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COMUNICAÇÕES 240 - Fernando Alfaiate: o homem do PRR

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apdc news ‘POINT OF PREVIEW’ COM FERNANDO ALFAIATE Mobilizar e coordenar para ter sucesso O PRR está em marcha e até final do ano Bruxelas receberá o primeiro reporte de execução, para desbloquear outra tranche de financiamento. A expetativa é que, conjugado com outras fontes de financiamento, permita ao país crescer mais do que num cenário sem pandemia. Texto de Isabel Travessa 52 O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um “instrumento de fundos europeus para apoio ao investimento diferente de todos os outros que tivemos até hoje”, tendo em conta as suas “características extraordinárias”, assim como a “perspetiva de reforço de um quadro de orçamento comunitário que já estava planeado na sua continuidade”. A afirmação é do líder da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, responsável pela operacionalização e coordenação técnica do plano. Orador convidado do mais recente ‘Point of Preview’ da APDC, uma conversa virtual reservada aos presidentes dos Patrocinadores Anuais da APDC e aos membros da direção, que decorreu a 15 de setembro, destaca o foco nos resultados que estão definidos: “Terão de ter um impacto estruturante e duradouro na vida das pessoas e fomentar um movimento reformista. Convocanos a todos para contribuir para a recuperação da economia e colmatar a diferença na convergência face à Europa, na próxima década”. Mas tendo o PRR de ser executado até 2026, António Alfaiate diz que será um “desafio de execução tem-

poral”, o que implica um “verdadeiro trabalho em equipa”. Trata-se de “um plano com o cariz de projeto coletivo a vários níveis: dentro do Estado e no envolvimento e parceria com as entidades do setor público, privado e 3º setor”. Transparência da divulgação da informação programática, da execução do PRR e dos resultados obtidos, e um modelo de governação diferente, “com a particularidade de ser um programa de gestão centralizada”, são apostas. Sobre o cenário macroeconómico subjacente ao PRR, que foi submetido à CE, a previsão é que as 37 reformas e 83 investimentos tenham um impacto conjuntural de estímulo à atividade e um impacto estrutural que perdurará no tempo. Assim, entre 2021 e 2040, a previsão é que por cada euro investido haja um retorno de 5,3 euros. Haverá ainda impactos na justiça social e qualidade de vida, que não estão quantificados. A expetativa de Fernando Alfaiate é que o PPR português tenha “um impacto estruturante e duradouro na vida das pessoas” MUDANÇA ESTRUTURAL EM MARCHA De acordo com as projeções, o gestor diz esperar que o país consiga mesmo crescer mais do que num cenário sem pandemia, ou seja, que “consigamos, a partir de 2026, situarmo-nos num ponto superior ao que seria o cenário macroeconómico de evolução sem pandemia”. Até porque o PRR é complementar a outras fontes de financiamento até 2030, para fazer a “mudança estrutural de Portugal nas próximas O plano para o PPR que Portugal submeteu à Comissão Europeia compreende 37 reformas e 83 investimentos décadas” e colocar a digitalização da economia como charneira do desenvolvimento e crescimento. Fazer acontecer é agora a prioridade, porque o PRR tem um elevado valor de investimento e um tempo de execução bastante curto. Tendo em conta que tudo passará por projetos coletivos, que exigem elevada colaboração e cooperação, o que nem sempre é fácil, Fernando Alfaiate diz não ter dúvidas que exigirá uma “uma capacidade de mobilização de um conjunto de empresas, universidades e centros tecnológicos”. Por isso, “uma boa articulação de agendas é essencial para que as coisas corram bem, se arranque de uma forma atempada e se discutam alguns constrangimentos que possam surgir”. E alerta: “Não podemos relaxar!”.• 53

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