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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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84 JOANA SILVA, diretora

84 JOANA SILVA, diretora da PROSPER CATÓLICA-LISBON “Estivemos a divergir da Europa 20 anos e temos mesmo de fazer melhor agora. Este plano pode ajudar e muito e é uma grande responsabilidade, porque não se pode fazer tudo. Para as políticas terem sucesso tem de haver criação de valor e crescimento. Essa parte da implementação é onde temos que por toda a ênfase” “O sucesso depende muito do foco da avaliação de impacto das medidas. Esta avaliação de impacto faz toda a diferença, com todos os esforços centrados nos resultados, que devem mudar vidas. Há que avaliar cada programa e ver o seu impacto durante a implantação para mudar, se for necessário. Tem de ser uma avaliação feita antes, durante e depois” “Portugal tem um desafio importante em termos de igualdade. Temos de olhar para o mundo, aprendendo com o que se fez: crescimento económico e políticas sociais bem desenhadas e bem implementadas. E a digitalização vem ajudar muito no combate às desigualdades. Não é gastar muito dinheiro, é como se gasta. Porque gastando o mesmo, há resultados muito diferentes” THE OPPORTUNITY OF THE RECOVERY AND RESILIENCE PLAN FOR CITIES AND TERRITORIES MIGUEL LEOCÁDIO, membro da Secção Healthy and Sustainable Cities da APDC e lead da Axians Portugal “As cidades e territórios do futuro serão suportados por uma visão que combina e articula desenvolvimento económico, social, humano e ambiental. É neste conjunto que serão definidas e estabelecidas as novas estratégias, serviços, produtos e modelos de negócio. Suportadas nativamente por tecnologia” “Haverá nove dimensões distintas, que são críticas neste caminho de transformação: saúde e bem-estar; igualdade e inclusão; colaboração intergeracional; mobilidade e logística; relacionamento com o cidadão; desenvolvimento económico; descarbonização; qualificações; e experiência pedestre. Para estas nove dimensões, a tecnologia poderá ser o elemento central para a aceleração e a forte mudança” “Temos hoje um leque muito alargado de tecnologias maduras, que tem feito o seu caminho no território. Podemos, nos próximos anos, tirar ainda mais partido delas, para ganhar escala. Temos ainda tecnologias emergentes, como o 5G, IoT, IA, big data e analítica ou robótica” VLADIMIRO FELIZ, chief People & Digital Technology Officer do CEiiA e presidente da Secção Healthy and Sustainable Cities da APDC “Temos um problema histórico de não termos um instrumento de financiamento que sirva territórios que são tão díspares ao longo do país. É importante que os territórios e as cidades tenham os seus planos estratégicos definidos, estruturais e prioritários, para que tenham oportunidades como este PRR” “Precisamos de uma visão de médio e longo prazo do território, nos diferentes layers de gestão, que nos permitam ativar, assim que haja recursos financeiros, os projetos estruturais. Este match que resulta da emergência deste instrumento de financiamento pode levar a que muitas vezes o fit com as verdadeiras necessidades seja diferente nas várias regiões” “O grande desafio é que as entidades que estão no terreno tenham a flexibilidade e a agilidade para dirigirem esses instrumentos para investimentos reprodutivos, que tenham verdadeiro impacto local e que garantem a coesão territorial do país. Não pode haver a tentação de acelerar alguns investimentos de impacto rápido. As cidades hoje exigem uma nova visão” PEDRO DOMINGUINHOS, presidente do CCIPS e do Instituto Politécnico de Setúbal “Estão a passar-se muitas coisas nos territórios que estão a ter impactos significativos, que são o resultado de um conjunto de decisões tomadas há quatro ou cinco anos, e que produzem efeitos em termos de qualidade de vida e ou atração de empresas para o interior. Neste processo, é importante aliar o ensino politécnico e universitário, às oportunidades locais” “O maior erro que podemos fazer é achar que o PRR vai resolver todos os problemas. Vamos ter, com o PT 2030, os instrumentos necessários para conseguir desenhar as respostas aos territórios. Por isso, a questão de ter uma estratégia clara, que envolva os diferentes atores, mitiga o risco de se responder ao imediato” “Da experiência dos últimos sete ou oito anos nos territórios verifica-se que temos uma nova geração de autarcas com muito mais capacidade qualificada, que olha para o desenvolvimento do território de uma forma completamente distinta, que percebe que todos os atores são essenciais para garantir o futuro das gerações” ANTÓNIO CUNHA, presidente da Comissão Regional de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte “O PRR foi definido a partir de uma lógica centralista. Mas é bom termos este plano. Se poderia ser outro ou diferente? Sim, mas o que está no PRR é importante e esperamos que o que não está lá seja contemplado noutros fundos estruturais” “Uma questão diferente é como é que o PRR vai ser implementado e como será a sua gestão. Tememos que a gestão centralizada, a acontecer, seja problemática e possa pôr em risco a

