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COMUNICAÇÕES 241 - Joana Mendonça: a arte de cultivar ideias

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negocios 40 “As

negocios 40 “As obrigações de cobertura de redes são muito pesadas e dissonantes entre incumbentes e novos entrantes”, adverte Pedro Tavares, technology, media & telecom leader da Deloitte, antecipando no tema do roaming nacional “uma disputa interessante” ne (SA), que deveria ocorrer num espaço de 12 meses, não vai seguramente ocorrer nesse timing. É preciso, de alguma forma, garantir o retorno com o que se consegue fazer no 5G NSA e, a seu tempo, será pensado o Os pilotos permitem aumentar a visibilidade de soluções disruptivas e provar as capacidades diferenciadoras 5G SA. Provavelmente, só dentro de dois anos”. Para já, e como detalha o responsável da Accenture, a aposta no imediato passará, “no mercado empresarial, com use cases já provados, alavancados em redes 5G privadas, para iniciar a recuperação do investimento e respetiva monetização da tecnologia. Os pilotos em execução permitem aumentar a visibilidade de soluções disruptivas e provar as capacidades diferenciadoras. No entanto, será fundamental provar a viabilidade financeira e o retorno de investimento das empresas, uma vez que existirão vários custos na implementação de soluções em larga escala”. Capacidade de investimento, capacidade de inovação e gestão de talento são, para José Rodeia, os principais fatores que vão determinar, a prazo, que o potencial do 5G seja verdadeiramente aproveitado pela economia e a sociedade. Para isso, terá de garantir-se “um clima favorável à geração de negócio, para que os operadores possam compensar e continuar a investir no deployment da rede, e respetiva robustez, com novas fontes de receita”. Assim como ter “condições que permitam a investigação de novos use cases, devices que permitam capturar todos os benefícios do 5G” e capacitar as pessoas na nova tecnologia. CONSTRUIR CAMINHO A fazer o seu caminho no 5G estão os operadores. No âmbito do novo modelo de iniciativas lançado em fevereiro pela APDC, denominado Dot Topics, um formato podcast onde foram entrevistados responsáveis da Vodafone, NOS e Altice, além de um grande cliente potencial, a EDP, foram desvendadas algumas estratégias e caminhos a desenvolver. Os debates sobre o futuro com o 5G decorreram em parceria com a Capgemini Engineering. Para Manuel Eanes, administrador da NOS, a “rede 5G não é só mais um G, mas uma revolução”, porque traz consigo quatro novas coisas cuja combinação poderá transformar tudo: dez vezes mais velocidade, latências até menos de um milissegundo, um milhão de objetos ligados por km2 e uma disponibilidade e fiabilidade enormes. “Para nós, a proposta de valor do 5G é muito séria. Temos como objetivo liderar a era do 5G e estamos a trabalhar nisso há muito tempo”, assegura. Consciente de que para “construir todo este novo universo de soluções, vamos ter que fazer uma aprendizagem muito rápida”, diz haver peças fundamentais

a tomar em linha de conta. Ter um “ecossistema de inovação aberta muito forte e poderoso”, é uma delas. Fazer uma “boa leitura dos problemas práticos que tem valor resolver, tentando trazer a tecnologia a bordo para os solucionar”, é outra. Assim como “desenvolver um conjunto de elementos estruturais na rede”, para responder às novidades que o 5G trará na utilização de tecnologias. Trata-se, na perspetiva deste gestor, de “tentar construir um caminho para, tão cedo quanto possível, aproveitar todo o potencial das muitas inovações que o 5G nos vai trazer ao longo dos próximos dez anos”. Na Vodafone Portugal, Henrique Fonseca, administrador responsável pela Unidade de Negócio Empresarial, está convicto de que no 5G tudo vai acontecer muito mais depressa, uma vez que a tecnologia o permite, assim como os requisitos de cobertura e as funcionalidades em velocidade e, sobretudo, latência. “O 4G já nos permite latências de 40 milissegundos. Com o 5G vamos ter 1 milisegundo. Vamos chegar lá. Amanhã não vamos estar a fazer cirurgias remotas nem a ver carros a andar sozinhos. Há um caminho para lá chegar e é esse que estamos a preparar e a fazer acontecer em Portugal”. E a Vodafone tem, na “Ainda não vamos estar a fazer cirurgias remotas nem a ver carros a andar sozinhos. Há um caminho para lá chegar e é esse que estamos a preparar”, frisa Henrique Fonseca, administrador responsável pela unidade de negócio empresarial da Vodafone Portugal Construir o universo de soluções possíveis vai exigir uma aprendizagem rápida. Por isso o ecossistema de inovação tem de ser forte sua ótica, uma vantagem à partida, já que o grupo que integra lançou nos últimos três anos quase 20 redes 5G no mundo. Tratase de um “capital de experiência e de conhecimento acumulado que estamos a pôr ao dispor de Portugal. Quando falamos com os nossos clientes sobre o que está a acontecer nos outros mercados e o que é que fizeram com o 5G, vemos que realmente estamos a abrir o caminho para acelerar a digitalização das empresas nacionais”. A beneficiar da experiência do grupo onde se integra está também a Altice Portugal. Para o seu chief sales officer (CSO), Nuno Nunes, o grupo está a construir, dentro do seu backbone, “uma plataforma onde os vários vendors, startups e empresas estão conectados e fazem desenvolvimento, acedendo a todos os uses cases da Altice pelo mundo inteiro”. Com todas as redes ligadas, sempre que houver um use case que desenvolva uma solução 5G, todos os países beneficiam da informação e da respetiva experiência, assegura. “Estamos a construir soluções que o mercado pre- 41

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