negocios 46 a disponibilizar um laboratório vivo, que é uma peça fundamental para conseguirmos divulgar o 5G. Temos soluções de redes privadas e aplicações, por exemplo de mission critical e de edge computing, que acabámos de lançar, e que permitem inovar”, salienta. Judite Reis explica que “a NOS, que assenta a liderança no 5G, tem dois grandes pilares. Primeiro, naquilo que é a superioridade tecnológica da sua rede, não só na perspetiva de cobertura, mas também de inovação. Depois, através do Hub 5G, como núcleo central para tudo aquilo que são ações de divulgação de potencial da rede e de como é que pode ser usada na transformação digital. Temos um capital que fomos construindo ao longo destes anos, um trabalho de fundo, com a disponibilização de competências não só tecnológicas, mas também de negócio. É isso que nos dá confiança e capacidade de evoluir. E o feedback das empresas tem sido muito positivo”. Nos últimos dois anos, foram realizados no Hub 5G mais de 300 eventos, entre formação, demonstrações ou calls com startups e investidores. “Sendo, essencialmente um espaço tecnológico, o Hub 5G é, acima de tudo, um ecossistema único”, assegura. A diretora da NOS deixa claro que as iniciativas da rede em torno do 5G e da inovação são muitas e vão além do hub: “Desde 2019, conseguimos aprovar 32 projetos de investigação e desenvolvimento, inseridos em programas de cofinanciamento público, seja do PRR, seja do Horizonte 2020 ou do PT 2020, num investimento próximo dos 70 milhões de euros”, refere, citando ainda o caso do Fundo NOS 5G, anunciado em 2021, um fundo de capital de risco com 10 milhões de euros para dinamizar o ecossistema de startups de base nacional, com tecnologias suscetíveis de tirarem partido do potencial da tecnologia. O projeto, que conta com uma parceria estratégica com a Armilar Venture Partners, que gere o fundo, já apoiou cinco startups. “Nesta estratégia de inovação e de aposta no 5G”, o tema da cibersegurança é também considerado como “absolutamente crítico”. Nesta área, a NOS é líder de outro test bed, o CyberTestLab, que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores de testagem em cibersegurança. Para isso, conta com um financiamento do PRR de 3,3 milhões de euros. Outro dos projetos destacados é o 5G.Rural, liderado pela DSTelecom e que conta com a participação da NOS. Pretende-se disponibilizar em seis municípios do Alentejo soluções suportadas em 5G, desenvolvendo o conceito de comunidades inteligentes em zonas de menor densidade populacional. Numa primeira fase, chegará a 70 mil pessoas e permitirá o desenvolvimento de um conjunto de casos de utilização a serem aplicados em áreas como a saúde, educação, energia, agricultura, turismo, arte e cultura. A NOS participa ainda em 12 Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, também criadas no âmbito do PRR, numa lógica de contribuição em termos de conectividade, IoT e processamento de dados no mobile edge computing ou na cloud. Mais uma vez, o 5G assume aqui o papel central.•
DO AI-BELHA AO 5G HEALTHCARE: A IMAGINAÇÃO É O LIMITE Uma solução 5G e IA que avalia a saúde das colmeias através do som, veículos de emergência médica conectados, transmissão em vídeo de cirurgias robóticas, realidade virtual aplicada aos cuidados intensivos, diagnósticos remotos e telemonitorização, foram alguns dos projetos apresentados pela NOS nos últimos dois anos. Mas houve mais: o primeiro sistema de tele-ecografias do país, sensorização do chão de fábrica para otimizar a produção, mobilidade inteligente nas cidades, e música para pessoas surdas. Todos têm em comum a utilização da rede 5G do operador e todos resultaram de necessidades concretas identificadas no mercado. Estes são exemplos do que é possível fazer, tirando partido do potencial da rede que, com o avanço para o 5G SA, permite abrir todo um novo mundo de possibilidades que é preciso agora explorar, graças às suas características diferenciadoras. É o caso da latência ultrabaixa, essencial para aplicações em tempo real ou para a realidade aumentada e virtual. Ou ainda o denominado slicing, que permite dividir a rede em fatias distintas, com requisitos específicos para diferentes aplicações. Para o desenvolvimento do 5G é imperativo que a tecnologia chegue às empresas e, consequentemente, aos consumidores. Essa tem sido a missão do NOS Hub 5G, com o desenvolvimento de casos de uso que respondem a necessidades concretas. Eis alguns desses casos. SAÚDE: UM POTENCIAL ILIMITADO Liderado pela NOS, o 5G Healthcare conta com a parceria da Unidade Local de Saúde São João, INEM e Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), envolvendo um investimento de mais de 3,2 milhões de euros, que conta com o apoio da UE. O objetivo é demonstrar, a partir da região Norte, o potencial do 5G na transformação da saúde e na melhoria significativa 47
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