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COMUNICAÇÕES 243 - Digitalizar é a sua password

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À CONVERSA - Mário Campolargo acredita que o futuro se faz com passos SIMples; EM DESTAQUE - 31º Digital Business Congress: o balanço; NEGÓCIOS - Como se vai reposicionar o mercado depois do crash das criptomoedas?; MANAGEMENT – Não há revoluções sem dor; 5 PERGUNTAS a Andrés Ortolá, diretor-geral da Microsoft; I TECH - Ricardo Martinho, presidente da IBM; CIDADANIA - Um modelo de recrutamento muito à frente

itech Ricardo Martinho:

itech Ricardo Martinho: Paixão fulminante Os franceses têm uma expressão para as paixões fulminantes. Chamam coup de foudre a esse sobressalto que mais parece um terramoto. Aos oito anos foi assim que o presidente da IBM Portugal se sentiu, quando lhe ofereceram o primeiro brinquedo eletrónico. E como sempre acontece com os grandes amores, este traçou-lhe o destino. Texto de Teresa Ribeiro | Fotos cedidas Pega no telemóvel para explicar que o ecrã do aparelho que lhe ofereceram em miúdo era ainda mais pequeno e… monocromático. Se tinha nome, não se lembra: “Chamavamos-lhes, simplesmente, ‘jogos eletrónicos’. Tinham dois botões, um para mover o herói do jogo para a direita e o outro para movê-lo à esquerda. Havia três níveis e cada aparelho tinha só um jogo”, recorda, divertido. Chamava-se Condor, esse jogo cujo desafio era pôr o herói – um homem das cavernas – a apanhar num cesto os ovos que a ave ia largando. À distância dos anos, parece muito básico, mas naquele tempo receber um brinquedo que tinha vida própria era uma coisa do outro mundo e Ricardo Martinho ficou maravilhado. “O Condor fazia uns barulhos muito irritantes, de modo que em pouco tempo a minha mãe ficou louca (gargalhadas). De vez em quando tinha de mo tirar”. Mas não era fácil distrair-se com outra coisa, porque não tinha irmãos para brincar e embora fosse um miúdo popular na vizinhança, quando recolhia a casa era a fuga para o mundo do cavernícula que o salvava da rotina doméstica. A seguir a este vieram outros jogos. E o fascínio inicial evoluiu para vício, também partilhado pelos amigos: “O Comodore Amiga tinha um jogo de futebol que nós adorávamos. Cada um tinha a sua equipa, dávamos nomes aos jogadores, criávamos equipamentos e fazíamos campeonatos sem fim”. Diz que vibrou mais com o futebol jogado assim, do que ao vivo, uma vez que o seu desporto do coração era o râguebi, que começou a praticar aos oito anos e fez dele, mais tarde, campeão nacional e campeão ibérico. Depressa quis explorar os jogos por dentro e por fora, pois para ele melhor que saber jogar, era aprender a produzir aquela magia. Quando criou os primeiros algoritmos, ainda andava no ensino secundário. Nessa fase da vida já a sua vocação estava definida. Iria para Matemática, um atalho que o levaria para o mundo que o fazia sonhar: o da programação. Foi uma aposta ganha, porque assim que acabou o curso, essas portas abriram-se e nem foi preciso dizer “abracadabra”. Na verdade, a sua entrada no mundo do trabalho é uma autêntica cena de filme: “Entreguei o meu C.V. a um amigo que trabalhava numa tecnológica onde gostaria de fazer o estágio. Por coincidência ele era filho de um diretor da IBM e nesse dia passou por casa dos pais. Sem querer, pousou o meu currículo na mesa da sala. O pai pegou-lhe e assim que o leu, perguntou: “De quem é este currículo? Achas que o teu amigo estaria interessado em vir para a IBM?”, conta, com um sorriso rasgado. Já lá vão 23 anos. Nunca mudou de emprego porque “a IBM”, afirma, lhe deu tudo o que quis: “Realização profissional, oportunidade para desenvolver as minhas capacidades tecnológicas e de estar à frente da tecnologia”. Jamais se esquecerá da sensação que experimentou quando começou a fazer no país, ao mais alto nível, algo nunca antes tentado: “Liguei os mundos da web com a mainframe. Era a primeira vez que se fazia isto em Portugal. Com a ajuda dos meus colegas dos laboratórios de Montpellier e de Espanha, pela primeira vez os resultados das eleições em Portugal foram realmente divulgados em tempo real, online”, cita, a título de exemplo. Diz que ainda hoje continua a voar, porque a tecnologia é inesgotável e tem a felicidade de estar numa casa onde a inovação entra sempre pela porta grande. Realça, com orgulho, que ainda hoje se diz “PC” quando nos referimos aos computadores pessoais e acha bonito que assim seja, porque “foi a IBM que inventou a expressão”. Nos tempos livres ainda gosta de jogar no computador. Tem um sistema SONOS em casa que se repercute pelas colunas que espalhou pelas diversas divisões e adora brincar com ele através da aplicação. Tudo o que tem a ver com tecnologia de som e imagem fascina-o, assim como todos os gadgets associados ao desporto. Tem sempre um Garmin no pulso. Gosta que os seus dispositivos se conectem ao carro. Lá dentro tem colunas BOSE e IA que chegue para permitir manobras de estacionamento autónomas, que muito aprecia. Recentemente, roubaram- -lhe o carro. Azar dos ladrões: como tem GPS contínuo, num sistema que lhe permite tirar fotos 3D que identificam a envolvente, com a colaboração da polícia recuperou o carro num instante. Conta esta cena com os olhos a brilhar, como quando aos oito anos se apaixonou por tecnologia.• 22

Utiliza o iPad e o Macbook todos os dias. Mas, acima de tudo, depende do telemóvel Tem um iPhone 11, porque não corre atrás do último modelo, mas é fiel à Apple há muitos anos. Mais: anda sempre com um iPhone 8 no bolso, o único que faz reconhecimento por impressão digital, opção que prefere ao face recognition, que não considera tão prático Gosta de ter sistemas de blue tooth no carro. Ainda não aderiu aos automóveis elétricos, mas é fã da Fórmula E Tem sempre um Garmin no pulso 23

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