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COMUNICACOES 253 - MARIA MANUEL MOTA - SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO

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EM DESTAQUECASO 7 CASO

EM DESTAQUECASO 7 CASO 8CASO 9 CASO 10STANDARDIZAÇÃODE IT PARA SUPORTE AONEGÓCIO INTERNACIONALCom operações nas maisvariadas geografias, a Mota--Engil sentiu a necessidade deendereçar o problema de terdentro do grupo processosdiferentes de IT na gestão doutilizador final e ferramentasdistintas para cada mercado.“Somos um grupo muitodisperso com muitas realidadese negócios distintos queprecisam de IT. Estamos em20 países. Como dar suporteao negócio e governar eajudar em todos estes países?”,questiona António Roque,Head of IT da Mota-Engil.A resposta a este desafiofoi definir e implementarum conjunto de processos,soluções e ferramentas únicaspara todos os colaboradores,independentemente da sualocalização, e por essa via,aumentar o negócio.O projeto foi implementadopela Kyndryl, em conjuntocom a construtora, e envolveuuma alteração de processos,de cultura e de empowerment.O resultado foi a standardizaçãode processos e de utilizaçãode ferramentas, com a reduçãodo número de problemas,graças à uniformização deprocedimentos, assim comoum maior foco no negócio.A escolha do parceiro resultou,segundo o responsável dogrupo, na tecnológica com“capacidade internacional,tecnologias diferentese que pudesse ajudar nagovernance”. Tudo começoupor casos de uso simples,que permitiam agilidadee visibilidade aos processos,um raciocínio comumpor detrás na análise e aidentificação de problemascomuns, que depois foramestendidos a outros mercados.Mas a ideia é alargar estescasos a outros mercados,porque “o negócio nãosobrevive sem o IT”. PauloCoelho, diretor e ConsultPartner da Kyndryl, garanteque o ‘segredo’ não é o IT,“mas as pessoas e a capacidadede reinvenção através datecnologias novase transformação”, num“processo de cocriação”, quetira partido da experiênciainternacional da tecnológica.MY NOS E ADEMOCRATIZAÇÃO DOSCANAIS DE SELF-SERVICEDIGITALCom um ecossistema digital jámontado e face à sua crescenteutilização pelos clientes,a NOS quis evoluir ainda maise elevar a experiência deselfcare digital, otimizando oscanais já existentes (desktope app) para utilizadores comperfil digital. A meta erademocratizar o acesso e darmais escolha e personalização,como explica Sílvia Dias,Digital Project Manager dooperador. Coube à Deloitte,como parceira estratégicadesta transformação, criaruma solução para simplificara experiência digital, o queimplicou o redesenho doscanais, tornando-os maisacessíveis a um público maisamplo e incentivando a adoçãode soluções self-service. Emparalelo, foi desenvolvida umaestratégia de personalizaçãosólida e escalável, queutiliza dados e insights paraantecipar as necessidadesdos utilizadores e entregarconteúdos e funcionalidadesadaptados a cada utilizador, emcada momento. A responsávelda NOS destaca que foramouvidos “centenas de clientese fizemos muitos testes comeles, para afinar o caminhoao longo do projeto. Não éum produto terminado, masem constante evolução, quevai sendo avaliada. Ainda nãofez um ano de lançamento everificamos uma redução doscontactos, que ficam mais livrespara poder atender as pessoascom temas mais complexosou com dificuldades”. Para amanager da Deloitte, a empresatrouxe à NOS “uma visão isentae imparcial, para garantir quecapturávamos os objetivos, como compromisso de representaro consumidor final”. O quefoi possível, segundo CarolinaFerreira, através de um trabalhoem equipa, em duas fases:criar uma visão que fizessesentido e materializá-la, “comsimplicidade, personalizaçãoe inovação”. “Foi uma discussãoque fomos tendo ao longodo projeto, a partir doconceito de self-service doscanais digitais. A parte maisdesafiante e gratificante foi amaterialização destes conceitosem jornadas de personasmuito específicas, para levarao desenvolvimento da appe do acesso via desktop, najornada do cliente com a NOS”.PROCESS ENHANCEMENTTHROUGH GENAI-DRIVENA complexidade da gestãodos serviços financeiros daMota-Engil Global, peranteo elevado número dedocumentos recebidosnos muitos estaleiros deconstrução nos mais variadospaíses onde o grupo estápresente, era enorme. Paraendereçar este desafio,apostou-se