em destaque 30 de password para o sucesso. Um estudo da IDC divulgado no ano passado revela que Portugal tem mais de duas mil startups e destas, cerca de 33% atuam no setor das TIC. Contas feitas, são largas centenas a lutar por um lugar ao sol versus… sete unicórnios. A verdade é que no mundo existem cerca de 700 unicórnios, por isso o nosso score, em termos relativos, até pode ser considerado, sem favor, muito positivo. Sete unicórnios, quatro deles nascidos em plena crise pandémica? Só pode ser bom. Inês Marques, EMEA regional vice president channel & aliances da Outsystems, já ganhou o estatuto de veterana, pois está, há 14 anos, na equipa de um dos primeiros unicórnios com ADN português a serem anunciados ao mundo. Esse estatuto permite-lhe ter a visão de helicóptero necessária para melhor analisar o fenómeno da transmutação de uma empresa com potencial, num caso de sucesso planetário. Baseada na experiência da Outsystems, diz que o “o segredo de um unicórnio é, primeiro que tudo, a ideia que está subjacente ao negócio, mas depois um certo modo de estar”. Os dois fatores, assegura, são indissociáveis. Com efeito, durante os cerca de 20 anos que já leva de existência, nem tudo foram rosas na Outsystems. Mas a empresa liderada por Paulo Rosado não desistiu e essa resiliência, alimentada pela fé inabalável no produto que tinha para vender ao mercado – uma plataforma que descomplicava o desenvolvimento de software – , acabou por lhes render todo o sucesso e reconhecimento do mundo. Em 2018 tornaram-se um unicórnio. Desde então o desafio é conservarem-se no topo. Inês diz que isso, mais uma vez, depende em boa parte da atitude: “Nunca estamos confortáveis”, adianta. “Toda a inovação tecnológica e todo o esforço que colocamos no desenvolvimento das capacidades do nosso produto – algumas muito à frente do que o mercado está a conseguir entregar – é o que continua a manter-nos no topo”. O facto de durante a pandemia terem nascido, só em Portugal, mais quatro unicórnios não a surpreendeu: “As dificuldades que o país tem enfrentado nos últimos anos são muito propícias, porque obrigam as pessoas a reinventarem-se e a terem ideias”. ESTAR NO SÍTIO CERTO, À HORA CERTA Foi isto que aconteceu? No final de 2020, o conhecido investidor Eric Paley deu ao New York Times uma entrevista que ficou nas bocas do mundo. Na linguagem colorida dos que se movem no clube restrito do capital de risco, descreveu a animação que se começou a Inês Marques, há 14 anos na Outsystems, diz que “o segredo de um unicórnio”, além da ideia que está subjacente ao negócio, depende de “um certo modo de estar” sentir no seu meio, só com a expectativa de que 2021 traria consigo a tão esperada retoma: “A festa está tão barulhenta e as bebidas estão a fluir com tanta liberdade como no boom das dot-com, embora estejamos todos sozinhos a beber em casa”, disse então. O que este quadro da firma Founder Collective quis descrever foi a impaciência que o compasso de espera provocado pelo choque pandémico gerou. Um ano de paragem forçada foi o máximo que a sua gente pôde aguentar. Segundo o relatório Crunchbase, no primeiro trimestre de 2021 todos os recordes de financiamento global por capital de risco foram batidos, tendo atingido a bonita soma de 125 mil milhões de dólares, o que representou um aumento de 94%, face ao período homólogo. O que tem isto a ver com os unicórnios nascidos em Portugal durante a pandemia? Tudo. Pois este movimento foi global e o nosso país simplesmente refletiu uma tendência geral. Mesmo estando confinados, os financiadores trataram de colocar na sua mira sobretudo as startups tecnológicas e entre estas escolheram as que apresentavam projetos nas áreas que se tornaram mais quentes durante a crise sanitária: a saúde, a ciber-
Imagine estar lá, sem lá estar. Com experiências virtuais imersivas, é Possível. Ao criar um mundo de conectividade ilimitada, a Ericsson permite-lhe ser o centro da ação onde quer que esteja. ericsson.com/imaginepossible
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