em destaque|evolve 40 3 O POTENCIAL DO 5G NA EDUCAÇÃO VODAFONE | ESCOLA SECUNDÁRIA CAMILO CASTELO BRANCO ATRAVÉS da rede 5G da Vodafone e de óculos de realidade virtual, os alunos da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real, tiveram a oportunidade de assistir remotamente a uma intervenção, filmada em 360º, de vários oradores. Acederam ainda a uma pequena biografia de Camilo Castelo Branco, contada “na primeira pessoa”, no âmbito da qual percorreram virtualmente a casa do escritor, situada em Famalicão. O estudo de caso foi desenvolvido há menos de um ano, evidenciando o potencial do 5G e da RV na Educação. Como afirma Sérgio Silva, sales and business director da Cycloid, a “tecnologia por si só não faz a diferença. Tem de ter capacidade de inovar e transformar a educação. Conseguimos, de uma forma simples e rápida, conciliar as novas tecnologias – com recurso à rede 5G, computação, cloud e IA – para ir ao encontro de uma solução inovadora de ensino. A tecnologia traz valor e os benefícios como soluções de realidade virtual são percetíveis”. A meta foi mostrar “como é que pode o ensino do futuro ser diferente, fazendo-se melhor e extraindo mais valor. Foi um grande insight ter professores e alunos nativos digitais. O papel da tecnologia na edução está em debate e o 5G acaba por trazer um layer de disponibilidade tecnológica para o futuro. A forma como o conteúdo e a formação é apresentada ao aluno transforma a aprendizagem, que é vivida na 1ª pessoa”, acrescenta Nuno Bastos, manager de Go2Market empresarial da Vodafone. 4 INDÚSTRIA 4.0 COM 5G: UM CASO DE INOVAÇÃO NOKIA | ALTICE | NOVADELTA É UM PROJETO piloto da Indústria 4.0 que usa uma rede 5G privada para controlar robôs inteligentes no chão de fábrica, um braço robótico, um veículo autónomo e um digital twin 3D. Esta solução integrada foi demonstrada em exclusivo para a Novadelta, unidade industrial do Grupo Nabeiro. Trouxe ao processo produtivo maior eficiência, segurança e qualidade, com uma plataforma de conetividade industrial que possibilita automação, fiabilidade, previsibilidade e segurança nos processos de fabrico. João Nunes, industrial director da Novadelta, diz que “com a ajuda dos parceiros, foi o momento certo para avançar com o piloto. Estamos agora na fase de implementação. Abriram-se novos mundos e criou-se a confiança de que queremos mais e que vale a pena experimentar”. Sendo as exigências de complexidade e diversidade de produtos e cadeias logísticas cada vez maiores no grupo, “só é possível dar resposta com digitalização”. Mário Seborro, diretor comercial da Altice, refere que “o grande objetivo do piloto foi apoiar a Novadelta no caminho da transformação digital e operacional, garantindo mais eficiência e melhores produtos finais. No caso da indústria, vivemos um novo paradigma, onde o homem tende a não dar instruções à máquina, mas a fazer recomendações aos humanos”. Marco Raposo, campus wireless sales manager da Nokia, acrescenta que trouxeram “uma solução e um conjunto de tecnologias com tempos de implementação muito mais rápidos, para dar vantagem competitiva. Há um tempo de inovação e outro de investimento. A automação e visibilidade do negócio em tempo real vão permitir aumentar a rentabilidade”. 5 MANUTENÇÃO PREDITIVA EM AMBIENTE DE REFINARIA CAPGEMINI | GALP ANTECIPAR os problemas dos equipamentos e atuar preventivamente em ambiente de refinaria era uma necessidade da Galp. A resposta foi a implementação de um modelo preditivo, com um dashboard por equipamento, para deteção de anomalias, obtendo-se alertas prévios de desvios à operação normal. “A refinaria de Sines é o maior complexo industrial do país e o mais difícil de operar. A nossa ambição é utilizar a transformação digital como alavanca de mudança do negócio. Queremos construir um green energy hub e este projeto é um dos primeiros passos para reduzir o nosso impacto ambiental e ter operações mais seguras e mais eficientes”, explica Bruno Teles, head of operational & digital excellence, Galp. Havia que dar resposta a dois desafios – integrar a camada OT com a camada IT e limpar os dados industriais – que já foram endereçados, o que permi-
