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COMUNICACOES 254 - RAQUEL BRÍZIDA CASTRO - A REGRA DA LEI OU A LEI DO ALGORITMO?

COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

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EM DESTAQUEBusiness & ScienceWorking Togetherin Life SciencesDISCUSSION PANEL1 JULHORevejaas intervençõesKEYNOTE SPEAKERLUÍS PORTELAPresidente da Fundação Bial“A saúde em Portugal faz-se bem, ainda que as pessoas nãoo achem (…). Embora se diga que está menos bem – e é verdadeque há coisas que têm de ser melhoradas, como as listas deespera para cirurgia ou para consulta de especialidades, umproblema de organização que tem de ser resolvido – o país estáclassificado com o 21º melhor serviço de saúde a nível global.Investindo apropriadamente, podemos servir bem os portugueses,em termos de saúde, e também podemos contribuir parao desenvolvimento económico do país”“Temos uma boa produção científica, muito bons investigadoresque comparam bem com o que se faz na Europa e no Mundo. Mastemos um ‘calcanhar de Aquiles’: a investigação clínica. Nos últimos25 anos, os ensaios clínicos realizados em Portugal comparamcom o que de pior se faz na Europa. É preciso apostar nesta área.Algo deve ser feito em relação a isto. Vemos muitas empresasportuguesas que têm feito um esforço no sentido de investir em I&D,mas também vemos que as empresas multinacionais praticamentenão investem em Portugal. É importante que olhemos para isto.(…) A saúde tem condições para dar um bom contributo para odesenvolvimento económico do país. Tem um grande potencialde desenvolvimento e de internacionalização”“Acho que nunca foi feita uma estratégia para o setor, como umtodo. Como é que se pode desenvolver? A economia deveria liderareste processo, acompanhada, naturalmente, da saúde, da ciênciae dos negócios estrangeiros. A aposta na investigação clínicadeve ser nacional, se queremos ser competitivos nestaárea. (…) São necessários ainda incentivos para contratosde desenvolvimento de projetos de institutos de I&D edesenvolvimento e de startups e de atração do investimento.Se um dia uma multinacional levar um projeto nacional parao Mundo com grande sucesso, a dinâmica que a saúde vaiassumir em Portugal vai ser completamente outra”MIGUEL DUARTETechnology Transfer AreaManager, GIMM“Em Portugal é produzidaciência de excelência,mas não se traduz em produtos que cheguemao mercado. O que se deve a um problemade investimento e de mecanismos de investimentopara que os resultados da investigação basecheguem à investigação clínica. Ainda não existeuma cultura de investimento que permita avançosaqui e os que existem têm de ser lideradospor empresas, o que se traduz em menor númerode projetos que podem beneficiar desses apoios”“Temos de criar mecanismos para atrairos centros de decisão das grandes farmacêuticas.Ter uma presença comercial quer dizer que nãoestão cá os cientistas. Apesar do mundo digital,estas relações privilegiam a proximidade física.Além disso, existe uma falta de fundosde investimento especializados que possamser alocados em fases precoces da investigação,capazes de ver o valor do investimento nestafase inicial”“No GIMM, já formalizámos mais de400 colaborações com a indústria e temosum modelo de inovação aberta. É algoque procuramos ativamente. Assim como sabercomo podemos responder às necessidadesda própria indústria. Para isso, vamos à procuradeles no estrangeiro. Sentimos a falta de playersativos no país. Ainda estamos longe dos centrosde decisão. É algo que deveríamos tentar atrairpara Portugal”40 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | SETEMBRO 2025

7 MINUTES TOWOWRUI DINIZCEO da CUF“Há bastante espaçoenquanto país paramelhorar a nossa performance nos ensaiosclínicos. A colaboração com a investigação clínicaconstitui um contributo muito importante parasermos melhores prestadores de cuidados desaúde. Se formos colaborativos e contributivospara esta investigação, podemos dar melhoressoluções aos doentes e somos mais atrativospara contratar melhores médicos, que queremestar na primeira linha da investigação”“Temos feito um esforço bastante grandee estivemos em mais de 100 ensaios clínicosem mais de 100 medicamentos em Portugal.E queremos melhorar. Estamos a fazer umesforço muito sério para trabalhar nesta área,associando-nos a outros centros nacionaise internacionais. O nosso objetivo é termos cadavez mais ensaios, o que é positivo para todos.Se queremos que esta área progrida, temosde lhe dedicar esforço e recursos”“Precisamos de muita colaboração entre stakeholders,para garantirmos a escala que o nosso país nãotem e conseguirmos competir com outros países.Na CUF vemos muito espaço e valor acrescentadopara esta colaboração entre ciência e empresas,não numa lógica de responsabilidade socialcorporativa, mas como algo que é muito centralà nossa estratégia enquanto prestador de saúde.É algo que nos cria muito valor no médio e longoprazo e que é absolutamente decisivo”The EuropeanChallenge:From Dependencyto Empowerment1 JULHOPEDRO FAUSTINOManaging Director, Axians“É preciso coragem para fazer perguntas e para arriscar.Isto de estar na arena aplica-se às pessoas, organizaçõese países. Será que este caos que vivemos é intencional?E se é intencional, é provocado por quem? E quem perdee quem ganha? Falta uma discussão sobre o papelda Europa, e Portugal, na nova ordem mundial”“A UE deveria estar a ser o porto de abrigo da ciênciae da inovação. Mas será que está? Ou está a assistirde bancada, a comer pipocas? Na maior parte das vezes,está. Será por estar a perder a corrida das patentes de IA?Ou pelos poucos gastos na Defesa? Temos um mercadode 450 milhões de pessoas: não devia haver razão paraa Europa estar a assistir de bancada”“Será que as empresas também têm um papel nestaarena? Continua a ser construída uma teia de interessesque tem garantido uma autocracia. A tecnologia é umaestrutura de poder que está a redefinir a forma comoo Mundo de organiza. E a verdade, neste contexto,tornou-se uma coisa frágil, com narrativas alternativas.Mas o que fazer com estas teorias da conspiração?Como construir uma sociedade mais aberta, maisinformada e mais justa?”Reveja a intervençãoSETEMBRO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 41

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