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COMUNICAÇÕES 249 - SANDRA MAXIMIANO: UMA GESTORA DE EQUILÍBRIOS À FRENTE DA ANACOM

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portugal digital 48 O novo centro pôs foco na utilização de metodologias agile, capacidades de automação e modelos inovadores Antes de Coimbra já a Accenture tinha aberto centros tecnológicos em Braga, Aveiro, Matosinhos e Lisboa. Uns após outros, estes pólos, onde se desenvolve a expertise da marca, deram consistência e dimensão à relação estabelecida com o mercado nacional, cada vez mais intensa. Vocacionado para a utilização de metodologias agile, capacidades de automação e modelos inovadores, o novo centro de Coimbra mantém, junto dos seus promotores, as expetativas altas, conforme admite Manuela Vaz, presidente da Accenture Portugal: “A nossa estratégia passa por continuar a crescer no mercado nacional e desenvolver capacidades diferenciadoras para servir os clientes da Accenture a nível global. Os nossos centros de tecnologias avançadas (do qual faz parte o recém-inaugurado centro de Coimbra), são uma componente importante desta estratégia, na medida em que representam a nossa aproximação aos polos de talento onde queremos atrair e formar os melhores profissionais para executar a nossa estratégia. Cerca de 50% do trabalho efetuado nos nossos centros é para o mercado nacional”. Os centros de Braga, Aveiro, Matosinhos (Cloud Security Center of Excellence), além de Lisboa foram projetos tão bem-sucedidos, que a palavra de ordem tornou-se continuar a expandir: “Cada uma das apostas que fomos fazendo tem sido um sucesso. Crescimentos sustentados, criação de capacidades diferenciadoras dentro da Accenture a nível global, muita qualidade no serviço que entregamos, e isso é amplamente reconhecido pelos nossos clientes nacionais e internacionais. Iremos continuar a crescer e a desenvolver capacidades diferenciadoras no nosso país”, confirma, com entusiasmo Manuela Vaz, a primeira mulher a ocupar a liderança da Accenture Portugal, mas com uma carreira desenvolvida dentro do ecossistema Accenture ao longo de 30 anos. Uma marca fora do comum, nos tempos que correm, mas que é motivo de muito orgulho: “Entrei nesta grande empresa pela primeira vez faz agora exatamente 30 anos – pelo meio estive fora cerca de cinco anos. Tenho imenso respeito e paixão por este negócio, que nos coloca permanentemente fora da zona de conforto e num processo de aprendizagem contínuo. O mercado e os clientes evoluem e transformam-se, e nós temos obrigação de ir à frente para podermos aportar valor e fazer a diferença. Eu sou uma pessoa naturalmente desassossegada pelo que não tenho (e nunca tive) dúvidas de que que este é o meu caminho. A função que ocupo hoje é uma consequência do trabalho que fui desenvolvendo ao longo do tempo. Sempre dei o máximo em qualquer responsabilidade que ao longo do tempo fui assumindo. Fiquei naturalmente muito orgulhosa e satisfeita por a empresa ter entendido que eu era a executiva certa para liderar a Accenture Portugal neste ciclo”. Um ciclo que prevê um crescimento continuado, baseado na otimização da relação com parceiros e clientes e a que não é alheia a construção desta rede de centros de excelência, de onde se espera cheguem respostas, cada vez mais surpreendentes. O papel de uma consultora é estar sempre um passo à frente, de forma a poder contribuir para a reinvenção dos negócios dos seus clientes a nível global. Isso faz-se aportando conhecimento e talento, com base no trabalho de equipas especializadas. Atualmente a Accenture tem cerca de 5 500 pessoas em Portugal, mas continua a investir e recrutar. Apesar das dificuldades que hoje se observam no mercado de trabalho: “Estamos a ser impactados, como todas as empresas, com esta dificuldade em contratar, tanto mais que o nosso principal ativo é o nosso talento. De facto, a vinda para Portugal de empresas internacionais para criar centros de tecnologia, os nossos talentos jovens a emigrar ou a trabalhar remotamente para empresas internacionais, colocam-nos diariamente desafios neste capítulo, especialmente se procuramos pessoas com capacidades mais diferenciadoras. Compete-nos, e é o que temos feito, repensar permanentemente a proposta de valor da nossa empresa aos mais diversos níveis (propósito, tipo de trabalho, compensação, etc…), e sermos a melhor escola para o talento recém-licenciado, usando as nossas diversas academias, sendo não só consumidores, mas acima de tudo criadores de talento”. SEMPRE A CRESCER Apesar de a Accenture, a nível global ter registado, na atual conjuntura, um crescimento moderado, a subsidiária nacional continua, segundo Manuela Vaz, com

um crescimento sólido. Na apresentação de resultados do último trimestre, a Accenture reportou o segundo maior crescimento de sempre em vendas a nível global, para o qual contribuíram as vendas relacionadas com IA Generativa. Isto prova que o interesse na tecnologia que veio antecipar o futuro é elevado e reforça na consultora a convicção de que a sua estratégia no sentido de apostar forte no desenvolvimento de soluções tecnológicas estava certa. Apesar da retração da economia e até por causa dela, é necessário investir, como nunca, em transformação digital: “O comportamento dos nossos principais clientes, ao contrário do que tínhamos inicialmente previsto, foi no sentido de priorizar os grandes investimentos transformacionais que é onde a Accenture é de facto um parceiro de referência. De facto, há um potencial tremendo na informação que podemos extrair dos dados para um sem número de casos de uso, seja do ponto de vista da eficiência, do crescimento, da inovação de produto, ou no âmbito de novos negócios. Por isso este tipo de investimento vai ter um enorme impacto nas organizações e nas pessoas. É um processo acelerado que vai, de facto, provocar muita transformação”, explica Manuela Vaz. A Administração Pública pelos vistos acompanhou este espírito, num momento em que, afortunadamente, a sua capacidade de investimento é fora do comum: “Ao nível da Administração Pública em geografias como a nossa e dada a força que tem um programa como o PRR, temos assistido a grande aumento de entidades públicas a quererem de facto transformar-se com vista a prestar um melhor serviço ao cidadão”, confirma a líder da consultora. Recentemente a Accenture envolveu-se no projeto da Fábrica de Inovação em IA, em parceria com a MSF, Avanade e Unicorn Factory Lisboa. Uma aposta que Manuela Vaz justifica alegando o interesse que a Accenture tem em fazer parte do ecossistema de inovação: “A Fábrica de Inovação em IA é um modelo e um “A Fábrica de Inovação em IA (a que a Accenture se associou) é um modelo e um espaço que nos vai permitir co-inovar com o ecossistema”, comenta Manuela Vaz espaço que nos vai permitir co-inovar com o ecossistema e com os nossos clientes trazendo para a mesa aquilo que cada um dos parceiros tem de melhor para transformar as empresas portuguesas. Não inovar não é uma opção num mundo em transformação. A IA está a transformar as empresas a um ritmo muito grande. A Fábrica de Inovação em IA é o espaço e a equipa onde converge o conhecimento da tecnologia e dos negócios e onde vamos seguramente co-criar os casos de uso mais relevantes colocando os dados ao serviço de cada um dos nossos clientes, ajudando-os a liderar nas suas indústrias/segmentos”. Em suma, o importante é estar no centro de tudo, de preferência também com centros próprios, redes de excelência onde se rastreia o futuro.• 49

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