a conversa“Há um conjunto de iniciativas já desenvolvidas pela sociedade civil a que queremos dar mais destaque, colocando-as a concorrerpara o mesmo objetivo. A Estratégia Digital Nacional não é a estratégia digital do Estado”20ses com os quais queremos ombrear. Não precisamos deinventar a roda, por isso fizemos o benchmarketing, quisemosaprender com os bons exemplos. Mas tambémtemos muitos bons exemplos para dar. Cada vez mais éuma das noções que ganho na minha participação nosforuns internacionais. Tivemos, há muito pouco tempo,o Council das Telecomunicações e um dos tópicos era adécada digital, porque a década digital está em cursoe os países foram dizendo se achavam que devia haverreavaliação de algumas daquelas metas, como estavama fazer para cumprir essas metas e o ministro irlandêspediu uma reunião bilateral. A dada altura começámosa falar da carteira digital e mostrei-lhe o id.gov.pt (quedentro de alguns dias passará a ser o gov.pt) e ele ficoufascinado. Ou seja, temos muitas coisas a aprender,mas também já damos cartas em muitos projetos queestão em curso na Administração Pública, no âmbitodo digital. E isso também é importante ressaltar.Uma das apostas da estratégia é a promoção da igualdadede género no digital...O que foi apresentado no plano de ação 2025-2026contempla 49 ações, distribuídas por 16 iniciativas.Uma dessas iniciativas é o Programa Nacional das Raparigasnas STEM. O nosso ponto de partida face à Europaé muito baixo. Temos uma mulher em cada cincoespecialistas em TIC e uma em cada três especialistasnas STEM. E isso é preocupante. Se não conseguirmosmitigar o gap, vamos acentuar desigualdades. Na construção,utilização e desenho da tecnologia é importantecontar com mulheres. Vamos apresentar este programao primeiro trimestre de 2025 e o nosso objetivo époder contar com iniciativas da sociedade civil. Queremosgarantir pelo menos 30% de mulheres a trabalharnestas áreas e sabemos que isto não se faz apenas comentidades públicas. Há um conjunto de iniciativas jádesenvolvidas pela sociedade civil a que queremos darmais destaque, colocando-as a concorrer para o mesmoobjetivo. Porque a Estratégia Digital Nacional nãoé a estratégia digital do Estado.Mas, tendo em conta que o programa prevê uma intervençãoem três áreas distintas - Educação, EnsinoSuperior e Mercado de Trabalho - são processos quedemoram tempo, sobretudo no caso da Educação, serãonecessárias outras ferramentas para atrair as mu-
lheres para o digital. Está a negociar iniciativas com asociedade civil?No primeiro trimestre de 2025 vamos apresentar umprograma.Sente que a opção pela realização de reuniões do Conselhode Ministros dedicados exclusivamente à transiçãodigital e modernização fazem, de facto, a diferençapara uma tomada de decisão mais rápida e assertiva?Sim. E por várias razões. Uma delas é que a modernizaçãoé transversal. Apesar de estar sob a tutela deste ministério,tem de estar em todas as áreas governativas.Só é possível implementar o princípio ‘only once’ se trabalharmosem conjunto. Em segundo lugar, a partir domomento em que a discussão se faz ao nível de ministrose não apenas ao nível de secretários de Estado, queera o que antes - já havia um conselho inter- -ministerialque era presidido na altura pelo anterior secretáriode Estado, Mário Campolargo - o nível de envolvimentoé muito maior. A nossapreocupação é que isto sefaça ao nível dos secretáriosde Estado – todos osmeses temos uma reunião– mas também ao nível deministros. Por exemplo,temos mais de mil portaisde AP e, normalmente associadoa uma ideia vêmsempre pelo menos doisportais, o que é um problema.Porque os cidadãose as empresas não têm de ter um conhecimento da APque lhes exija que, além de saberem qual é o serviço ea entidade, têm de se lembrar qual o portal onde vãotratar determinado assunto. Não queremos mais portaise aplicações mas sim caminhar no sentido oposto,de integrar todos os serviços no gov.pt. Integrar – agoratambém com o lançamento da app em 2025 – as respostasnum único sítio. Para isso, o compromisso temde ser ao nível de topo do Governo.“Temos muitas coisas aaprender, mas também jádamos cartas em muitosprojetos em curso da AP, noâmbito do digital”No fundo é consciencializar, o que também é importantepara determinadas tutelas…É verdade. Também há uma alteração de cultura ao nívelorganizacional.Há quem defenda que com a digitalização da AdministraçãoPública, apenas se mudou de canal. Que aburocratização dos processos se mantém, só que emvez de se resolverem os assuntos através de papéis, seresolvem online. Concorda que ainda é assim?É para combater isso que trabalhamos todos os dias.Apresentámos 15 medidas de simplificação em julho.Podíamos ter apresentado 100. Mas preferimos privilegiarmedidas que tivessem grande impacto no cidadãoe nas empresas, na lógica da simplificação. Medidasque fossem executadas noespaço de um ano. Porquenão vou conseguir granjeara confiança das pessoasse disser: em 2030,vou conseguir fazer isto.Estas medidas procuramsimplificar processos. Naspróximas semanas vão entrarem vigor, ou seja, aspessoas vão poder acederao que anunciámos emjulho. Um cidadão estrangeiro,que neste momento tem de ir para a porta da SegurançaSocial, da Autoridade Tributária ou para a Lojado Cidadão, com senhas e com horas e listas de espera,porque precisa de ter acesso a três números de identificaçãoem três serviços diferentes da AP, nas próximassemanas poderá ter acesso, com um único pedido, atrês números de identificação. Isto é facilitar a vida daspessoas. Só que este é um processo que não se faz deum dia para o outro e nós temos de ter a noção disso.21
este percurso, foi apresentada umac
cidadaniaSe fosse um super herói,
NOVA GERAÇÃO DE FOUNDATION MODELS
Mais do queatendido,aqui o seunegó
Loading...
Loading...