a conversa22Anunciámos isto em julho e nos últimos meses temostrabalhado com várias áreas governativas, com váriasentidades, porque isto envolve um grande esforço dearticulação com a Autoridade Tributária, com o IRN,com a Segurança Social, com a AIMA e com a AMA,que é a entidade pivot desta transformação. Isto é umdos exemplos que vai tirar papéis, vai poupar tempoe vai, sobretudo, melhorar a vida dos cidadãos. Não éo digital pelo digital. Não quero que um procedimentoseja digital se ele estiver mal feito. O procedimentodeve ser digital se isso tiver um ganho para as pessoas.Se simplifica, então faz sentido digitalizar.Como é feita a coordenação do digital do gov.pt com osespaços físicos, como as Lojas do Cidadão?Não é fácil, mas é um processo que se faz. Há um órgão,o Conselho Consultivo da AMA, com que reunimos emsetembro pela primeira vez, que não reunia há mais dedez anos. Vamos voltar a falar em janeiro. Vamos procurarmanter esse caráter regular. Para quê? Em todasas áreas governativas quetêm as Lojas do Cidadãovamos conversar e alinharestratégias de comportamentos,de prazos, dehorários. Identificámosalguns problemas paragarantir que funcionamosa uma só voz nas lojas eno gov.pt. Temos hoje nogov.pt mais serviços doque estavam antes, mas éum processo. O nosso objetivo é que os cidadãos quetêm um problema para tratar, podem começar a tratarnuma loja, mas conseguem fazer o follow up desse processono gov.pt ou na linha (que, diga-se, só está eminglês desde 1 de outubro).Só é possível implementaro objetivo only once setrabalharmos com todas asáreas governativasAMA - Agência para a Modernização Administrativa,assume um papel central em todo este plano. Há necessidadede reforçar esta entidade, em termos de recursoshumanos?A previsão de pessoal que vem refletido no orçamentoda AMA para 2025 está em linha com as responsabilidadesatribuídas. De facto, a AMA tem um papel muitotransversal, mas há muito trabalho que é desenvolvidopelas várias entidades da Administração Pública. Issotambém é importante destacar.Há muito que é reconhecida a necessidade de umamudança de cultura na AP, mas sempre se admitiu sermuito difícil, porque é o Estado funcionava em silos eas pessoas não queriam mudar. Sente que tem havidouma mudança a esse nível?Nos oito meses de mandato que tenho, vejo que a AdministraçãoPública está muito disponível para colaborar.Mas acho que o exemplo também tem de virde cima. Isto é, se as áreasgovernativas não dialogarem,qual é a autoridadeque têm para depois pediremàs entidades tuteladasque o façam? Portanto,acho que há umamarca deste governo queé este trabalho em equipa.No âmbito do anterior governo,tinham sido criadostrês grupos de trabalho, liderados por ArlindoOliveira, para propostas de estratégias e de planos deação para a IA, os dados e a Web 3.0. Estão a aproveitareste trabalho, cujas propostas foram entregues tambémao vosso Executivo?As estratégias não são suficientes. O professor ArlindoOliveira tem colaborado connosco e muito em breveserá público mais um exemplo dessa colaboração quetemos tido. Mas as estratégias têm de ter envelopes financeirospara as ações. Têm de ter planos de ação. E foiisso que fizemos, nos últimos meses. Vamos continuar,até final do primeiro trimestre, a fazer a auscultação
que já iniciámos no âmbito da Agenda Nacional de IA.Houve muitas sessões de auscultação a especialistasdo digital, alguns deles também de IA, que obviamentevamos otimizar e que já concorrem para a Agenda Nacionalde IA. O que nós fizemos nos últimos meses foirever a estratégia digital, o plano de ação. Se apresentamosquatro estratégias, nada é estratégico. Isto é umaorientação política: há uma estratégia para o digital edentro dessa estratégia, a centralidade da IA fez comque tivéssemos tomado a decisão de autonomizar umaagenda própria, que vamos apresentar no primeiro trimestrede 2025, mas alinhada com a estratégia digital.O que nós tínhamos era uma estratégia para os dados,para a web3, para a IA, para o digital. Isto não é compaginávelcom o objetivo de termos de facto as coisas aacontecer. Para isso têm de estar coordenadas, de sercoerentes entre si. E temos de garantir que sabemosexatamente que ações vamos fazer, quanto custam,quem vai fazer e qual o prazo de execução. Por isso éque há pouco dizia que tão importante como a estratégiaé ter um plano de ação com os termos em que vamosconcretizá-la.Na Web Summit, o primeiro-ministro apresentou oprojeto AMÁLIA, um modelo de linguagem em grandeescala para a língua portuguesa...O primeiro-ministro não apresentou o AMÁLIA, eleantecipou aquela que é uma das ações da nossa AgendaNacional de IA. E antecipou porque é uma iniciativamuito importante, central na nossa agenda de IAe quisemos aproveitar, naquele que é o maior eventodo mundo, para sinalizar que em Portugal estamos adesenvolver projetos que nos diferenciam não só nocontexto europeu, mas no contexto mundial. Tenhoparticipado em vários fóruns, um dos mais recentes foia Cimeira do Digital, em Talin, e isto é público: o vídeodo painel onde participei foi muito elogiado, concretamentefoi elogiada a decisão de Portugal desenvolver oseu LLM. Porque, de facto, há um conjunto de potencialidadesque daqui resultam e foi essa a ação que fez comque antecipássemos uma das ações da Agenda Nacionalda IA que apresentaremos no primeiro trimestre de2025.A APDC veio a público defender que é essencial para atransformação digital da AP a adoção urgente do princípioonly once. Estamos a caminhar nesse sentido,pelo que me diz…Estamos, claro.Que tipo de papel é que podem, no âmbito da EstratégiaDigital Nacional, desempenhar associações comoa APDC, que já têm na área do talento e da literaciadigital várias iniciativas em parceria com grandes empresas?Como é que vai envolver a sociedade civil?Não só estamos a envolver, como temos um exemplomuito recente. A APDC participou numa consulta pública.Foi uma das 43 participações que registámos eque foram apreciadas de igual forma. E tivemos os contributosda APDC em consideração quando desenhámoso nosso plano de ação. Certamente não ficaremospor aqui.•23
cidadaniaSe fosse um super herói,
NOVA GERAÇÃO DE FOUNDATION MODELS
Mais do queatendido,aqui o seunegó
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