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Directório Global das TIC | Empresas e Profissionais | 2015/2016

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26 | Opinião diretório

26 | Opinião diretório global das tic | 27 De que forma é que as tecnologias, e em especial as telecomunicações, podem acrescentar valor no novo paradigma das cidades inteligentes? a visão da vodafone João Mendes Dias Administrador da Unidade de Negócios Empresas São conhecidos os desafios com que se defrontam as cidades dos nossos dias, sejam eles de ordem demográfica, de partilha e gestão dos recursos disponíveis, em especial os relacionados com a água e a dependência energética, territoriais, climatéricos, de poluição, de envelhecimento da população e de exclusão social. Está igualmente identificada a tendência de crescimento acelerado das grandes áreas urbanas e da sua importância para o crescimento do GDP global. Segundo um estudo de 2014, conduzido pelo Oxford Economics e pela EY, o GDP das 750 maiores cidades, que representa em 2014, 57% do GDP global, crescerá para 61% até 2030. Até lá, estas 750 cidades irão ganhar mais 220 milhões de consumidores de classe média que, por sua vez, representarão 60% do consumo global. As tendências demográficas deverão reflectir realidades diferentes em função da sua região. Prevê-se um crescimento muito acelerado nas maiores cidades de África, como Luanda, onde predomina atualmente o grupo etário dos 0-14 anos, e um abrandamento desse crescimento, ou mesmo um decréscimo na população em 122 dessas cidades, que terão que se debater com outras realidades, tais como o envelhecimento dos seus habitantes e a degradação das suas infra-estruturas. Incluem-se, neste grupo, a grande maioria das cidades da Europa Ocidental, do Japão, da Coreia do Sul e da China. Transformar esses desafios em criação de riqueza e de postos de trabalho é a grande oportunidade para as cidades analíticas, por definição, cidades mais participativas onde todos os cidadãos são convidados a tomar parte ativa na sua construção. O papel dos operadores de telecomunicações, enquanto responsáveis por assegurar as necessidades de comunicação entre os habitantes e a partilha de dados transmitidos pelos equipamentos e sensores de apoio à decisão, é por demais evidente. Acreditamos, contudo, que esse papel poderá ser amplamente alargado, acabando os operadores por assumir predominantemente a dinamização de novas iniciativas em estreita colaboração com as instituições governamentais, as universidades, a indústria e demais forças vivas existentes. A Internet of Things — IoT/M2M A rápida explosão da Internet das Coisas (IoT) resulta da convergência dos progressos feitos ao nível das tecnologias de comunicação, muito em especial das comunicações sem fios (wireless), do aumento da capacidade de armazenamento de energia (baterias), da miniaturização dos componentes, da crescente capacidade de armazenamento da informação (Big Data) e respetivo tratamento (Data Analytics). As redes de sensores capazes de detetarem e medirem as mudanças nos parâmetros ambientais e comportamentais de tudo o que nos rodeia, tenderão a expandir-se à escala dos biliões de objetos e a produzir “smart data”, que ajudará na interação com outros dispositivos, gerando mecanismos inteligentes, de ação e reação, e aumentando largamente a capacidade de resposta com os consequentes ganhos em segurança e produtividade. A IoT é, assim, colocada ao serviço das organizações públicas e privadas para gerir ativos, melhorar a performance e desenvolver novos modelos de negócio que irão redesenhar a cadeia de valor, alterando a concepção dos produtos, o seu marketing, os processos e a sua manufactura, bem como os serviços de pós venda e criação de necessidades. Desta evolução surgirão novas realidades e preocupações como a segurança dos dados que, por sua vez, irão também acrescentar complexidade aos processos e gerar novas oportunidades de criação de postos de trabalho. Estamos perante o paradigma da construção, segundo Ovidiu Vermesan e Peter Friess, da Sociedade Hiperconectada, que Kevin Ashton definia, já em 1999, como sendo o adicionar aos computadores os meios necessários para que recolham informação de forma a poderem ver, ouvir e cheirar o Mundo, por eles próprios.

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