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COMUNICAÇÕES 252 - MARGARIDA BALSEIRO LOPES MAIS DIGITAL PARA SIMPLIFICAR

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em destaque30um

em destaque30um repositório de dados privados, permite não só umaanálise mais completa, como poupanças de tempo e deesforços. Nuno Moura Pinheiro, head of Data & AI na DXCTechnology Portugal, explica que o desafio exigiu cuidadosadicionais: “Falamos de documentos legais, informaçãoconfidencial e restrita. Trabalhámos com todos osrequisitos de segurança e com a equipa legal, assim comocom uma equipa de analistas, para conseguir colocar a IAa identificar as necessidades, definir as ações e a partirdaí permitir perguntas e respostas”. Júlio César Ribeiro,Applications & Solutions Architecture da MEO, acrescentaque se tentou o melhor use case possível, “que reunissetodas as capacidades do ChatGPT. Por isso trouxemos asolução para a área jurídica, que implica um enorme esforçohumano na análise, compilação de texto e geraçãode soluções”. Resultado, reduziu-se significativamenteo “esforço humano nesta tarefa de análise de textos eprodução dos mesmos. A prova de conceito rapidamentese transformou numa prova de valor. Percebemos que atotalidade dos utilizadores avaliavam a solução como algoque resolveria problemas do dia a dia, com poupançasde tempo que podem chegar aos 50%”. Agora, e tendoem conta as aprendizagens, a MEO está a “construir umaplataforma de referência para criar novos use cases”. Aspremissas: proximidade entre o use case e as equipas quevão utilizar; parceria estratégia tecnológica com quemsabe; e usar o conhecimento para construir uma arquiteturade referência que permita agilizar a implementação”.É que “não existe um ‘one size fits all’. Tem de se saber oque se pretende. Não é só tecnologia”.Cientes de que não existe um“one size feets all”, as diversasequipas que têm explorado aspotencialidades da tecnologiaque se encontra agora aoalcance de todos, apresentaramdiversos use cases, muitodiferentes entre siCASO 3E-REDES | IA AO SERVIÇODO OPERADOR DE REDES DEDISTRIBUIÇÃO DE ENERGIAA OPÇÃO DA E-REDES FOI avançar in-house com a suatransformação digital, através da utilização de ferramentasde IA. E já tem dois casos concretos: o PREDIS 3.0,solução que permite a previsão de séries temporais deenergia em grande escala, para perceber e anteciparos fluxos de potência na rede e identificar se a tensãose mantém dentro dos limites regulamentares; e o ARC– Assistente para Respostas ao Cliente, um assistentevirtual conversacional suportado em IA generativa, paramelhorar, uniformizar e capacitar a rede de atendimento,reduzindo tempo de resposta e custos. Catarina Calhau,Data Management and Analytics manager da empresado universo EDP, adianta que neste segundo exemplo“optámos por avançar com um assistente de resposta aocliente, suportado em IA generativa. Utilizámos os modelosda OpenAI e aprendemos a trabalhar esta tecnologia,com um grande investimento na parte do negócio”. Osimpactos diretos foram imediatos: garantir uma análisemais completa num tempo mais curto, via assistenteconversacional; resposta com uma maior qualidade econsistência, com redução do número de reincidências;alavancagem do conhecimento para as novas iniciativas.Já o PREDIS 3.0 está na sua 3ª geração. “É um modelocrítico para a empresa, porque permite antecipar o quevai acontecer na rede e ter ferramentas para resolver.Num contexto de transição elétrica, com um aumento deconsumo de energia e um aumento de produção muitodistribuída e de fontes renováveis, ter a capacidade desaber o que vai acontecer é crítico. O desafio, mais doque a componente de machine learning, foi o big data.Estamos a falar de mais de 14 biliões de dados”, destaca aresponsável, que diz que em termos de perdas da rede jáhá uma redução de 10%”

