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COMUNICAÇÕES 242 - Paulo Portas: pelo digital é que vamos

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apdc news WEBINAR | 5G

apdc news WEBINAR | 5G – APLICAÇÕES PROFISSIONAIS E INDUSTRIAIS Do pronto a vestir ao fato à medida O 5G ainda só está a arrancar, embora o seu potencial disruptivo abra um mundo de novas oportunidades às empresas. Há que criar as parcerias e os ecossistemas certos para acelerar. Agora, cada caso é caso, com o desenho da solução à medida. Texto de Isabel Travessa 60 youtu.be/9tkpI4RcReA VELOCIDADE DOS DADOS, latência e conectividade são os três eixos fundamentais da nova geração móvel, mas o que verdadeiramente a diferencia são os dois últimos. Luís Correia, professor do Instituto Superior Técnico, começou por destacar na abertura deste webinar sobre “5G - Aplicações Profissionais e Industriais” – iniciativa da APDC em parceria com a Altice, que decorreu a 6 de abril – que os operadores terão de encontrar o compromisso certo entre “cobertura e capacidade”, para garantir uma rede de serviços comerciais e ofertas dedicadas. Luís Correia não tem dúvidas de que o futuro trará todas as aplicações imagináveis. “As redes 5G serão facilitadoras da utilização de outras tecnologias, como IA, análise de dados, machine learning, aprendizagem automática ... o que conduzirá a uma muito maior eficiência dos processos de fabrico e das operações em geral, assim como outras utilizações das empresas”. Ou seja, trará “uma enorme revolução. É um mundo novo que vem aí”, destaca. Há já empresas a entrar neste novo mundo, como a Somincor, que usa já o 5G. Loubna Kerfah, gestora do Pro-

jeto UGMCP & Centro Coordenação Operacional da empresa mineira, diz que a rede 5G permite a comunicação em tempo real das pessoas, a automatização de equipamentos e a segurança, através de um sistema de localização de ativos – pessoas e equipamentos. Tudo assenta numa rede de sensores, que fornecem ainda dados em tempo real. “Esta solução permite-nos atuar mais rapidamente, ajudando na tomada de decisão, no aumento de produtividade e na área da segurança, que é o nosso pilar principal”, diz. A Bosch tem em Aveiro uma rede 5G privada, opção que sobretudo teve a ver com a segurança da infraestrutura e a confidencialidade dos dados, como refere Nelson Ferreira, coordenador internacional de Indústria 4.0 da Bosch Termotecnologia. Outro objetivo é a recolha de grandes volumes de dados. “Quando falamos de IoT na área industrial, falamos de muitos dados a serem gerados em tempo real, para permitir analítica e, por exemplo, a manutenção preventiva e preditiva de equipamentos, que são muito caros”, explica. O gestor diz que numa fábrica o real time passou a ser crucial, até na perspetiva de segurança. Há ainda outras aplicações que começam a surgir, com realidade aumentada e virtual, que poderão fornecer “ferramentas adicionais aos técnicos do chão de fábrica sobre o que está a acontecer e onde é que há problemas de informação”. O vídeo com contexto, também permitirá, por exemplo, controlar a matéria-prima ao longo do processo fabril, de modo automático e autónomo. E qual a perspetiva de um fornecedor de serviços? “Vemos o 5G e as redes privadas como ferramentas No terreno, as empresas começam a descobrir e a testar as potencialidades da rede 5G. A revolução começa agora que vão contribuir para ultrapassar dificuldades atuais ou abrir novas possibilidades para as empresas. Nesta perspetiva, temos de pensar nestas redes como um veículo para construir soluções que resolvem situações concretas, nomeadamente industriais”, começa por destacar Luís Lamela, responsável da Estratégia Tecnológica da Altice Portugal. Neste processo de construção de soluções à medida, há que ter em conta a maturidade da tecnologia. “A verdade é que o 5G já chegou, mas ainda está a chegar. Temos todo um ecossistema que tem de existir para suportar as empresas, mas é preciso também ter as soluções e os equipamentos, que ainda estão a vir”, explica. Desde junho de 2019 que a Altice Labs tem em Aveiro uma rede 5G completa, com espectro experimental cedido pela Anacom, onde desenvolve vários projetos. Segundo Francisco Fontes, consultor sénior da subsidiária para a I&D, foi possível perceber o potencial da tecnologia e encontrar uses cases para a testar. É que “a tecnologia já aí está, mas ainda tem um longo caminho para andar. Estamos a desenvolver soluções de 5G com componentes próprias e de terceiros”, procurando “ativamente as melhores soluções. É necessário encontrarmos soluções flexíveis, que se adequem a cada cenário”. Como adianta Luís Lamela, “estamos a passar do pronto a vestir para o fato à medida. Cada empresa tem as suas necessidades. Não existe uma receita que possa ser aplicada diretamente”, sendo por isso um “exercício muito desafiante, mas também muito interessante”.• Luís Correia, Professor, Instituto Superior Técnico Francisco Fontes, Consultor sénior, Altice Labs Loubna Kerfah, Gestor projeto UGMCP & Centro Coordenação Operacional, Somincor Luís Lamela, Estratégia Tecnológica, Altice Portugal Nelson Ferreira, Coordenador internacional de indústria 4.0, Bosch Termotecnologia Sandra Fazenda Almeida, Diretora executiva, APDC (moderação) 61

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