARA O PÓS-PANDEMIA Marta Belo, Diretora dos Serviços Corporativos, EDP Global Solutions “Entre os fatores críticos de sucesso na adaptação a um novo contexto de trabalho esteve a criação imediata do gabinete de gestão da pandemia, que conseguiu organizar rapidamente um modelo de teletrabalho. Estávamos preparados tecnologicamente para esta mudança. Um eixo fundamental foi a comunicação, que sempre foi orientada e sólida para toda a organização” “A pandemia veio reforçar um conjunto de reflexões que vínhamos a fazer sobre as novas formas de trabalhar, já que o teletrabalho veio dar um boost a esta realidade. Relevou-se uma experiência bastante positiva e uma realidade válida que vai manter-se no futuro” “Estão a ser discutidas várias ideias e tudo aponta para um modelo híbrido, para as pessoas que podem executar as suas funções em teletrabalho. Vamos continuar neste registo, com novas formas mais flexíveis de trabalho. São os próximos passos neste novo mundo digital” Paula Fernandes, Diretora da Área de Solução de Colaboração e Segurança, Microsoft “Não há uma fórmula mágica para o futuro. Temos pistas. Neste espetro enorme de opções, que vai ser muito de tentativa e erro, há uma coisa certa: o modelo de trabalho vai ser híbrido. E os escritórios vão ter que se adaptar à nova realidade” “Vamos ter pessoas no escritório e pessoas em casa e mas temos que garantir um círculo de colaboração. A tecnologia tem que nos ajudar neste sentido e o escritório tem que ser muito virado para a criação e as ideias. Este vai ser um elemento-chave: reimaginar as organizações e a sua cultura, com as pessoas no centro” “Quando mais investirmos nas pessoas e em proporcionar-lhes a melhor experiência, maiores são os seus níveis de compromisso e, consequentemente, de retenção. Só assim se consegue reter os colaboradores e a capacidade de a empresa ser bem-sucedida no futuro. Para uma ótima experiência do colaborador, há 6 seis dimensões chave: bem-estar, capacitação, crescimento, cultura de propósito, foco e conexão”
7 certa: o modelo de trabalho vai ser híbrido e os escritórios vão ter que se adaptar a esta nova realidade”, que passa por ter “pessoas no escritório e pessoas em casa, e há que garantir um círculo de colaboração entre todas”, adianta. Aqui, defende a responsável da Microsoft, “a tecnologia tem que nos ajudar e o escritório tem que ser muito virado para a criação e ideias. A experiência tem que ser desenhada para as pessoas e com elas no centro”. Paula Fernandes não tem dúvidas: o “elementochave será reimaginar as organizações e a sua cultura, com as pessoas no centro. O bem-estar vai ser verdadeiramente o catalisador para a produtividade e, em larga medida, das culturas, que vão ter que ser cada vez mais ágeis a gerir estes processos de mutação contínuos a que vamos assistir. Quanto mais investirmos nas pessoas e em proporcionar-lhes a melhores experiências, maiores são os seus níveis de compromisso e, consequentemente, de retenção”. E o que será uma ótima experiência do colaborador? O relatório “The Next Great Disruption is Hybrid Work - Are you ready?”, que abrangeu mais de 30 mil pessoas, em 31 países e analisou biliões de sinais de produtividade agregada e da força de trabalho no Microsoft 365 e LinkedIn, responde a esta questão. O estudo considera existirem seis dimensões-chave: bem-estar, capacitação, crescimento, cultura de propósito, foco e conexão. Segundo a responsável da gigante tecnológica, foi com base nas conclusões do relatório que o grupo avançou em fevereiro último com o Microsoft Viva, a primeira plataforma de Employee Experience. Objetivo: ajudar a criar um ambiente de trabalho que coloca as pessoas em primeiro lugar, criando uma cultura com colaboradores de elevado compromisso e líderes inspiradores, o que ajuda as organizações a obterem melhores resultados. Esta plataforma tem módulos distintos: crescimento e desenvolvimento, que abrange áreas como o coaching e aprendizagem, recrutamento, onboarding e carreira, desenvolvimento de talento e performance); bem-estar, seja físico, mental, emocional ou financeiro; comunidades, abrangendo a diversidade e inclusão, grupos de interesse, coesão de equipa; conhecimento, deste as pessoas aos especialistas, documentos, informação e projetos; insights, como analytics, inquéritos, feedback e sentimentos; recursos da organização, onde se incluiu um portal do colaborador, apps e serviços); e comunicações, dos anúncios às notícias e eventos. Em conclusão, Paula Fernandes defende que o futuro das organizações passa “por sete princípios para o sucesso”. A começar pelo repensar a cultura, o bem-estar e as pessoas no centro, culturas que privilegiam a autonomia das pessoas para a tomada de decisão, o trabalho em equipa e o capital social, de forma digital. Assim como priorizar o bem-estar individual, para que as pessoas possam atingir o seu potencial. Ajudar os colaboradores a aprender, reinventarse e crescer, assim como desbloquear os dados, conhecimentos e especialização da organização serão também essenciais. Mas nada se faz sem automatizar processos e fluxos de trabalho, para aumentar a inovação contínua. Mais: a transformação digital tem que incluir todos os trabalhadores e há que garantir uma experiência moderna, segura e de confiança.•
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