CASO 4HPE & SENSEI | A MUDAR AFORMA COMO O MUNDO COMPRAATRAVÉS DA IACASO 5CGI | AI HEAD ANALYSISA SENSEI APOSTOU NUMA revolução no retalho, com acriação de lojas automatizadas, tanto em Portugal comonoutros mercados, sem caixas e impulsionadas por dados,através da implementação de soluções avançadas de visãocomputacional, adaptadas especificamente para o retalho.Para processar a informação nas lojas, fez uma parceriacom a HPE. Para Rita Ribeirinho, Marketing manager daHPE, a solução tecnológica encontrada não foi simples. Atéporque “não é um caso comum, é um negócio completoque foi baseado em IA e em engenharia portuguesa, comcriatividade”. O segredo do sucesso assentou na equipa daSensei e no trabalho em conjunto, numa “verdadeira relaçãode parceria”. É que se trata de “assegurar computaçãosuperpotente e resiliente, baseada em processamento gráfico,com baixa latência e soberania e privacidade dos dados.Perante estes requisitos, a solução passa por cada lojaautónoma ter o seu data center dedicado, com conetividadefeita pela HPE”. Na perspetiva de Vasco Portugal, CEO e cofounderda Sensei, o que se fez foi “criar uma tecnologia quepermita ao retalho ser autónomo”. Diz mesmo que “o quea IA comporta é uma mudança de paradigma. Trouxe duascoisas: visão computacional, que permite às máquinas conseguireminterpretar e tomar decisões sobre coisas do dia adia; e a introdução dos LLMs, para processar uma quantidadeinfinita de dados e a comunicação com as máquinas emlinguagem natural. É a tecnologia ubíqua dentro do nossocontexto. Estamos a falar de tecnologia que funciona por sisó”. A melhoria da experiência de compra dos clientes, compagamentos sem atritos, precisão de cesto de compras superiora 99% e total visibilidade das atividades dos clientesem loja, bem como o aumento da eficiência das operações,através da monitorização em tempo real do stock nas prateleiras,foram já resultados alcançados.AS HEMORRAGIAS CEREBRAIS são acidentes vascularescerebrais potencialmente fatais, que requerem tratamentoimediato. E os desafios atuais no diagnóstico incluema interpretação complexa das imagens e a escassez derecursos de radiologia, especialmente em emergências.Para endereçar o problema, o HUS Helsinki UniversityHospital juntou-se à CGI e à Planmeca. “A solução encontrada,única e revolucionária, envolve o tratamento dosdados e a aprendizagem do algoritmo de IA, o que é umprocesso longo e com um vasto ciclo de testes. A plataformaque foi implementada pretende ter um diagnósticorápido e correto deste tipo de problema. Porque existemcasos que, se não forem detetados rapidamente, provocama morte do paciente. É fundamental ter o apoio aodiagnóstico”, comenta Paulo Pena, director consultingda CGI. Assim a AI Head Analysis é uma ferramenta deIA que permite analisar as TAC (tomografias computorizadas)da cabeça em tempo real, para detetar os tiposmais comuns de hemorragias cerebrais não traumáticas.O gestor explica que já deteta três das cinco tipologiasdestas hemorragias, “correspondendo a 99% das hemorragiascerebrais agudas não traumáticas. Olhando para asolução como um todo, tem um grau de precisão de 98%nesta fase, uma deteção de negativos quase a 100% eum grau de sensibilidade superior a 87%”. Adianta aindaque “nesta fase, está a correr um piloto de usabilidade noHospital de Helsínquia. O próximo passo será a comercializaçãoaos hospitais e fabricantes de equipamentos. Masdestaca que o “tempo de desenvolvimento de projetos deIA na área médica é bastante prolongado, pela necessidadede aprendizagem e correção dos algoritmos e pelotratamento de dados feita in-house, que são submetidos aum processo de anonimização e de despersonalização”.31

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