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COMUNICAÇÕES 251 - PEDRO AREZES O EFEITO DE CONTÁGIO DO PROGRAMA MIT PORTUGAL

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em destaque 36 Governo

em destaque 36 Governo até as empresas, estejam envolvidos, é outra meta fundamental. As empresas do ecossistema da APDC estão preocupadas com o impacto das novas regras? O que mais temem? As empresas estão preocupadas com o impacto da implementação da NIS2, principalmente pelos custos adicionais de conformidade e pela necessidade de ajustar suas estruturas e práticas operacionais. Ou seja, os investimentos exigidos e a falta de talento especializado para cumprir as novas exigências. Acresce que a NIS2 atribui uma responsabilidade direta aos gestores das organizações, que podem ser responsabilizados por incumprimento das novas regras de cibersegurança. O que aumenta a pressão sobre as equipas de gestão, para garantir que as medidas necessárias sejam implementadas de forma eficaz, sob risco de penalizações legais e financeiras. Mas também se reconhecem as vantagens de uma maior resiliência cibernética, da melhoria da confiança entre consumidores e parceiros e da capacidade de competir num mercado europeu mais seguro e transparente. A NIS2 oferece a oportunidade de consolidar a cibersegurança como um pilar estratégico nas organizações, permitindo-lhes antecipar e mitigar riscos de forma mais eficiente. Corremos o risco de a proposta vinda do grupo de trabalho nomeado a 6 de agosto para a elaboração do documento de transposição da diretiva não ouvir os setores abrangidos. Quais serão os impactos desta situação? Se os setores impactados não forem adequadamente consultados, há o perigo de criar uma legislação que não reflita as realidades e necessidades das empresas. Isso pode levar a uma sobrecarga regulatória, a custos excessivos e, eventualmente, a uma menor eficiência na implementação das medidas de cibersegurança. A nova era da cibersegurança tem que ter políticas que promovam a proporcionalidade, eficiência e cooperação entre stakeholders Qual é a sua perceção sobre a resiliência digital atual das organizações nacionais, particularmente das que estão legalmente obrigadas a adotar a NIS2? A resiliência digital das organizações tem evoluído, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Muitas, especialmente as de menor dimensão, não estão suficientemente preparadas para responder às novas exigências da NIS2. A falta de recursos humanos qualificados e a necessidade de investimentos significativos em tecnologia são barreiras importantes que há que superar para garantir a conformidade. Há medidas públicas que poderão ser tomadas para as ajudar neste processo? As organizações vão ter de investir em tecnologia, formar equipas especializadas e ajustar os seus processos internos para garantir a conformidade com a NIS2. Medidas públicas como incentivos fiscais, apoios à formação de recursos humanos e linhas de crédito específicas para investimentos em cibersegurança poderiam ajudar a mitigar o impacto financeiro das novas exigências, acelerando a adaptação das empresas às novas regras. Com a NIS2 e toda a legislação associada, vamos, de facto, entrar numa nova era da cibersegurança europeia? A NIS2 marca um novo capítulo na cibersegurança europeia, ao estabelecer requisitos mais robustos e harmonizados na UE27. A diretiva promove uma abordagem comum e mais rigorosa à cibersegurança, o que é essencial para enfrentar as ameaças crescentes num mundo cada vez mais digital. No entanto, é importante que esta nova era seja acompanhada de políticas que promovam a proporcionalidade, a eficiência e a cooperação entre todos os stakeholders.•

PAÍS NO TOP DO GLOBAL CYBERSECURITY INDEX 2024 PORTUGAL está entre o grupo dos países com maior desenvolvimento no que respeita à cibersegurança. O mais recente Global Cybersecurity Index de 2024, divulgado em setembro pela União Internacional das Telecomunicações, coloca o país no grupo dos “Tier 1 – Role-modelling”, que inclui os 20 países com o nível mais elevado de maturidade nesta área entre os 194 analisados. O estudo baseia-se nas medidas e políticas públicas tomadas, organizadas em cinco pilares principais: jurídico, técnico, organizacional, desenvolvimento de capacidades e cooperação. Entre 2021 e 2024, Portugal passou de uma pontuação de 97,32 para 99,86 pontos (em cem), consolidando assim o seu posicionamento de destaque na cibersegurança. Desenvolvido pela UIT, agência da ONU especializada nas TIC, esta 5ª edição visa identificar os esforços e o compromisso dos países contra as ameaças de cibersegurança. Para o CNS, os resultados do mercado nacional foram possíveis graças ao “forte empenho e trabalho colaborativo interinstitucional, que permite fazer face à evolução do quadro de ameaças e a necessidade de constante adaptação”. Destaca-se que a nova análise “apresenta um envolvimento recorde por parte dos países e é a mais rigorosa de sempre. Cada submissão de país foi verificada de forma independente quanto à sua exatidão, de acordo com linhas de base e definições consistentes. Como resultado, os utilizadores doí podem sentir-se seguros quanto à sua qualidade e aplicabilidade”. E são visíveis “melhorias significativas feitas pelos países”, ainda que se considere como um passo crucial para os países participantes que “os esforços sejam eficazes”, porque as diferenças continuam a persistir.• 37

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