execução dos fundos. Aguardamos para ver” “A estratégia para a região Norte pode resumirse numa expressão: criação de valor. É uma região fortemente inovadora e tem uma série de indicadores que nos orgulham. Mas é a que tem o PIB per capita mais baixo e esse é um problema que temos de resolver” THE FUTURE OF MEDIA TALK WITH CLOSING MATHIEU FRITSCH, head of News Partnerships for Southern Europe do Facebook “A qualidade dos conteúdos é muito importante para os nossos utilizadores e comunidades. Por isso, a ligação entre os media e o Facebook é relevante. Acreditamos que uma imprensa livre e privada é crítica para a democracia, mas hoje as organizações de media estão a enfrentar tremendas pressões, com as lideranças e receitas em queda” “Hoje reconhece-se que há que desenvolver novos modelos de negócio para desenvolver novas audiências e receitas no mundo digital. E a pandemia veio acelerar a necessidade de endereçar estes desafios. Estamos apostados em ajudar os negócios dos media a construírem um futuro sustentável porque têm um importante papel nas nossas comunidades e não por causa do valor comercial que as notícias têm nas nossas plataformas por si só” “Reconhecemos que uma solução on size fits all provavelmente não resultaria, porque se trata de uma indústria diversificada e com players muito diferentes. Por isso, deixamos às organizações a decisão de quais as ferramentas que fazem sentido e trazem valor aos seus negócios. Como parceiro neste ecossistema, o nosso compromisso é dar suporte aos jornalistas e organizações de notícias e à importância do seu trabalho” PEDRO NUNO SANTOS, ministro das Infraestruturas e Habitação “O mercado está a mudar e exige adaptação aos operadores. Os desafios do futuro são mais importantes do que os esforços do passado. É esse o espírito com que o governo olha para os problemas e conta com os operadores, regulador e autarquias para acelerar o que o país precisa. Queremos melhorar a literacia digital e a transformação digital das empresas, com acessibilidade de infraestruturas, acessibilidade tarifária e informação e mobilidade” “Apesar dos elevados índices de cobertura, ainda há muitos que se queixam de não ter acesso às redes. O governo está muito atento e tem em curso um programa para o corrigir. As obrigações para o 5G serão um passo muito importante e o investimento público em conetividade vai avançar, financiando as redes nos locais onde os operadores não chegam. Para que Portugal seja um exemplo internacional de comunicações de alta velocidade” “Na acessibilidade tarifária, é preciso reconhecer que o mercado ainda carece de ofertas diversificadas que satisfaçam as necessidades dos utilizadores. O leilão do 5G deverá aumentar a concorrência e trazer um leque mais adequado e diversificado de ofertas. E a tarifa social de internet levará o acesso a um conjunto de famílias” ANTÓNIO COSTA, primeiro-ministro “Estamos no caminho certo para fomentar a competitividade da economia e criar emprego de maior qualidade, preparando o país para os desafios do presente e do futuro. A instabilidade obriga a uma constante atualização das políticas e medidas e a pandemia reforça a urgência de uma transformação estrutural, alicerçada na tecnologia e conhecimento. Ganhámos anos no digital e os novos fundos vão permitir a construção de um Portugal do futuro, assente no digital” “Agora, é hora de executar e de transformar o plano de recuperação em ações tangíveis, envolvendo todos na sua execução. O sucesso depende da capacidade de assegurar uma execução descentralizada, mobilizando regiões autónomas, autarquias locais, mas também e sobretudo empresas e centros de produção de conhecimento. Temos um prazo curtíssimo de execução, num contexto em que ainda temos verbas do PT 2020 para executar e de arrancar a execução do PT 2030. É essencial a mobilização de todos” “O futuro está aí e a tecnologia avança a cada dia. Cabe a todos garantir que o país e a Europa concretizem o potencial de possibilidades que agora se abre. Todos temos que nos empenhar nesta confiança no futuro. O PRR é uma oportunidade única da nossa geração, que temos de saber aproveitar para garantir um melhor país para as gerações futuras” 85

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