em destaque|evolve Para o presidente da APDC, é fundamental mostrar exemplos de transformação digital, para que todos possam aprender e inspirar-se com os casos que estão a ser implementados no mercado nacional, avançando desta forma com os seus processos de mudança 34 Dar a conhecer vários projetos de inovação digital nas mais variadas áreas e setores de atividade, já implementados ou em fase de implementação, foi o objetivo da edição de 2023 do EVOLVE – Digital Transformation Summit. Sendo a transição para o digital uma meta transversal a toda a economia e sociedade, os exemplos apresentados – que resultam de verdadeiras parcerias entre as tecnológicas e as organizações – permitiram uma partilha de conhecimentos com o mercado, inspirando as organizações a avançarem com os seus processos. É que fazer uma transição digital não se resume apenas a usar as novas ferramentas tecnológicas. Vai muito além disso, envolvendo uma total transformação, que terá de ter em conta o ecossistema e o que se perspetiva para o futuro. Do ambiente à educação, passando pela saúde ou a indústria, entre outros, os 17 estudos de caso mostraram que a tecnologia pode ser altamente transformadora. “A transformação digital é uma mudança organizacional, de modelos de negócio, promovida pela tecnologia e com o objetivo de aumentar o desempenho da organização”. A afirmação é de Rogério Carapuça, Presidente da APDC, na abertura do evento, que voltou a ser realizado em parceria com a CNN Portugal, contando com Ana Sofia Cardoso, TV Host CNN Prime Time na CNN Portugal, e Pedro Santos Guerreiro, diretor executivo da CNN Portugal, como hosts. Para o líder da APDC, os temas de gestão são, no âmbito da transição digital, críticos às empresas, porque se trata de um processo “com um objetivo determinado de aumentar o desempenho das organizações. O que significa que a transformação digital tem de ser medida para conseguir ser gerida”. “Estes são os conceitos básicos que queremos ver sempre num projeto de transformação digital. Pelo que é fundamental, porque é com exemplos que aprendemos, mostrar os casos implementados em Portugal, para que outros saibam como é que se devem posicionar e o que devem fazer para inspirar a sua ação”, acrescentou. Deixando claro que “é por isso que fazemos o EVOLVE, que é um fórum de transformação digital, mostrando casos reais que estão a acontecer, com clientes reais e com os associados APDC como motores deste processo”. CONHECIMENTO NÃO TEM DONO, TEM BENEFICIÁRIOS São iniciativas como o EVOLVE que permitem desenvolver as capacidades analíticas e críticas dos líderes empresariais. Acresce que integra múltiplas perspeti-
Para acelerar a transformação digital da Administração Pública, Mário Campolargo lança um repto ao setor das TIC: “Ajudem-nos neste exercício” São iniciativas como o EVOLVE que permitem desenvolver capacidades críticas dos líderes empresariais vas, que permitem “alavancar a inteligência coletiva, para aprendermos com os sucessos e erros, os nossos e os dos outros”- a afirmação é do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa. Para Mário Campolargo, “na era em que os dados, a informação e o conhecimento convergem a uma velocidade incrível, o conhecimento já não tem donos. Tem, de facto, apenas beneficiários”. É que o processo de transformação chegará a todas as entidades, tendo os seus líderes um papel importante a desempenhar, como “embaixadores das suas empresas e criadores de moldes de decisão”, para a definição de uma visão, missão, dos recursos necessários e dos vários modos para a alcançar. Há ainda, na sua perspetiva, que “dar mais voz aos gestores intermédios e trabalhadores de primeira linha. Sem o seu feedback, estaremos condenados a uma espécie de miopia que a distância ao terreno e à sua realidade inevitavelmente pode produzir”, pois é a eles que compete “fazer a articulação entre a visão e estratégia desenhadas pelos líderes e a sua transposição para os domínios concretos em que as empresas fazem os seus negócios. São também eles que têm de mobilizar a linha da frente para atingir os objetivos, tendo assim uma posição privilegiada para gerir e implementar a mudança, antecipar tendências e enfrentar todos os desafios do negócio”. Para o governante, nenhum líder pode esquecer o ‘porquê’ de querer avançar com a transformação digital: as pessoas. São elas o “foco comum. Por mais algoritmos que coloquemos no processo de trabalho, por maior que seja a facilidade de utilização e tratamento de dados, ou a utilização de tecnologias como a IA, nada consegue ainda rivalizar com a inteligência natural, mesmo quando está em patamares medianos”. “Quero encorajar todos a digitalizar e a fazê-lo ati- 35
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