APDC NEWSReveja o eventoAceda à galeriade imagensPara o presidente da APDC,a diversidade de género nas STEMé um problema estrutural difícilde resolver. Por isso, há que promoveriniciativas conjuntas e com impacto.MULHERES PRECISAM-SENAS STEM!A igualdade de género nas áreas tecnológicas continua a ser umproblema estrutural. E se há múltiplas iniciativas em curso, o seuimpacto é ainda residual. Ganhar escala é o desafio.TEXTO | ISABEL TRAVESSAFOTOS | VÍTOR GORDO/SYNCVIEWNão há volta a dar: atradição e a culturamantêm-se comoos grandes entravesao aumento donúmero de raparigas e mulheresnas profissões ligadas à Ciência,Tecnologia, Engenharia eMatemática e às TIC. O problemajá não é de agora e as sucessivasestratégias adotadas revelaram--se incipientes e de impacto muitolimitado. A aposta na educação,fomentando as competênciastecnológicas a partir dos primeirosanos do ensino, e na formaçãoao longo da vida, a par dodesenvolvimento das políticaspúblicas, são apontadas como ocaminho a seguir. E há que acelerar,sob pena do fosso entre homens emulheres se agravar ainda mais.O alerta vem do ExecutiveBreakfast “Como Melhorar aPresença de Meninas e Mulheresem STEM em Portugal?”, realizadopela APDC, em parceria como STEM Women Congress.O encontro decorreu a 11 defevereiro, no “Dia Internacionalde Mulheres e Meninas na Ciência”.Como destacou o presidenteda APDC, Rogério Carapuça, adiversidade de género nas STEMé um “problema estrutural” difícilde resolver e há que promoveriniciativas conjuntas e comimpacto, potenciando o “méritode trazer mais mulheres para astecnologias”.Este é o principal objetivo daSTEM Women Associaton, nascidaem 2019 em Barcelona e hojeuma entidade internacional compresença em vários países, quetrabalha para promover e gerartalento feminino para as STEM eeliminar os preconceitos de géneronestas áreas. A aposta, explica MarPorras, Global President da STEMWomen Association e cofundadorado projeto, é criar em cada paísuma rede com mulheres STEM,empresas, governo e voluntários.Todos com uma missão: ajudara desenvolver planos e ações paracombater a baixa representatividadeMar Porras, Global President da STEMWomen Association e cofundadora doprojeto, quer criar em cada país umarede com mulheres STEM, empresas,governo e voluntários.e visibilidade das mulheres nascarreiras ligadas às tecnologias.EDUCAR, FORMAR E MUITO MAISA educação e a formaçãoestiveram no centro do debateda sessão “Liderança Femininanas STEM”, sendo apontadascomo o caminho para reduziras desigualdades entre os sexos.E há mesmo que tomar medidasurgentes, sob pena do fossoaumentar ainda mais. Ana MendesGodinho, deputada e ex-ministrado Trabalho, Solidariedade eSegurança Social, confirma-o:“vivemos tempos de transiçõese desafios enormes. A tradição eA “Women ShapingTech”, iniciativada APDC, pretendecontribuir paramapear, reconhecer epremiar as iniciativasde reforço da presençafeminina nas STEM.a cultura integram-se na nossaforma de vida e os rapazes acabampor ser muito mais estimulados.Este é um risco de desigualdadebrutal”.Por isso, defende que “temosde estimular logo no ensino básico,garantir que as competênciastecnológicas sejam uma matériabase”, ideia reforçada pelacientista e ex-ministra da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior,Elvira Fortunato. É que, comogarante, trata-se mesmo de umproblema cultural: “temos demudar muito a forma comoeducamos as crianças”.Tendo em conta a suaexperiência, MadalenaAlbuquerque, Chief HumanResources Officer da MEO,concorda com esta alteração defundo em termos de educação,porque continua a ser dificilencontrar mulheres comformação STEM para contratar.E as empresas podem fazer muitoneste âmbito, assegura SofiaMarta, Country Manager da GoogleCloud Portugal, nomeadamentepromovendo a diversidadedentro e fora da organização ouparticipando em programas dementoria e de liderança. O Estado,na sua perspetiva, tem um papelrelevante, com políticas públicasque estimulem a mudança,criando e até impondo medidas.Para contribuir para mapear,reconhecer e premiar as iniciativasde reforço da presença femininanas STEM, a APDC anunciouo lançamento da iniciativa “WomenShaping Tech”. Como destacouSandra Fazenda Almeida, diretoraexecutiva da APDC, “maisdo que criar outro programa,o objetivo é unir esforços com oque já está a ser feito no terreno”,acrescentando que “este prémioprocura capitalizar todo o trabalhofeito por inúmeros promotores deiniciativas”. Assim, será criado umfundo de apoio para instituir umprémio regional, que reconheceráas melhores iniciativas STEM nasvárias regiões. Este fundo contarácom o apoio das empresas doecossistema APDC, destinando--se o financiamento a ampliar68 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | JUNHO 2025 JUNHO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 69
#253JUNHO 2025 | ANO 38 | PORTUGAL
FICHA TÉCNICA12Maria Manuel Mota,
A ABRIRIA É MOTOR DE INOVAÇÃOE C
À CONVERSANEGÓCIOSE CIÊNCIA:SÓ
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