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30 anos APDC

28. TDT em Portugal

28. TDT em Portugal SINAL DE MUDANÇA NESTE NATAL PREPARE-SE PARA A TELEVISÃO DIGITAL. SAIBA COMO. LIGUE tdt.telecom.pt 800 200 838 chamada grátis A PARTIR DE JANEIRO DE 2012 NÃO FIQUE SEM VER TELEVISÃO. 2012 abr. AF_TDT_NATAL_210X297.indd 1 12/12/11 3:05 PM Um dos últimos marcos do mandato de Amado da Silva como presidente da Anacom foi simbólico: o desligar o sinal analógico de televisão. Para trás, ficou um caminho de mais de dez anos, depois de falhada a primeira tentativa de introdução da TDT em Portugal. “O momento histórico deveria ter sido em 2001. Quando a entidade que ganhou o concurso desistiu, o processo foi abandonado. Depois, quando retomado, a necessidade de libertação de espectro era tão urgente que se criou um modelo de transição muito estrito, sem grandes escolhas e sem lógica de comparação com processos de mudança ocorridos no tempo certo”, resume Amado da Silva. A sua posição em relação a este tema foi sempre conhecida. Lembra-se que, em março de 2011, na cerimónia de apresentação pública da campanha de divulgação da TDT, quando lhe pediram umas palavras, limitou-se a dizer, pondo “água na fervura”: “A este propósito só me lembro da história do Solnado que dizia: ‘Meu filho, quer queiras, quer não, vais ser bombeiro voluntário’”. E assim foi. No dia 26 de abril de 2012, como decidido, desligaram-se os últimos 15 emissores e mais de uma centena de retransmissores analógicos. Nesse dia desapareceu o formato de televisão iniciado há cerca de 55 anos. O processo de ajustamento e otimização demorará ainda alguns anos a ser terminado. 74 | 30 anos, 30 momentos extraordinários

A introdução da TDT em Portugal foi um processo extraordinário... “… porque, do ponto de vista das comunicações, foi quase como um cordeiro imolado. Foi um caminho com várias condicionantes políticas e ainda mais tecnológicas. Viveu-se um ambiente muito difícil e concretizou-se a uma velocidade notável em termos internacionais. A sociedade portuguesa envolveu-se para ajudar sobretudo os mais necessitados, mas também houve muitas falhas em várias áreas. Foi um processo muito rico de emoções, de vida, de vontade de ir para a frente, de envolvimento de todas as partes, de garra e entusiasmo, mas também de sofrimento. Pessoas, como o Eduardo Cardadeiro, deram muito de si. Palmilharam quilómetros, falaram com centenas de pessoas e entidades. Como em todas as modificações, os mais fracos são sempre os mais prejudicados e é preciso lutar para que isso não aconteça, o que só é possível com o efetivo envolvimento de muitos agentes sociais, em especial os que mantêm contactos de proximidade com estas populações”. Amado da Silva, presidente da Anacom de 2006 a 2012 Sinal de Mudança | 75

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