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COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

APDC NEWSFAZER PARTE DO

APDC NEWSFAZER PARTE DO JOGOOs ambientes imersivos começam a ser uma realidade, graças àaceleração tecnológica. Mas o processo ainda está no início, pois queminveste no metaverso continua à procura do modelo de negócio certopara monetizar esta aposta. A IA poderá mudar tudo.TEXTO | ISABEL TRAVESSAOual é a estratégiacerta paravender de formaresponsável nomundo virtual?O mercado ainda está à procurade respostas, mas há já nichosde sucesso que comprovamque é possível, com criatividadee inovação. As soluções têmde assentar numa realidademista e garantir experiênciasdiferenciadoras e interativas,para que os clientes sintam que‘fazem parte do jogo’. A IA surgecomo um ‘game changer’, podendoverdadeiramente fazer a diferença.O tema foi debatido no 3.º webinardo ciclo Metopia, uma parceriada APDC com a XRSI Europededicada ao mundo do metaverso.Olhando para os contextostotalmente imersivos que começamjá a ser uma realidade, FrancescoPagano, senior partner da consultoraJAKALA e um especialista nestaárea, assegura que a utilização dasferramentas de IA permitirá dar“superpoderes” aos utilizadoresdo metaverso. Num verdadeiromix entre hardware e softwareque proporcionará experiênciastotalmente imersivas e sensoriais,com múltiplos conteúdos eestímulos.Perante este potencial, o objetivo dequalquer marca e empresa “continuaa ser o mesmo: ser diferenciadora”,mas agora num novo mundo.“Trata-se de criar encontros que nosprendam completamente, captandoa nossa atenção e fazendo-nos sentirque fazemos verdadeiramente partede algo”. Para o orador, os clientesdas marcas, sobretudo nas novasgerações, querem “ter uma palavraa dizer” e não se trata apenas dever e descobrir, mas sobretudode “fazer parte do jogo e interagircom o ambiente em que estão a serimersos”.Interação é, por isso, o ‘nome dojogo’ quando de fala de metaverso,mas o caminho a percorrer aindaé longo. “Ainda não resolvemoso problema de uma experiênciatotalmente comunitária nometaverso, como a que temosem ambientes físicos”, refere, atétendo em conta que as experiênciasimersivas atuais se centrambasicamente no gaming, ummercado ainda de nicho à procurada rentabilidade.DESAFIO DE CRIAR UM NEGÓCIOSe não existem dúvidas de que asmarcas têm no metaverso umaoportunidade sem precedentespara encontrar novas formas derentabilização, além das tradicionaisreceitas, é também certo que terãode ter novas abordagens para esteambiente imersivo e flexível. Peloque as soluções que vão surgindosão amplas: há plataformas quedisponibilizam conteúdos própriose experiências, enquanto outrasusam o metaverso para diversificaras marcas, os franchises ou osconteúdos de media, como vídeo,música e gaming. O orador diz queagora, com a IA, deverá ser possível,com a presença dos agentes, criarverdadeiras experiências, cominterações individualizadas emambientes imersivos.No mercado nacional, já háprojetos de sucesso neste âmbito.Como o da Infinite Foundry, startupque desenvolveu uma tecnologia dedigitalização 3D para aumentar aeficiência das unidades fabris, quejá tem clientes como a Mercedes--Benz, Volkswagen, General Motorse a Agência Espacial Europeia.Ou a Hubduction, que tira partidodo potencial da mixed reality paratransformar momentos comuns,como visitas a museus, vendasou workshops educacionais, emexperiências únicas, utilizandodiversas soluções tecnológicas,como realidade aumentada, vídeo efotografia 360º vídeo, video mappingou simuladores 3D.Rita Magalhães, Data andSustainability Research Scientistda Infinite Foundry, acreditaque há um enorme potencialnas experiências imersivase na realidade mista. Tal comoJoão Neto, VR & AR Specialistda Hubduction, que garanteque o metaverso não é apenas umamoda, mas uma área que, pelassuas funcionalidades, será cadavez mais utilizada pelas empresas,os seus clientes e a sociedade.Não substituirá o mundo físico, masacrescentar-lhe-á valor.Vender de formaresponsável no mundovirtual tem de assentarnuma realidade mistae na garantia experiênciasdiferenciadoras einterativas, para queos clientes sintam que“fazem parte do jogo”.E o que fazer face ao domínio dasgrandes tecnológicas? FrancescoPagano tem “sentimentoscontraditórios sobre o tema”, massalienta que big tech como a Metaestão a monetizar com vantagemtodos os dados que capturam.Por isso, defende a regulaçãoe a tecnologia que permita aosutilizadores saber para onde vãoos seus dados: “É um mundo ondea concentração de informação éperigosa, pelo que estou realmentepreocupado”.Já para João Neto, “estamossempre nas mãos das grandescorporações. E isso é difícil paraempresas como a nossa, poistrabalhamos com tecnologia,vendemos soluções aos nossosclientes e não podemos garantirque as coisas não possam mudar,se algum gigante o decidir.De repente, porque uma áreanão é lucrativa, mudam aestratégia”. Por isso, há que tercapacidade de adaptação. Reveja o eventoORADORESSANDRA FAZENDA ALMEIDADiretora Executiva, APDCFRANCESCO PAGANOSenior Partner, JAKALAJOÃO NETOEspecialista em VR & AR, HubductionRITA MAGALHÃESData and Sustainability Research Scientist,Infinite Foundry74 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | JUNHO 2025 JUNHO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 75

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