a conversa“Fizemos um levantamentodas estratégias e dos planosde ação que atualmentejá existem em dez países,com os quais queremosombrear. Não precisamosde inventar a roda, por issofizemos o benchmarketing.Quisemos aprender com osbons exemplos”18
Começou muito jovem a ter uma experiência enquantodirigente associativa – foi presidente da associaçãode estudantes na escola secundária. Em que é que issodeterminou o seu percurso posterior?Todas as experiências que temos de alguma forma impactamo exercício das nossas funções. No meu casofoi ter tido experiência associativa, experiência profissionalna atividade privada e na atividade pública,enquanto estive no parlamento. A nível académicosuspendi o doutoramento quando vim para o governo,mas também considero essa vertente altamenteenriquecedora. Essas dimensões contribuem para quetenhamos uma melhor compreensão do mundo e, dessaforma, tenhamos uma maior capacidade de dar respostaàs questões que se colocam às pessoas.O que lhe traz essa experiência anterior em termosde conhecimento específico, para desempenhar estecargo, em que tem três áreas de tutela bem distintas:Juventude, Igualdade e Modernização?Há uma vantagem de ter estado seis anos no parlamento,que é compreender desde logo a complexidade doprocesso legislativo e de já ter estado do outro lado.Essa visão que tenho do parlamento – a de que é normale expectável prestar contas relativamente às decisõesque tomo – é consubstanciada nessa experiênciaque tive.Prestar contas é um princípio basilar para si?Transparência e prestar contas são dois princípios basilarespara mim. Exemplo: em todas as audições dounúmeros sobre pessoas impactadas, sobre prazos, sobreo follow up da execução que as medidas estão a ter.Porque durante demasiado tempo, em várias áreasgovernativas, houve compromissos assumidos publicamenteque nunca se materializaram numa realidadeque não fosse a que já existia antes do anúncio. Issopreocupa-me, porque uma das razões para as pessoasestarem hoje em dia descrentes relativamente à políticatem a ver com essa dissonância entre o discurso edepois o que acontece na vida das pessoas. Outra preocupaçãoque tenho é, quando me fazem uma pergunta,procurar saber exatamente o que posso dizer. Se estiverem condições de dizer exatamente que esta área vai sertrabalhada, falarei sobre isso. É importante dar os passoscertos que sabemos estar em condições de dar.Que marca gostaria de deixar, durante o seu mandato,no âmbito da modernização da Administração Pública(AP)?No caso da modernização da AP, são de facto muitos osproblemas que se colocam. Esta área tem a característicade ser transversal. Impacta todas as outras áreasgovernativas. Daí que o trabalho que tenho para desenvolverseja também o de uma permanente articulaçãocom os outros setores governativos para conseguir – eé esse o grande propósito da Modernização – durante omeu mandato, simplificar as interações entre o Estadoe as pessoas (empresas e cidadãos).Cumpriu uma das metas a que se tinha prometido,que foi lançar a Estratégia Digital Nacional até finaldo ano. Efetivamente lançou-a. Missão cumprida ou otrabalho começa todo agora?Foi um marco importante, na medida em que de factoera um compromisso, mas era um compromisso queera uma necessidade. Nós estávamos há muito temposem uma estratégia digital, o que é mau desde logo porquea nível europeu temos um conjunto de compromissose de objetivos a atingir. Se não tivermos definido,a nível nacional, que ações vamos fazer para ir aoencontro desses compromissos, não estamos a dar ospassos necessários para alcançarmos esses objetivos.A aceleração que fizemos, desde o dia 2 de abril, coma auscultação que levámos a efeito, foi importante.Ouvimos mais de 60 entidades da Administração Pública,mais de 50 empresas em Lisboa e não só, porqueas regiões do país e o tecido empresarial são muito diferentesentre si. Reunimos com associações empresariaise empresas, ouvimos também 25 especialistas naárea do digital e isso permitiu chegarmos a dezembro eapresentarmos a estratégia. Mas tão importante comoa estratégia é o plano de ação, que nos diz que açõesvamos desenvolver, qual o pacote financeiro que cadauma dessas ações tem e quais as entidades responsáveis.O dia mais importante não é o dia da apresentaçãoda estratégia. O mais importante agora é a execuçãoque vamos fazer da estratégia. O nosso foco em2025 vai ser garantir que essas ações acontecem.Temos apenas 56% da população portuguesa com competênciasdigitais. Temos, a nível europeu, de caminharpara 80%. Isto obriga a que saibamos como vamoschegar lá.Nas quatro vertentes da Estratégia Digital Nacional -Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas - tiveramde partir de uma base. Foram ao terreno, havia já estudos?De onde partiram?Não começámos do zero e o mais importante são os dados.A nossa base foi antes de tudo a realidade e os dados.Temos vários indicadores. O Digital Economy andSociety Index (DESI) da CE é um desses instrumentos.Fizemos também um levantamento das estratégias eplanos de ação que atualmente já existem em dez paí-19
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