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COMUNICAÇÕES 251 - PEDRO AREZES O EFEITO DE CONTÁGIO DO PROGRAMA MIT PORTUGAL

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portugal digital Joaquim Jorge, professor do Departamento de Engenharia Informática do IST, além de lecionar uma cadeira de Realidade Virtual dedicase, como investigador, às tecnologias imersivas. 58 lical com o projeto. Colabora no Green City for Aging como investigadora e acredita que no planeamento urbano, as tecnologias imersivas fazem a diferença: “Estamos a avaliar o modo como Lisboa tem vindo a adaptar as questões ambientais de redução de carbono com a mobilidade inclusiva. Porque há problemas que se colocam. Os mais idosos foram confrontados com uma mudança de paradigma do que é a rua. Têm de lidar com a existência de ciclovias, por exemplo”. Estão na fase de entrevistas, mas em breve os investigadores confrontarão os inquiridos com ambientes virtuais que vão simular diferentes perfis de rua. Esse exercício vai ajudar a definir que alterações devem ser feitas no espaço público de forma a proteger esta população. “O problema das ruas reais é que concentram muitas variáveis, até meteorológicas, que influenciam a perceção das pessoas”. Um modelo virtual, explica Sara Eloy, induz respostas mais objetivas. Na área de urbanismo e arquitetura, em que se tem focado o ISTAR, também existem muitos caminhos a percorrer: “Neste momento temos três teses de doutoramento em curso. Uma delas vai ser defendida agora e avalia como é que os drones podem ajudar na construção de edifícios em locais mais inacessíveis, ou de construção mais complexa. O doutorando fez testes com operários, que usaram óculos de realidade aumentada e cooperaram com o drone”, exemplifica a investigadora. Nas intervenções urbanísticas hoje é preciso cruzar exigências várias, que vão desde o aspeto estético, à gestão das energias limpas, à utilização de novos materiais de construção e à acessibilidade e segurança. Para cruzar todos estes fatores, Sara Eloy diz que é cada vez mais útil recorrer às tecnologias imersivas. “Nos EUA”, adverte, “a investigação nesta área já está muito avançada, com a indústria a fazer grandes investimentos”. Em Portugal ainda é difícil encontrar parceiros industriais neste segmento de negócio, mas vai acontecer, porque as XR, tal como o vento, não se páram com as mãos. CÁTEDRA DA UNESCO EM XR Joaquim Jorge, professor do Departamento de Engenharia Informática do IST, além de lecionar uma cadeira de Realidade Virtual dedica-se, como investigador, às tecnologias imersivas, nomeadamente no laboratório que o IST tem a funcionar no Tagus Park. Desde setembro do ano passado também lidera uma cátedra da UNESCO dedicada à extended reality (XR). Ciente de que esta área só podia crescer, Joaquim Jorge fez a proposta à UNESCO, depois de ter congregado à sua volta um grupo de investigadores. Hoje em torno desta cátedra, que como todas as cátedras UNESCO é focada na produção intelectual, formação avançada de recursos humanos e investigação conjunta em tópicos de ponta, existe uma rede formada por 40 instituições

do mundo inteiro, composta por outras universidades e não só. A confluência da realidade virtual e a inteligência artificial é um tema que apaixona Joaquim Jorge e que será o tópico do congresso que se vai realizar em Portugal em 29 de janeiro. Está agendado também para janeiro um seminário, a decorrer na Alemanha, dedicado a realidade virtual e telemedicina. O líder da cátedra UNESCO acredita que em poucos anos, sobretudo nas áreas da saúde, formação e indústria, a aplicação das tecnologias imersivas vai mudar a realidade: “Hoje é cada vez mais possível, por exemplo, fazer simulação de atividades perigosas através da realidade virtual, como o combate a incêndios e a circulação em situações de perigo”. São funcionalidades que nos A fusão dos telemóveis com a realidade virtual e aumentada é uma evolução esperada transportam para novos patamares de eficiência. A fusão dos telemóveis com a realidade virtual e aumentada será, na opinião do professor do IST, uma evolução muito provável que também mudará para sempre a utilização destas tecnologias. A telepresença, explica, ainda coloca diversos obstáculos aos investigadores que para já não será fácil ultrapassar, mas Joaquim Jorge não duvida que acontecerá. É tudo uma questão de tempo. Entretanto, pela sua parte tudo está a fazer para acelerar o futuro: “Temos realizado uma série de encontros, a nível mundial, para investigação nestes domínios. E promovemos muito o intercâmbio entre investigadores”. Só assim se consegue estar um passo à frente.•

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