APDC NEWSO presidente da APDC, RogérioCarapuça, diz ser essencial discutir“como é que as políticas públicas,como instrumento de alteraçãoda sociedade, podem desempenharo seu papel”.FAZER,MAS COM IMPACTONunca como hoje foi tão importante tercidadãos informados. É que o digitale a tecnologia agudizam cada veza desinformação. As iniciativas jáno terreno são positivas, mas aindalonge de, no mínimo, conseguiremmitigar esta verdadeira pandemia.TEXTO | ISABEL TRAVESSAAliteracia mediáticaestá na ordem do dia,numa altura em quea desinformação e asfake news crescemde forma exponencial. As políticaspúblicas são vistas como essenciaispara endereçar este desafio, queassume proporções sem paraleloem tempos de grande polarizaçãoe instabilidade geopolítica. Se já háresultados das parcerias entre osvários stakeholders, como mostramas muitas iniciativas em curso, averdade é que muito mais está porfazer. Como usar a tecnologia comoparte da solução e ferramenta para obem-comum.A temática esteve no centro dodebate do Digital Business BreakfastA literacia mediática estána ordem do dia, quando adesinformação cresce de formaexponencial. Foi centro do debate“Digital Business Breakfast”,realizado pela APDC em parceriacom a Google, a 26 de fevereiro.sobre “Media Literacy & PublicPolicies in Portugal”, iniciativarealizada em parceria com a Google.Considerando ser essencial promovero desenvolvimento do raciocíniocrítico dos cidadãos em relação aosconteúdos, no sentido de aferirem sesão ou não confiáveis, o presidenteda APDC diz que este é um problematransversal a todas as faixas etárias.Aqui, as políticas públicas, sendoum instrumento de alteração dasociedade, podem desempenhar oseu papel verdadeiramente essência,diz Rogério Carapuça.A Google também defende apromoção da literacia mediáticacomo crucial. “É importanteconstruir uma sociedadeinformada e reforçar a confiançaonline”, defende BernardoCorreia, country manager daGoogle Portugal, que explica quea tecnológica tem apostado em“apoiar esse desígnio, com umaabordagem simultaneamenteresponsável e arrojada. Nãopodemos ser competitivos nomercado sem sermos arrojadose não podemos ser vistos comoparte da solução sem sermosresponsáveis”.E o grupo tem desenvolvidoprojetos em Portugal neste âmbito,como o programa Super Searchers,em parceria com a Miúdos Segurosna Net, e o IMPULSO IA, com aAPDC. E ainda o Media CompetenceCenter, com a Associação“Queremos uma comunicaçãosocial livre, isenta e que cumprao seu papel: ser um participanteativo na construção da sociedadedemocrática”, diz o entãosecretário de Estado dos AssuntosParlamentares.Portuguesa da Imprensa, e oFundo Europeu para os Mediade Informação, cogerido pelaFundação Gulbenkian.O Governo, nas palavras dosecretário de Estado dos AssuntosParlamentares, também estáÉ importante “construir umasociedade informada e reforçar aconfiança online”, defende BernardoCorreia, na altura o CountryManager da Google Portugal.apostado em trazer uma novadinâmica à literacia digital nopaís. É que os novos instrumentostrazidos pela digitalização,que estão ao alcance de todos,agudizaram e aceleraram deforma vertiginosa o problemada desinformação. Carlos AbreuAmorim enumera algumasdas metas: criar instrumentosde fact-checking, no âmbito daestratégia para a comunicaçãosocial; o Plano Nacional de LiteraciaMediática, discutido em Conselhode Ministros; ou o futuro Código deComunicação Social, que aposta nacolaboração com todos os players,para garantir que tenha todos osinstrumentos que se consideremser fundamentais.CASOS CONCRETOSE MÚLTIPLOS DESAFIOSA nível europeu, estão a serdesenvolvidas várias iniciativaspara reforçar a literacia mediática.Mas há desafios entre os estados--membros e ao nível europeu aque é preciso dar resposta, comoalertam as conclusões do estudo“Políticas Europeias de Literacia76 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | JUNHO 2025 JUNHO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 77
