Views
3 weeks ago

COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

  • Text
  • Apdc
  • Business
  • Science
  • Ciência
  • Negócios
  • Futuro

NEGÓCIOSNum cenáriode

NEGÓCIOSNum cenáriode rápidatransformaçãodigital e decrescentedisrupção, impulsionadapela inteligência artificial (IA),a Amazon Web Services (AWS)posiciona-se em Portugal comoum parceiro estratégico para asorganizações, sejam elas startups,PME ou grandes empresas eentidades públicas. Com umaaposta focada na proximidade aocliente, na democratização da IAatravés da cloud e na capacitaçãode talento, a gigante tecnológicaquer assumir um papel ativo napromoção de uma verdadeiramudança do país e na criaçãode um ecossistema tecnológicodiferenciador. A garantia é dadapor André Rodrigues, diretor deTecnologia ISV da AWS para o Sulda Europa e França.Um estudo divulgadorecentemente pela AWS vemconfirmar uma aceleração naadoção da cloud e da IA no país.Mas vem também alertar paraos desafios da implementaçãoda tecnologia nas PME e grandesempresas, assim como para alacuna que persiste em termosde competências digitais.Denominado “Desbloquear asAmbições de Portugal sobre IA naDécada Digital”, o trabalho avançaque só a IA poderá gerar 61 milmilhões de euros para a economiaportuguesa até 2030.Mas, para desbloquear estepotencial, terão de ser ultrapassadosum conjunto de constrangimentospersistentes. O que só será possíveljuntando “todos os grandes playersda IA às entidades do setor públicoe do Governo e às empresas,para se criar um círculo virtuosode colaboração. Só se estes trêsperfis de interlocutores estiveremcompletamente alinhados e atrabalhar em conjunto é quealcançaremos todo o potencialprevisto”, considera AndréRodrigues. Que assegura que “estãoa ser dados passos nesse sentido,pois só assim conseguiremos, defacto, capitalizar e tirar partido datecnologia. Estou extremamentepositivo em relação ao futuro da IAem Portugal”.COLABORAÇÃO E PARCERIASPRECISAM-SEO estudo da AWS, realizadopela Public First a uma amostrade mil empresas e mil cidadãosem Portugal, confirma que opaís tem tido sucesso na adoçãoda IA. Só em 2024, a cada cincominutos uma empresa adotou estatecnologia. Mas destaca tambémque existem muitas barreirasa ultrapassar. Apesar do nívelde utilização estar a aumentar,resulta maioritariamentedas startups, “que já nascemtecnológicas, são muito mais ágeise beneficiam de um ecossistemavibrante”. São elas que jáadotaram as ferramentas de IAde forma profunda – usando-apara a criação de produtos, paraa mudança da forma como serelacionam com o mercado e paraos seus próprios processosde negócio.Já nos demais segmentos demercado – PME e empresas demaior dimensão – assiste-se aum nível de adoção ainda muitosuperficial, unicamente para seobterem benefícios imediatos.Estas empresas, em regra, “nãoutilizam a oportunidade da IApara mudar os processos, alterara forma como estão organizadase tornarem-se mais competitivasnum mercado que cada vez é maisglobal” refere André Rodrigues,alertando para o risco deste perfilde aposta.Por isso, a AWS tem apostado“em trabalhar diariamentecom as organizações, para asajudar a fazer uma verdadeiratransformação”. Admitindo queo ritmo acelerado da mudançapossa ser, por vezes, assustador, oUm estudo da AWSavança que só a IApoderá gerar 61 milmilhões de eurospara a economiaportuguesa até2030. Mas, paradesbloquear estepotencial, terão deser ultrapassadosum conjunto deconstrangimentospersistentes.gestor deixa claro que as empresasprecisam de estar atentas eperceberem o que está a acontecerno mercado. Para consciencializare informar, a tecnológica temrealizado um conjunto de eventosde larga escala, “alavancados noseu know-how e na sua capacidadede chegar a mais empresas atravésde um alargado ecossistema deparceiros, que também tem aquium papel muito importante”.Além da adoção superficialda IA, o diagnóstico ao tecidoempresarial nacional mostraainda dois outros desafios críticosque será necessário endereçar,já que limitam o potencial da IA:as insuficientes competênciasdigitais e os custos elevadospercecionados de investimento.No âmbito do talento, a AWStem em marcha um conjuntode programas de ensino paradiferentes públicos, como o AWSAcademy, o AWS re/Start ou oAWS Educate. Através do AWSAcademy, desenvolveu parceriascom a rede de politécnicosnacionais e universidades, fazendochegar a tecnologia e o know-howàs pessoas que estão a entrarno mercado de trabalho. Já oAWS re/Start assume-se comoum programa de capacitação ede reskill, presente em Lisboa,Porto, Braga e Matosinhos, quetem registado “bastante sucesso.Garantimos que ajudamos aspessoas que têm competênciasem áreas distintas a poderem-serequalificar-se em cloud e IA”.Já quanto ao tema dos custospercecionados, o responsávelda AWS considera que a cloudassume um papel preponderantepara ultrapassar este desafio:“Na realidade, com a adoção daIA através da cloud não é precisofazer investimentos à cabeça nemesperar meses para começar apoder inovar. Pode-se começarpequeno com a cloud, testar e,se se tiver sucesso, rapidamenteescalar globalmente. Em casode insucesso, o serviço fecha-serapidamente e só se paga o que seconsumiu. A cloud é um enabler,tem um papel fundamental parademocratizar o acesso à IA”.Acrescenta ainda que a ofertade cloud tem sempre especialatenção à regulamentação, jáque a tecnológica “acredita numaforma responsável de fazer IA.E a regulação é o caminho. Temé de permitir a inovação e que asorganizações nacionais possam sercompetitivas, não só no mercadoeuropeu, mas no mercado global”.OUVIR CLIENTES E DIFERENCIARA aposta recente da AWS emcriar uma cloud soberana naEuropa vem mitigar também oseventuais receios das empresasem torno do investimento na IA.A decisão resultou da estratégiada tecnológica para definir o seu42 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | JUNHO 2025 JUNHO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 43

REVISTA COMUNICAÇÕES

UPDATE

© APDC. Todos os direitos reservados. Contactos - Tel: 213 129 670 | Email: geral@apdc.pt