tiu obter “metas de performance muito importantes para a gestão da mudança”, acrescenta. Bruno Santos, hybrid intelligence country director da Capgemini Engineering, explica que “o projeto passou por duas fases: a primeira, de conceito, para testar os objetivos: a segunda, do roll-out, com a implementação de modelos de machine learning. Isto só se faz com pessoas para implementar estas ideias e iniciativas e por capacidade de integração”. Na sua ótica, a indústria tem “um caminho grande de transformação digital por fazer. É um processo associado às linhas de produção, onde estão a ser dados os primeiros passos, pela complexidade que acarreta, mas também pela tecnologia que implica. Temos tecnologias novas, como o 5G, AI e IoT, que permitem acelerar”. 6 INTERFACE DIGITAL DE ENGAGEMENT E COLABORAÇÃO SALESFORCE | MONERIS O PROJETO consiste numa plataforma que permite digitalizar processos e cria uma interface de engagement e colaboração. A solução permite, na interface interna da Moneris, que os contabilistas e gestores tenham acesso a toda a informação relevante sobre clientes, às tarefas desempenhadas e a desempenhar e ao histórico de interações, além da colaboração entre departamentos ou o contacto direto com o cliente. Automatizar workflows e medir de forma automática KPIs relevantes, com ganhos de eficiência operacional, são outras vantagens. Já na interface externa, criou-se um portal onde os clientes podem, em modo self-service, consultar documentos, partilhar informação com os contabilistas, ter acesso a informação relevante e facilmente entrar em contacto com a empresa. Tratou-se, segundo Carlos Duarte de Oliveira, founder & chairman da Moneris, de “elevar o paradigma do sistema de contabilidade, mudando a forma tradicional de desenvolver a atividade, crescendo, gerando valor e retendo e atraindo colaboradores”. O que implicava uma “transformação digital assente em plataformas eficientes. Encontrámos na Salesforce a solução que não nos obrigava a inventar a roda”. Tiago Machado, sales manager da Salesforce, explica que neste perfil de projetos “há que ter um objetivo de negócio muito claro, para delinear um business case e um processo de transformação. A Moneris tem um business case muito claro e vamos acompanhá-la na medição das metas que definiu, além de introduzirmos novas funcionalidades e inovações, e de potenciar a IA generativa no modelo, o que poderá ser um game changer no negócio”. 7 OBSERVABILIDADE INTELIGENTE: UM CASO NA BANCA INETUM | CGD A INTRODUÇÃO de uma solução líder em observabilidade inteligente na CGD permitiu uma mudança de paradigma na instituição bancária, em termos de análise de dados e de capacidade de resposta. Com acesso a dados contextualizados sobre o desempenho dos sistemas e a jornada dos seus clientes, a instituição passou a compreender as causas de raiz, podendo desta forma antecipar comportamentos e oferecer aos clientes uma experiência mais rica e sustentável. A plataforma de inteligência de software é baseada em IA e automação e permitiu já “uma transformação muito interessante. Começámos a dar os primeiros passos e hoje conseguimos ver já um conjunto de informação que nos permite atuar antecipadamente. Percebemos todo o caminho do cliente e, com a utilização da IA, temos uma capacidade enorme para ver todos os eventos, olhar para tendências e resolver”, explica Nuno Pedrosa, IT coordinator da CGD, que admite que o processo “obrigou a uma mudança de cultura dentro da organização”. Sandra Monraia, sales director da Inetum, diz que “projetos como este permitem reduzir as falhas e eliminá-las, evitando a perda de clientes, não apenas na área financeira, mas em todos os setores”. A identificação dos problemas de forma automática, através da utilização de IA, “faz toda a diferença”, ainda mais porque a solução também encontra remédios. Além de reduzir a “inatividade, os custos operacionais, eliminar ferramentas antigas e deixar de existir uma dependência de equipas especializadas. Depois, há benefícios intangíveis, como a reputação da marca e a redução do risco de perda de clientes”. A transformação digital pode ser um game changer num negócio, se implementada no timing certo 41
Loading...
Loading...