New Media na APDC DESAFIO SUPERADO 2011 abr. Em Assembleia Geral Extraordinária foi aprovada a alteração de Estatutos da APDC, alargando-se o seu objeto social. O calendário registava fevereiro de 2011. A APDC passava a englobar oficialmente os New Media. “O responsável por esse pontapé de saída para a abertura foi Diogo Vasconcelos. Ele percebeu que já não era possível falar de comunicações sem se falar de media”, lembra Ana Neves, diretora executiva da APDC de 2011 a 2014. Em fim de mandato, deu o sinal mais claro dessa integração: chamar a presidente um especialista da área. “No setor dos media, praticamente ninguém conhecia a APDC. Quando se soube que o Pedro Norton seria presidente da Associação, as pessoas começaram a olhar para ela com curiosidade para descobrir o que o tinha levado a aceitar o desafio”, recorda Ana Neves. A aproximação foi progressiva e, com o passar do tempo, tornou-se cada vez mais natural. “Tive a sorte de ter colegas de direção extraordinários. Capazes de pensar fora da caixa, de se abrirem a opiniões e visões diferentes. Talvez por isso, mais por mérito deles do que meu, a ideia rapidamente se consensualizou”, reconhece Pedro Norton. Em junho de 2011 foi logo organizada a conferência Back to the future? Convergência entre comunicações e televisões . “Veio a revelar-se uma iniciativa que trouxe grande visibilidade à tal interdependência entre os vários elos da cadeia de valor do setor”. A inclusão dos Estados da Nação dos Media no Congresso das Comunicações foi também um marco, que deu corpo à ideia de fazer dos media membros de pleno direito da APDC. 72 | 30 anos, 30 momentos extraordinários
A abertura da APDC aos New Media foi uma iniciativa extraordinária... “…porque há muito tempo acredito que não faz sentido olhar para este setor de forma segmentada. O nível de interligação e interdependência entre telcos, empresas de TI e Media é muito grande, complexo, e só tende a aumentar e ramificar-se. Perceber este setor é entender as várias dinâmicas em curso ao longo de toda a cadeia de valor. Qualquer outra abordagem só nos pode dar uma visão parcelar, fragmentada e até errada. Por isso me bati para que os Media fossem entendidos e reconhecidos como membros de pleno direito da APDC. Sentia que tínhamos de andar à frente, que não existia nenhum outro fórum capaz de fazer esta aglutinação de interesses e perspetivas, e que até a estrutura da regulação estava – relativamente a este aspeto – anacrónica. É evidente que o meu background pesou na minha capacidade de fazer esta leitura. Mas, hoje, estou ainda mais convencido de que se tratou de um passo pleno de sentido estratégico. Para os Media mas também para as empresas de TI e telcos”. Pedro Norton, presidente da APDC em 2011 e 2012 Pedro Norton “O mais importante é que foi uma parceria ganhadora. Os media começaram a ouvir a área mais tecnológica e usufruíram do dinamismo do setor das telecomunicações. Os operadores alargaram a sua esfera de relacionamentos a uma área essencial em ambiente de convergência. A APDC aproxima as pessoas, fá-las pensar juntas sobre os mesmos temas, com sentido comum. Essa é a sua beleza, que não encontrei em mais lado algum”, conclui Ana Neves. A inclusão dos media perdurou no tempo e foi acarinhada pela atual Direção. Pedro Norton orgulha-se dessa continuidade: “É a prova de que a visão estava certa. A APDC tem esta enorme virtude de não fazer tábua rasa do trabalho desenvolvido pelas direções anteriores. Eu esforcei-me por manter essa tradição viva e esta direção também continua a fazê-lo”. Desafio Superado | 73
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das infraestruturas e sistemas de i
Oliveira e Sousa, secretário-geral
1984 SÓCIOS FUNDADORES Gonçalo Se
A criação da APDC foi um facto ex
A adesão à CEE foi um facto extra
1986 Oliveira e Sousa, secretário-
E a esse propósito conta um episó
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