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Livro 30 anos APDC

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30 anos APDC

1º canal privado de

1º canal privado de televisão TELEVISÃO SEM BARREIRAS 1992 out. “Esta é a última reforma de fundo estrutural que, no domínio da informação, importava concretizar na sociedade portuguesa”, anunciava Marques Mendes, na altura porta-voz do Conselho de Ministros, no momento de apresentação do concurso público para atribuição das duas licenças de televisão privada. O concurso decorreu entre janeiro e abril de 1991 e foram apresentadas três candidaturas: SIC, TV 1 - Rede Independente e TVI. Num contexto de grande polémica, Cavaco Silva (que geriu pessoalmente este dossiê) atribuiu, um ano depois, duas frequências de televisão: uma à SIC, liderada por Pinto Balsemão, e outra à TVI, um canal então associado à Igreja Católica. QUARTO CANAL A TVI começou as suas emissões alguns meses depois, a 20 de fevereiro de 1993. Na véspera, o Patriarca de Lisboa benzeu as instalações da Avenida de Berna e, umas horas antes do arranque, o diretor do canal, Roberto Carneiro, deixava uma mensagem para a concorrência: “Quero saudar a RTP e a SIC, de uma forma muito amiga e fraterna. Que desta competição resulte, de facto, mais qualidade e não apenas mais quantidade de televisão em Portugal.” 32 | 30 anos, 30 momentos extraordinários

Os primórdios da SIC “O processo de candidatura foi muito difícil e viveu-se um ambiente de grande luta! A RTP comprou tudo o que podia no mercado internacional para nos secar e evitar que aparecêssemos como concorrentes perigosos”, recorda Pinto Balsemão. Lembra-se também que, meses antes dessa fase, partira para o Brasil em busca de um sócio estrangeiro com experiência em televisão. Adolpho Bloch, da Manchete, quando soube que ele se queria aventurar na área televisiva, alertou-o com ironia: “Você quer ter um ataque de coração? Não faça isso!”. Balsemão avançou e, ainda por cima, para uma missão aparentemente impossível: convencer Roberto Marinho, da Globo, a ser seu parceiro. Conseguiu o sim final apenas uns dias antes de terminar o prazo. “E ainda houve outro pau na roda. As duas empresas, em vias de privatização, nas quais o Estado português ainda tinha participação (o Banco Fonsecas & Burnay e a Império) receberam instruções do Governo para não concorrerem, por isso fiquei sem dois sócios importantes!”. A Império não cedeu mas o Banco foi obrigado a não ser acionista. “O Dr Pedro Rebelo de Sousa, que estava à frente do Banco, arranjou porém uma solução e é assim que entram os Mellos”. Televisão Sem Barreiras | 33

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