na automatizaçãode processos, permitindoreduzir significativamente otempo e o esforço necessáriose libertando recursos humanospara outras atividades.A solução da Inetum foi adotadaem 2024, com vista à melhoriada eficiência operacional eda gestão financeira, e utilizauma aplicação inteligente deGenAI para analisar e classificardocumentos, identificandoautomaticamente as açõesde processo necessárias.Como explica Luís Miguel PintoNovais, diretor de OperaçõesAdministrativo-Financeirasda Mota-Engil, “o desafiotem a ver com a organizaçãodo grupo, com imensaslocalizaçõese sites, onde as pessoas têmvárias tarefas, o que faz comque a receção de faturas sejafeita tardiamente”, explicandoque esta “é uma característicaque afeta a área das obras”.“A complexidade e diversidadelevou à vontade de centralizarno backoffice o tratamentodestes casos. Estamos noinício desta jornada. Vamosaplicar esta ferramentade uma forma gradual”,concretiza. Luís Gomes Silva,Head of SAP InnovationFabLab, da Inetum, por suavez, salienta que a soluçãoencontrada “é agnóstica atodas as tecnologias, trazendovantagens para o processo denegócio. Este desenvolvimentofoi um caminho, para permitiridentificar quais os casos deuso e os ganhos de eficiência”.É também altamente escalável,até porque “o negócio mudade operação para operação.Permite a redução significativado esforço e o aumento daprecisão, para dar a eficiênciaao processo”. E, tendo emconta que o grande desafioteve a ver com a “variabilidadedo negócio, a soluçãoagnóstica da Inetum tiraproveito de vários modelos,recorrendo a várias técnicas,para alcançar os objetivos”.Além de tirar da infraestruturacloud da SAP, que é global.5G PRIVATE NETWORKSAPPLIED TO HEAVY INDUSTRYObter uma melhoria de processos,através da digitalização dosprocedimentos de operação emanutenção, era a ambição daCimpor. Um processo que implicoua modernização da infraestruturade comunicações, garantindo acobertura adequada de toda a áreafabril, através da aposta no 5G. Estafoi considerada a tecnologia maisadequada, pela sua fiabilidade,capacidade de cobertura, segurançae performance. O primeiro passofoi implementar uma rede privadamóvel 5G SA (standalone) parasuportar a digitalização da fábricade Alhandra, tornando maiseficientes os processos operacionais.Depois, foi feita uma aposta emvários use cases: a manutençãoem mobilidade, com assistênciaremota, com óculos de realidadeaumentada, para intervençõeslocais e manutenção preditivade equipamentos críticos; avideovigilância inteligente deinstalações, com câmaras específicas;a sensorização de alta precisão esem fios (permitindo monitorizaro funcionamento em tempo real edetetar preventivamente falhas emequipamentos); a inspeção remotacolaborativa de instalações(com recurso a drones, parareduzir tempo e gastos e aumentarsegurança dos colaboradores);e a visualização virtual deinfraestruturas a partir de um digitaltwin, permitindo uma visão deconjunto. A solução constitui a basedo processo de digitalização dasfábricas da Cimpor, essencial paraa alteração estrutural da forma comoopera, garantindo um futuro maiseficiente e sustentável. Para TiagoSoares, Information TechnologyDirector do grupo cimenteiro,esta é também uma “oportunidadepara dar uma nova forma detrabalhar para as novas geraçõese de digitalizar o conhecimentodas equipas com mais experiência”.E já estão a ser pensados mais usecases para trazer o retorno doinvestimento que foi feito, comoa inspeção indoor e a conduçãoautónoma na pedreira de Loulé.Guilherme Alves, EnterpriseAccount Director da Ericsson,não tem dúvidas de que “o temada cultura e as novas formas detrabalhar têm impacto na vida dasempresas, pelo que é fundamentalacompanhar os projetos e ajudarnesta jornada de transformação”.Este é, na opinião de RicardoBastos Raposo, manager Pre-Sales& Solutions Design da Vodafone,“um projeto pioneiro, numa áreaque está a dar os primeiros passos.Avaliámos diferentes metodologiade conetividade e a rede privada5G surgiu como a opção que faziamais sentido. Passada a fase deimplementação, apoiamos a Cimporao longo da vida do projeto, fazendoa gestão da rede à medida dasnecessidades do grupo”.34 | APDC | REVISTA COMUNICAÇÕES | JUNHO 2025 JUNHO 2025 | REVISTA COMUNICAÇÕES | APDC | 35

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