Ferreira do Amaral no 4º Congresso APDC Liberalização do setor ABERTURA HISTÓRICA 1990 jan. “O jogo ainda não começou. Esperemos pelo apito do árbitro, convictos de que a concorrência – pronta a sair do berço – trará mais qualidade e maior consumo. Isto é, benefício para todos!”. As palavras são de Graça Bau, retiradas do último editorial de 1989, da revista Comunicações. O ano que estava prestes a começar marcava o arranque oficial da liberalização do setor, com a abertura do mercado dos serviços de transmissão de dados e de valor acrescentado. Novos jogadores prometiam animar a competição. O grande passo dá-se logo no ano seguinte com o concurso público para atribuição de uma licença GSM. António Carrapatoso tinha 34 anos e defendia a recém-criada e vencedora Telecel. António Coimbra (atual CEO da Vodafone Espanha) foi uma das primeiras pessoas a ser entrevistada para a equipa inicial do novo operador, mas demorou a acreditar na viabilidade da empresa. “Na entrevista explicaram-me tudo sobre o que seria a Telecel, mas eu achei que aquilo não era nada sexy e recusei”. Só após conversa com o presidente, decidiu aceitar o cargo de Diretor de Vendas Diretas: “O Dr. Carrapatoso é uma pessoa com outra capacidade de argumentação. Já referi uma vez que foi uma verdadeira troca de opiniões porque entrei com a minha e saí com a dele”. A chamada inaugural da rede Telecel deu-se entre o Ministro Ferreira do Amaral e António Carrapatoso, exatamente um ano após a atribuição da licença. Foi um recorde mundial: a instalação mais rápida de sempre de uma rede GSM. E a recetividade do mercado foi também histórica. Na sua proposta, a Telecel tinha estimado, para o ano 2000, uma taxa de penetração de 8%... O tempo viria a corrigi-la para uns impressionantes 66%! António Carrapatoso António Carrapa 30 | 30 anos, 30 momentos extraordinários
PRIMEIROS ANOS DA LIBERALIZAÇÃO # 1990: serviços de transmissão de dados e de valor acrescentado. # 1991: serviço móvel terrestre. # 1992: serviço de paging ou chamada de pessoas.# 1993: serviço de trunking ou serviço móvel de recursos partilhados.# 1994: concorrência no fornecimento de acesso à Internet. # 1996: serviços via satélite a grupos fechados de utilizadores. A liberalização do setor foi um passo extraordinário... “… porque foi uma fase de muita fé e crença naquilo que seria o futuro. O primeiro grande desafio era saber o que fazer. Tínhamos três alternativas. Uma era ‘fingir de morto’ e deixar andar e ver o que acontecia. A segunda era trazer apenas operadores estrangeiros e desistir do setor das telecomunicações português para servir o público. A terceira, que foi a que seguimos, era fazer uma aposta, que era difícil e muito complexa, de criação do setor português das telecomunicações em mercado aberto, com a criação da Portugal Telecom e com a abertura aos privados às grandes operações. Foi um momento de muito trabalho, mas tive uma ajuda preciosa de gente extraordinária. Eu considerava o setor das telecomunicações um setor vital para o país, por isso apostámos fortemente nessa estratégia, contra alguns ventos e marés. Tivemos uma oposição muito forte, sobretudo vinda do estrangeiro, que não via com bons olhos que Portugal pudesse entrar nessa corrida que era só para os ‘grandes’. Mas correu-nos tudo muito bem!” Ferreira do Amaral, à data Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Abertura Histórica | 31
A privatização dos CTT foi um pro
da atividade económica para os qua
Luís Ribeiro fev. 2001 / fev. 2003
1991/1992 DIREÇÃO Presidente: Iri
ASSEMBLEIA-GERAL Presidente: Jorge
Diogo Vasconcelos 2006 | No Futuro
Miguel Carvalho Miguel Moreira Migu
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