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COMUNICAÇÕES 241 - Joana Mendonça: a arte de cultivar ideias

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a conversa 24 Temos

a conversa 24 Temos muitos desafios aí para agarrar. Cá estaremos para o fazer. Cada vez mais se fala na necessidade de criar ecossistemas de parceiros, para as empresas, mesmo concorrentes entre si, criarem mais valor. E aqui, a inovação colaborativa assume um papel fundamental. Os gestores estão mais recetivos a este tipo de aposta ou o segredo ainda continua a ser a alma do negócio, sobretudo nas PME? Ainda há muitos obstáculos, mas já foi feito um longo caminho. A maior parte dos programas da ANI são colaborativos. O facto de termos cada mais pequenas empresas a trabalhar connosco é simbólico. Há cada vez mais PME a perceber que a inovação colaborativa é crítica. Uma grande empresa tem muito mais capacidade de absorver conhecimento vindo de uma universidade, por exemplo. Por isso, é uma vantagem os nossos instrumentos serem maioritariamente colaborativos. Usufruir de conhecimento a que as PME não teriam acesso por uma questão de dimensão. Para estas empresas, os nossos interfaces são absolutamente críticos para transferência de conhecimento, mas também de pessoas. É muito importante a transferência de recursos humanos de uns setores para outros. Como é que isso se conjuga num quadro de recursos limitados? A educação é crítica. Neste momento Portugal já tem mais de 50% dos jovens no ensino superior, mas temos de continuar esse esforço. E apostar na requalificação ao longo da vida – há um programa no PRR só para isso. E, claro, a atração de recursos de outras geografias. E somos competitivos? Se pensarmos em contratar pessoas que tragam as famílias, Portugal pode ser competitivo. A segurança é uma coisa crítica, por exemplo. Estamos a deixar de ser um país de salários baixos? Acho que sim. Espero que sim. Acha ou espera? O nosso salário médio tem aumentado, mas arrendar Termos cada vez mais PME a trabalhar connosco é simbólico. Há cada vez mais PME a perceber que a inovação colaborativa é crítica uma casa em Lisboa custa o mesmo do que arrendar uma casa em Berlim. É absurdo. Mas Portugal não é Lisboa! Outro dos desígnios no nosso plano estratégico é atuar no reforço do Interior. Temos, por exemplo, o caso do Fundão, que é espetacular. Chaves também é um bom exemplo. O presidente da câmara apoiou a implementação do Laboratório Colaborativo, que está a ser um sucesso. E há muitos outros casos por esse país fora. Um dos desafios que assumiu foi o de as empresas, instituições de ensino superior e entidades do sistema científico nacional captarem pelo menos 2 mil milhões de euros do Horizonte Europa. Como será possível alcançar esse objetivo? Nas empresas temos um enorme espaço para crescer. É a área em que temos de dar um salto maior. Estamos a trabalhar com associações empresariais, setoriais e regionais. E temos imenso potencial! Precisamos de dar apoio às empresas para se candidatarem às calls europeias. Acredita que, finalmente, Portugal tem todas as condições para uma recuperação sustentada e uma mudança real da base da nossa economia, para fazer a diferença na Europa e no mundo? Acredito que sim, se não, não estaria aqui a fazer nada (risos). Este momento pós-Covid é muito importante. Temos de agarrar as oportunidades. Temos de ser capazes de ir para o terreno ajudar as empresas a minimizar o risco. O nosso grande desígnio é potenciar o que já existe – e o que existe é bom. Para terminar: do ponto de vista pessoal, o que a apaixona, o que enche a sua vida? Tenho duas filhas, uma de 16 e outra de 9 anos. Elas são o centro da minha vida. É muito importante procurar o equilíbrio entre trabalho e família. Além disso, adoro ir a concertos. Ouvir um músico em palco é ver alguém a entregar-se completamente, é um ato de generosidade. E adoro ler – recentemente aderi também aos audiolivros. De resto, tenho pouco tempo para muito mais. Sou da geração que está entalada entre os filhos e os pais. Eles são a minha prioridade. •

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