negocios 44 Foi anunciado como um espaço colaborativo e de cocriação para o desenvolvimento e experimentação de soluções sobre a rede 5G. Desde o arranque disponibiliza competências tecnológicas e de negócio para “fazer acontecer”. Volvidos pouco mais de dois anos, o balanço excede as expetativas, com o desenvolvimento de múltiplas iniciativas. A Test Bed 5G é um dos exemplos. Já permitiu desenvolver 37 projetos de inovação e a meta é alcançar até setembro de 2025 os 165 pilotos. O NOS Hub 5G assume-se, cada vez mais, como a “casa da inovação”. O 5G é hoje uma realidade no mercado nacional, com taxas de cobertura da rede próximas dos 100%. A NOS, o primeiro operador a anunciar, em novembro de 2021, a oferta comercial sobre esta rede, dispõe de uma cobertura de 97% da população, graças a um investimento que, segundo o grupo, já ultrapassa os 420 milhões de euros. “Apostámos desde o início no 5G. Fomos quem comprou mais espectro, avançámos na cobertura e temos hoje a melhor rede em Portugal. Não somos nós que o dizemos: a Anacom diz que somos o operador com mais estações e a OOKLA há cinco semestres consecutivos que diz que a nossa rede é a mais rápida. Além disso, liderámos no ano passado os pedidos de patentes”, começa por destacar Judite Reis, diretora de Engenharia de Redes Móveis da NOS. A rede, explica, tem vindo a desenvolver um “trabalho consistente e estratégico”, apostando na diferenciação e na geração de valor para fazer chegar a inovação a empresas, pessoas e economia como um todo. “A adoção do 5G em Portugal é uma realidade. Já temos hoje uma percentagem elevada de clientes que utilizam e usufruem da rede”, assegura. Um número que deverá crescer ainda mais, graças à introdução gradual do 5G standalone (5G SA), anunciada pelo operador no final de novembro do ano passado, em parceria com a Nokia (no novo core de dados) A NOS dispõe de uma cobertura de 97% da população, graças a um investimento superior a 420 milhões de euros e com a Ericsson (na evolução das plataformas de voz e cliente). Será, na opinião da responsável, “o primeiro passo de um conjunto de outros passos que aí vêm. Daqui a um ano haverá novas funcionalidades, daqui a dois ainda mais. Do ponto de vista tecnológico, o 5G SA representa um salto, mas é apenas uma evolução natural do 5G”. Pelas suas características, o 5G SA representa um grande potencial para o segmento empresarial, em áreas da indústria 4.0, otimização de processos ou análise de imagem, assim como em setores como a saúde, educação ou até o turismo. “O 5G é um enabler. Está no coração de um vasto conjunto de tecnologias. Por exemplo, para a inteligência artificial, precisamos de processamento rápido, em tempo real. Na análise de imagem, temos de usar machine learning ou IA e dar respostas em tempo real. Na condução autónoma, a rede tem de ser completamente resiliente. Sem estas capacidades, nada funciona”, explica. INCUBAR A EXPERIMENTAÇÃO Apesar do 5G SA estar agora a chegar ao mercado, esta infraestrutura já é disponibilizada pelo operador no NOS Hub 5G, uma incubadora para potenciar a inovação e a liderança na experimentação assente em 5G anunciada a 4 de julho de 2022, com um investimento de 1,8 milhões de euros. Para o grupo, trata-se de uma peça central e incontornável na transformação digital de vários setores, acelerando a sua adoção. Na altura, o CEO da NOS, Miguel Almeida, apresentou o projeto como “um espaço – único no nosso país, pela sua total dedicação ao 5G – para inovação, colaboração, agregar parceiros tecnológicos, empresas e startups para o desenvolvimento de soluções que acrescentem valor”, permitindo a experimentação, o desenvolvimento e o teste de soluções de futuro de forma acessível. “Sabemos que para haver um desenvolvimento 5G em Portugal e para que, de facto, esta rede chegue às empresas e aos consumidores, é fundamental que sejam criadas condições. O Hub 5G tem essa missão.
Judite Reis: “Sabemos que para haver um desenvolvimento 5G em Portugal é fundamental que sejam criadas condições. O Hub 5G tem essa missão” Uma pequena empresa pode ter uma excelente ideia, mas não vai ter capacidade de a pôr em prática se não tiver o apoio tecnológico e o know-how para poder desenvolver o seu produto. Depois, há que envolver as grandes empresas no processo, porque é aí que está a capacidade de investimento e as necessidades. É exatamente isso que fazemos aqui”, reforça a diretora da NOS. No âmbito do hub, e depois de anunciados 38 use cases e estabelecidas mais de 60 parcerias, foi também apresentado há um ano o Test Bed 5G, liderado pela NOS, que tem como co-promotores a Sonae MC e a Wells e como parceiros core o INESC TEC, CEiiA e a Ericsson. Objetivo: apoiar startups, PME e facilitar o acesso a infraestruturas e especialistas em comunicações avançadas, acelerando o desenvolvimento dos produtos e serviços nas áreas da indústria, retalho, saúde, smart cities e sustentabilidade. O projeto insere-se na Rede Nacional de Test Beds e conta com um apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de quase 6,4 milhões de euros, num total de oito milhões de investimento. A meta é alcançar os 165 pilotos até setembro de 2025, sendo que em julho deste ano já tinham sido desenvolvidos 37 projetos inovadores 5G no seu âmbito, número que superou mesmo as previsões. Judite Reis está convicta de que os objetivos para o próximo ano serão cumpridos. “Faz parte da estratégia da NOS esta aposta na inovação e na experimentação. Ajudando empresas e startups a fazer a travessia, às vezes difícil, que é ter uma ideia ou um protótipo e conseguir testá-lo em ambiente controlado. Na prática, no Hub 5G estamos 45
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