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COMUNICAÇÕES 252 - MARGARIDA BALSEIRO LOPES MAIS DIGITAL PARA SIMPLIFICAR

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negocios“Ainda não se

negocios“Ainda não se olha para a inovação como um todo”, lamenta o líder da Unicorn Factory Lisboa44do falamos no residente não habitual, em benefíciosfiscais para o investimento na inovação ou em vistos,temos de ser capazes de fazer a aposta completa. Nãopodemos continuar com meias apostas e navegar aosabor do vento”, alerta, garantindo que “se há áreaconsensual é esta. No arco da governação, todos olhampara a inovação e entendem que é essencial. Temos deser capazes de criar aqui um alinhamento que dê estabilidadee ambição”.Isso não acontece, por exemplo, na Estratégia DigitalNacional anunciada recentemente pelo governo.Para Gil Azevedo, há “algumas medidas relevantes epositivas, mas ainda não se olha para a inovação comoum todo. Falta um corpo comum, necessário para nostransformarmos num motor de inovação à escala internacional”.Defende, por isso, que “temos de sermais ambiciosos, sendo capazes de consensualizar,de encontrar uma plataforma que coloque a inovaçãocomo um dos pilares de crescimento. O que significaque, em vez de pensar em medidas soltas, tem de sepensar em qual é a ambição e em quais as medidas necessáriaspara a concretizar, numa lógica de longo-prazoe não limitadas no tempo”.MULTIPLICAR EMPREENDEDORESA área do empreendedorismo jovem é uma aposta maisrecente, que resultou de um diagnóstico que mostravauma redução acentuada dos projetos empreendedoresnacionais, na sequência da pandemia e do plenoemprego na área tecnológica. Assim, para “começar adesenvolver uma mentalidade mais empreendedorae inovadora”, foram lançados um conjunto de pro-

gramas destinados aos alunos do ensino secundário euniversitário. Permitem pôr os alunos entre os 14 e osmais de 20 anos a “experimentar serem empreendedores”.Um dos exemplos foi a criação de campos de fériasde Verão para alunos das escolas secundárias. Neles,“fazem todo o percurso que faz um empreendedor,desde identificar uma ideia, até estar à frente de investidorese de parceiros a apresentar a sua ideia”.Ao nível universitário, foi criada em 2024 uma AcademiaDigital, com o objetivo de fazer chegar a milharesde estudantes uma experiência empreendedora,que começa num desafio, pensar uma ideia, estruturá-la,validá-la e apresentá-la. Depois, completando aAcademia Digital, os melhores projetos são convidadosa participar em hackatons, onde num fim-de-semanaintensivo começam a desenvolver um protótipocom a ajuda da Unicorn Factory Lisboa. Destes saemos projetos que integram um programa de aceleração,o Future Innovators Program.A meta é agora, segundoGil Azevedo, aumentara dimensão destas iniciativas,uma vez que a recetividade“tem sido fantástica.Em 2024 já chegámosa 1.400 alunos e queremoschegar a muito mais”, atéporque dados de Bruxelas“mostram que 59% dosalunos universitários portuguesesgostavam de lançara sua ideia de negócio,mas que pela pressão de procurar um trabalho, da culturaportuguesa em si, tradicional e conservadora, e domedo de errar, não avançam”.Nesta área, a Unicorn Factory Lisboa lançou tambémem 2024 um programa de teste nas escolas primárias,para pôr os alunos a trabalhar, em conjunto comas famílias, a pensar em ideias e como é que podeminovar. “Fizemos um programa com duas escolas públicasdo Beato, com os terceiros e quartos anos, emque os desafiámos a pensar em como é que podem inovarna escola. Juntaram-se em equipas, com os professores,fizeram projetos e depois promovemos um Diada Família, em que cada grupo pôde apresentar o seuprojeto. Conseguimos pôr crianças de oito e nove anos,A criação de hubs emáreas promissoras degrande investimento aonível internacional é umagrande apostaa falar em inovação, algo que é extraordinário. Para2025, vamos reforçar muito também este programa,com mais escolas e mais alunos no que chamamos ‘AMinha Primeira Startup’”, salienta o gestor.INOVAR COM POTENCIALUma área central que foi, entretanto, também criada éa rede de bairros e de hubs de inovação. Neste âmbito, ealém da localização inicial do projeto, no Beato, foramcriados outros dois bairros de inovação, em Alvalade eno Saldanha. É neles que se situam os quatro hubs deinovação já criados: o degaming (GamingHub), quearrancou ainda em 2023,e os de web3 (Web3Hub),sustentabilidade (GreenHub)e inteligência artificial(AIHub), lançados jáem 2024.Todos resultam de umaaposta em áreas estratégicase o seu número poderáaumentar já em 2025. GilAzevedo refere que “temosde olhar para o futuro e os hubs vêm trazer visibilidadeem segmentos de elevado crescimento e investimento.Podem assegurar que temos o posicionamento parasermos uma referência a nível internacional. São setoresque já definem a tecnologia e que a vão definir, cadavez mais, no futuro. Portugal, para se afirmar comoum grande player ao nível internacional, tem, de facto,de ter uma presença forte nessas áreas e daí esta lógicados hubs verticais. Não temos a escala da Alemanhaou da Inglaterra, já para não falar dos Estados Unidos.Temos de ser capazes de dar visibilidade aos melhoresprojetos e às áreas de maior potencial”.Estes hubs visam impulsionar a inovação, aceleraro crescimento, apoiar as startups e scaleups, promover45

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