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COMUNICACOES 254 - RAQUEL BRÍZIDA CASTRO - A REGRA DA LEI OU A LEI DO ALGORITMO?

COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

EM DESTAQUEBusiness &

EM DESTAQUEBusiness & ScienceWorking Togetherin EnergyDISCUSSION PANEL1 JULHOCARLA TAVARESHead of Renewables& Commercial InnovationCenter, GALPKEYNOTE SPEAKERJOÃO PEÇAS LOPESMembro da Administração, INESC TEC“Temos de fazer um grande esforço para descarbonizara economia, sobretudo o setor elétrico. O que passa pelacrescente aposta nas energias renováveis, que vão ter decoexistir com as fontes tradicionais. Estamos num momentode mudança, de passagem de um sistema centralizado paraum paradigma de produção descentralizada. É uma mudançasignificativa, que exige ferramentas adequadas para ajudara operar o sistema”“Há um conjunto de prioridades elétricas, que passam pelaeficiência energética, descentralização das redes, resiliência,sistemas que integram mais do que um carrier, participaçãodos consumidores no mercado, armazenamento de largaescala e descentralizado ou a cooperação entre operadores,a mobilidade e a flexibilidade. Estas levam a um conjuntode prioridades digitais”“Na energia, a disponibilidade de dados é central,assim como a acessibilidade e a qualidade. Acrescea interoperabilidade, com modelos de standardse protocolos, a gestão, armazenamento e partilhade dados, a cibersegurança e o enquadramento regulatório.São necessárias ferramentas digitais, que envolvem áreascomo os digital twins ou os modelos baseados em IA.A IA generativa traz um campo enorme de desenvolvimento,assim como a robótica, no apoio à gestão das redeselétricas do futuro”“Uma coisa é a eletrificação e outra adescarbonização dos combustíveis fósseis.No primeiro caso, temos uma situação bastanteinteressante ao nível europeu. No segundo,o processo vai mais devagar do que seria desejável,por razões puramente financeiras. É um desafiomuito maior. Temos grandes utilizadoresna indústria e nos transportes, que têmmuita dificuldade em descarbonizar, porqueé caro. As tecnologias existem, mas o seudeployment não é assim tão fácil. Ondepodemos ajudar, enquanto país e Europa,é no financiamento das grandes indústriasque contribuem para a pegada carbónica a fazereste caminho”“Temos de provar que as tecnologias têmaplicabilidade e retorno financeiro para os clientes.É a única forma. Não há como aplicar tecnologiadisruptiva que não tenha retorno. É ponto assente.A única forma de fazer grandes projetos, como ode hidrogénio, que está a ser feito em Sines para adescarbonização da nossa refinaria, é com a ajudade fundos da UE. São tecnologias muito caras,que não têm retorno imediato para o cliente, numpayback de três ou quatro anos”“Temos de ser realistas, testando as tecnologiase trabalhando com laboratórios e entidadescientíficas independentes. Não somos umaempresa de I&D mas de energia, que procurasoluções, as testa e implementa. Mas semprecom muito cuidado com os custos e a viabilidadedos projetos. Ainda não conseguimos ter umadotação financeira para inovação que nos permitadesenvolver projetos disruptivos in-house. Temosalguns, sobretudo no Brasil. Mas é complicado”44 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | SETEMBRO 2025

7 MINUTES TOWOWRevejaas intervençõesSOFIA SIMÕESSenior Researcher& Resource EconomicsUnit Head, LNEG“Portugal não é independente energeticamente.Importamos cerca de 70% da energia queconsumimos. Mas temos andado muito depressa,sobretudo ao nível da produção de eletricidade.Somos um exemplo a nível mundial. Mas temosde separar dois mundos: a eletricidade e os demaisvetores energéticos. Na primeira, temos muitoconhecimento ao nível da tecnologia, sobretudoda operação de sistemas elétricos, e umacapacidade incrível de combinar a hidroeletricidade,a eólica e a solar. Já a parte dos transportes não éassim e isso está a custar-nos bastante mais, sendomais difícil fazer a transição, que está a acontecermais devagar”“Descarbonizar é caro para as empresas e paraas pessoas. É um dos grandes desafios. Por isso,a transição energética não é fácil, porque há queter a capacidade de investimento inicial. Todosestamos bastante cientes dos riscos – tivemosno dia 28 de abril o apagão – mas percebemosa necessidade e a dependência que temosda energia. E como o sistema elétrico é vitale a importância de o saber gerir bem, com umaboa resiliência, para evitar situações destas”“Vivemos uma onda de calor e esta é outradimensão da insegurança. Se não fizermos todosuma transição energética e emitirmos menos gasescom efeito de estufa, os impactos das alteraçõesclimáticas vão ser muito reais na nossa vidae economia. As metas da União Europeia sãomuito ambiciosas e precisamos é de garantir queas cumprimos e não ter mais”From Insight to Impact:Unlocking The Powerof Data In The EnergySector1 JULHOKEYNOTE SPEAKERLUÍS VAZ DE CARVALHOPartner, NTT DATA Portugal“A cadeia de valor da energia tem quatro fases:produção, transporte, distribuição e comercialização.Com a transformação do setor, foram introduzidas áreascomo os veículos elétricos ou os painéis solares, querepresentam desafios, mas que integram o processode mudança que a energia neste momento estáa atravessar”“Na complexidade que o setor tem e que vai continuara ter, os dados vão ter um papel essencial no ecossistema.E nas mais variadas áreas, como produção distribuída,contadores inteligentes, rede inteligente, redes autónomasde energia, sistemas de armazenagem e os própriosveículos elétricos. São tudo casos de uso que o setorvai ter de desenvolver e que são uma parte críticado processo”“Sem a evolução das arquiteturas de dados,da capacidade de processamento e da evoluçãodos modelos de dados, não será possível gerir umecossistema tão complexo, dinâmico e real time comoé o da energia. São críticos e necessários para a evoluçãodeste ecossistema temas como a IoT, edge, redesde comunicações, cloud, machine learning ou a IAHoje e amanhã, os dados e as comunicações são e serãouma peça-chave na transformação do sistema elétrico”Reveja a intervençãoSETEMBRO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 45

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