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COMUNICAÇÕES 251 - PEDRO AREZES O EFEITO DE CONTÁGIO DO PROGRAMA MIT PORTUGAL

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5 perguntas 12 JOÃO

5 perguntas 12 JOÃO MORA: Garantir sucesso económico Depois de um crescimento por aquisições, é tempo de consolidar em Portugal. Mas também de investir, para otimizar custos. Na liderança do projeto há um ano, João Mora fala das ambições que tem para a towerco. Texto de Isabel Travessa| Foto cedida Está na Cellnex desde o início do projeto, que passou a liderar em junho de 2023. Foi uma evolução natural do seu percurso? O meu percurso nas telcos começou em 2001. Passei por vários operadores (PT Comunicações, ZON e NOS) e diversas funções, como engenharia, marketing, procurement, operações e logística. Fui CFO da OMTEL desde o seu arranque, em 2018, e assumi a nova função com a saída do anterior CEO, Nuno Carvalhosa, que foi liderar um cluster da Cellnex de três países: Portugal, Irlanda e Países Baixos. É um sinal positivo termos gestores portugueses de topo numa das maiores multinacionais da Europa. Depois de se tornar na maior towerco da Europa, o grupo está numa fase de consolidação. Como tem sido em Portugal? Em Portugal crescemos sobretudo através de processos de aquisições. Agora, estamos a consolidar as operações que integrámos. Realizámos auditorias completas aos ativos, onde implementámos fechaduras digitais ou smartlocks, para termos maior controlo operacional e mais segurança nas infraestruturas. Não prevemos aquisições significativas a curto prazo. Estamos focados em maximizar o tenancy ratio (nível de partilha) das infraestruturas que detemos e operamos, trazendo mais clientes, e em construir infraestruturas em zonas onde não existem, ou reforçar capacidade em zonas congestionadas. O nosso sucesso depende em boa medida da maximização da tenancy ratio das infraestruturas que operamos, por sermos uma empresa grossista, neutra e independente. Não somos verticalmente integrados e não temos qualquer relação acionista com os operadores nossos clientes. Quais são as oportunidades de crescimento que perspetiva? Temos mais de 6 mil sites em Portugal, no continente e regiões autónomas, queremos promover a utilização da infraestrutura por mais operadores e vamos continuar a construir novas infraestruturas. Já construímos mais de 700, desenhadas com as mais elevadas especificações de engenharia, para suportarem vários operadores com várias tecnologias. A ambição é crescer nas coberturas indoor ou dedicadas, onde o sinal dos sites macro exteriores não chega ou não é suficientemente forte para uma experiência eficaz, como aeroportos, estádios de futebol ou centros comerciais. Já temos centenas de soluções implementadas e queremos crescer no mesmo modelo das torres, disponibilizando infraestruturas para que todos os operadores as possam utilizar. Assim, capturamos sinergias de custos, beneficiamos de uma implementação mais rápida e reduzimos o impacto ambiental. Como está a decorrer o processo de compra de terrenos onde detêm infraestruturas? Foi uma novidade que anunciámos no Capital Markets Day, em março. A estratégia passa pela compra ou pela aquisição de direitos de longo prazo dos terrenos onde temos implantados os nossos sites. Temos apenas 14% de terrenos próprios, o que compara com 50% a 55% de empresas americanas de infraestruturas móveis, pelo que pretendemos dar um novo folego a este processo. Portugal está entre os melhores na conetividade gigabit, mas falha nas competências digitais. O que pode ser feito? Esse atraso é agravado quando juntamos a componente geográfica, pois o meio rural tem um atraso maior face ao urbano. É um fator que afeta negativamente a coesão social do país, que acaba por se desenvolver a velocidades diferentes. Na Cellnex, temos contribuído para o reforço dessa coesão social, através do modelo de negócio de partilha de infraestruturas, que viabiliza a implementação de sites em zonas rurais. Mais de 90% dos cerca de 700 sites que já construímos estão em zonas de baixa ou média densidade, levando as comunicações móveis dos vários operadores a muitas pessoas que antes não as tinham. As empresas têm um papel importante na contínua formação dos colaboradores. E vejo grande potencial na utilização da IA, que poderá ajudar a reduzir o gap nas competências digitais, através do uso de linguagem natural.

O CEO da Cellnex Portugal não tem dúvidas de que a towerco tem contribuído, com o seu modelo de partilha de infraestrutura e investimento nas zonas rurais, para diminuir a falta de coesão social que ainda persiste no país em termos digitais 13

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