Views
3 months ago

COMUNICAÇÕES 251 - PEDRO AREZES O EFEITO DE CONTÁGIO DO PROGRAMA MIT PORTUGAL

  • Text
  • Wwwapdcpt
  • Impacto
  • Tecnologias
  • Virtual
  • Tecnologia
  • Digital
  • Realidade
  • Portugal
  • Empresas

itech SÉRGIO CATALÃO:

itech SÉRGIO CATALÃO: E pur si muove Não lhe perguntámos se acredita em sinais do destino. A verdade é que os factos se alinharam num certo sentido ainda Sérgio Catalão, country manager da Nokia, não sonhava dedicar a sua vida à tecnologia digital móvel. Texto de Teresa Ribeiro | Fotos Vítor Gordo/ Syncview Era ainda adolescente quando lhe trouxeram dos Estados Unidos um brinquedo que o fascinou. Já conhecia bem o ZX Spectrum, que aprendera a jogar aos 12 anos, mas aquilo que lhe ofereceram era diferente: “Os jogos tinham efeitos gráficos mais sofisticados, mais rapidez, mas sobretudo o que me impressionou é que aquele aparelho era móvel! Ao contrário do ZX Spectrum que me amarrava ao ecrã, com aquela consola de primeira geração eu podia andar do quarto para a sala”. A mobilidade, diz, foi o que o tornou mais attached à tecnologia digital. O resto foi história. A sua história, para sempre ligada às telecomunicações: “Tive o privilégio de me integrar num setor que começou a dar os primeiros passos há 30 anos e de assistir ao impacto que as sucessivas inovações tiveram na vida das pessoas”, comenta, com orgulho. Quando entrou no curso de Engenharia de Telecomunicações do Instituto Superior Técnico, estava tudo a começar: “Acompanhei a digitalização dos telefones fixos”, partilha em tom enfático, consciente de que falar disso é voltar a uma época que parece distar no tempo muito mais que três décadas. “A seguir veio a introdução das redes móveis no dia a dia dos portugueses, depois a introdução da banda larga na área da internet fixa, a fibra ótica e as diferentes gerações dos telemóveis: o 2G, o 3G, o 4G, o 5G e agora o 6G”. Percorre esta sucessão de inovações conservando o espanto que tanto o despertou, nos seus verdes anos, para a área tecnológica. É uma questão de atitude: “Sempre me foquei no que a tecnologia nos pode dar”, afirma, para justificar a abertura instintiva à inovação e o inabalável otimismo que o impede de se deter em discussões sobre os perigos das TIC, hoje tão em voga. Diz que para desfrutar a vida não precisa de pôr a tecnologia de quarentena: “Agora as pessoas dizem coisas como: ‘Nas férias quero desligar, isto não pode ser, estar sempre no telemóvel’. Mas não admito o princípio de viver sem procurar informação num terminal. Quando penso ir à praia, por exemplo, acho muito útil usar uma aplicação para saber se faz vento na costa, pois se fizer, mudo de planos. Há coisas que estão agregadas na nossa vida sem darmos por isso, como ver o tempo, o email, fazer homebanking que não faz sentido dispensar, porque melhoram a nossa qualidade de vida”, afirma, com convicção. Não dispensa o telemóvel nas férias, mas deixa-o fora do quarto na hora de ir dormir. Apesar de se confessar apaixonado por tecnologia digital, não é homem que se deixe fascinar por gadgets: “Sou mais de aplicações”, explica. Também não é grande frequentador de redes sociais. Está apenas no LinkedIn e no Instagram. Neste último, só abriu conta há um ano. Quando lhe perguntámos o que costuma partilhar no “Insta” perguntou se não nos chocávamos se respondesse que… “nada”. Diz que vai lá “à procura de contactos e de informação”. Mas Sérgio Catalão gosta e precisa de contactar com pessoas, face a face. Longe dos ecrãs também ficam os momentos em que toca saxofone. A música é a sua outra grande paixão: “A aplicação onde estou mais tempo é no Spotify”, admite, risonho. Em casa não tem domótica, mas gostaria. Ainda há-de comprar um frigorífico inteligente. Por enquanto, na cozinha, o electrodoméstico mais esperto é o fogão: “A placa onde cozinho já tem alguma domótica”, partilha. Pois é, o country manager da Nokia Portugal, cozinha. As especialidades que serve à família e amigos têm todas por base o arroz: risottos, caril. Mas, confessa, ainda não tem muita experiência. Em breve arriscará a fazer a sua primeira paella. O que é que isto tem a ver com tecnologia digital? Nada. Mas essa é a beleza da coisa: permitir-se fazer tudo, mas sempre com ela por perto, nem que seja para o avisar sobre consumos e tempos de cozedura.• 40

Tem um iPhone 15. Quando sair um novo modelo, será logo substituído. Só com o telemóvel faz questão de estar sempre atualizado Prefere o iPad ao portátil Smartwatch só usa quando faz desporto 41

REVISTA COMUNICAÇÕES

UPDATE

© APDC. Todos os direitos reservados. Contactos - Tel: 213 129 670 | Email: geral@apdc.pt