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COMUNICACOES 254 - RAQUEL BRÍZIDA CASTRO - A REGRA DA LEI OU A LEI DO ALGORITMO?

COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

EM DESTAQUERevejaas

EM DESTAQUERevejaas intervençõesOpening Session1 JULHOROGÉRIO CARAPUÇAPresidente da APDC“A associação virtuosa entre ciência e empresasé fundamental para termos uma economia de alto valoracrescentado. Porque ainda temos uma economia debaixo valor acrescentado, pequena, aberta e frágil, o quenão é bom. Precisamos de ser capazes de gerar o maiorvalor possível. Porque é que se diz então que as empresasportuguesas – e há muito quem diga – têm lucrosgrandes ou até excessivos, seja lá o que isso for?Por uma razão simples: é que quando se é pobre -já não se sabe o que é um número grande. E esseé um problema fundamental da nossa economia”“Fizemos um excelente trabalho na área da qualificação,mas temos um dilema: pessoas muito boas e em grandequantidade, mas uma economia muito pequena,com poucos desafios. E, ao contrário do que pensamos,os talentos não se retêm, eles atraem-se e conservam--se. Para isso, precisamos de instituições de referência:grandes empresas, nacionais ou internacionais, quetenham projetos inovadores, e organizações de ciência,capazes de facultar trabalho de caráter inovador emPortugal. É fundamental que as desenvolvamos e quereconheçamos que, para fazer melhor, temos de tera maior colaboração possível entre todas as instituições,seja através de consórcios, de projetos conjuntosou de zonas especiais de inovação e desenvolvimento”“Há que que fazer o caminho e somos nós que o fazemos:cidadãos, empresas e organizações e AdministraçãoPública. Enquanto Associação, a APDC está dispostafazer o que for necessário. É preciso é pormo-nos a fazero caminho. Este Congresso serve para mostrar ideias,soluções, experiências daqueles que já fizeram.Porque é a forma de nós aprendermos com aquelesque já fizeram o caminho”38 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | SETEMBRO 2025

Business &Science WorkingTogether1 JULHOMARIA MANUEL MOTAPresidente do 34º Congresso“Precisamos desta conversa mais do que nunca.O tema dos negócios e ciência a trabalharemem conjunto não poderia ser mais atual e urgente.A inovação é apresentada como um motor decrescimento, a resposta para todos os nossosproblemas, o combustível do futuro. Tudo é muitorápido, disruptivo, mas também escalável. Masvamos parar por um momento e acalmar umpouco e fazer a pergunta certa: onde começaramtodas estas transformações? Para mim, a respostaé muito simples, mas é quase sempre esquecida.Tudo começa na ciência. E para ser totalmentefranca e mais direta, tudo começa na ciênciafundamental, que é invisível e leva anos ou décadasa amadurecer. É ela que está na origem de todasas inovações verdadeiramente transformadoras”“Nas três últimas décadas, fizemos um caminhonotável na ciência. Formámos cientistas de nívelinternacional, criámos centros de investigação comprodução científica de excelência e educámos umageração que pensa globalmente e trabalha comsentido de missão. Mas há também uma verdademuito difícil de ouvir e que tem de ser clara: aindanão fomos capazes de criar um sistema em que adescoberta científica se traduz consistentemente emvalor económico e impacto social. Ainda não temosuma estrutura madura, por falta de financiamento,por falta de diálogo entre setores e, sobretudo, pelofosso cultural entre quem faz ciência e quem faznegócio”“Temos as ferramentas para fazer estacomunicação entre os mundos da ciência eempresarial. Mas temos de criar pontes, empresasresilientes e sustentáveis e crescer com baseno conhecimento. Temos de colocar a ciência,sobretudo a fundamental, no centro das nossasdecisões. As empresas têm de fazer mais doque comprar inovação, têm de cocriá-la. Comosociedade, temos de dar à ciência o que ela precisapara florescer: liberdade, tempo e confiança. Porqueas ideias verdadeiramente transformadoras nãosurgem por encomenda. Temos de ter espaçopara pensar a longo prazo, para errar e descobrir.O mundo está lá para ser descoberto”KEYNOTE SPEAKERERICA ORANGEFuturista, Partner at The Future Hunters e autorado AI + The New Human Frontier“A visão que temos quando pensamos no futuro temque ver com robôs e carros voadores... mas tenho de vosdizer que não prevejo nada disso. O futuro tem que vercom a perceção que temos da realidade. Não é linear,mas ambíguo, abstrato e muito difícil de definir. E umadas coisas que sabemos é que não vai ser apenas sobreum futuro, mas sobre múltiplos futuros. Um termo quecriei para o descrever é a ‘templosion’, porque o queacontecia em anos acontece agora em semanas ou dias”“Existem maiores gaps entre a velocidade da mudançatecnológica e a nossa capacidade de adaptaçãoe ajustamento. É nessa diferença que surge o medosobre para onde o futuro nos está a levar. Mas temosde começar a pensar que temos a capacidadede melhorar o nosso conhecimento, ainda que sejacada vez mais difícil fazê-lo. Nunca poderemos prevero futuro, mas podemos preparar-nos para ele.A mudança não é o inimigo e podemos aumentar a nossainteligência e capacidade com estas novas ferramentasrevolucionárias. Não somos nós contra a tecnologia,mas sim nós com a tecnologia”“O futuro precisa de pessoas que vejam a ‘big picture’,a partir de uma mistura de humanos com IA. Não precisade especialistas, mas de generalistas, que consigam ligartudo, que vejam padrões em padrões e que resolvamproblemas com soluções de domínios completamentediferentes. O futuro não vai pertencer à IA e aoshumanos, mas a ambos, num processo de codescobertaque permite que a IA se torne no próximo Magalhães.E as possibilidades são inúmeras”Reveja a intervençãoSETEMBRO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 39

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