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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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80 THE FUTURE OF RETAIL

80 THE FUTURE OF RETAIL BERNARDO PERLOIRO, chief operating officer da Majid Al Futtaim “Não sei se sabemos o que é o futuro do retalho. Acredito que estamos a construí-lo todos os dias, com base nas necessidades dos clientes e na transformação que eles nos exigem. Como empresas e marcas temos que saber antecipar, sempre que possível, essas exigências. Não há dúvida de que o futuro é omnichannel, phigital (convergência entre físico e digital), com a tecnologia a assumir um papel central numa reinvenção do retail” “Há pelo menos sete tendências no setor, transversais a todas as geografias: trazer as experiências das lojas para o online; contact-free shopping através da tecnologia; acessibilidade dos conceitos de retalho; robots inovadores e lojas autónomas e interativas; destaque à saúde, bem-estar e higiene; dados & personalização; sustentabilidade, comunidade e divertimento” “Há coisas que já acontecem hoje e que não são necessariamente futuristas e que acredito que são importantes. Temos de olhar para as geografias onde o futuro do retail se está a construir de forma mais rápida, com velocidades de tecnologia 5G, absolutamente necessárias como suporte do desenvolvimento do futuro de qualquer indústria” PEDRO CAMPOS, business consulting director na Bold by Devoteam “O futuro do retail está a ser construído, há um conjunto de tendências que estão a acontecer, pelo que é difícil antecipar o futuro. A componente da experiência é crítica e em Portugal começámos a assistir a evoluções. A COVID-19 teve muitas coisas más, mas acelerou o digital. O que faz com que o ecommerce cresça a uma taxa muito maior” “A pandemia também veio trazer uma coisa diferente para os grandes players mundiais, que foi a concorrência do pequeno comerciante. Hoje é muito fácil colocar um negócio online e obter uma abrangência global. O que vai gerar alterações no negócio” “Somos um país que está a ser cada vez mais procurado por tudo o que são grandes grupos mundiais. Porque cada vez mais os negócios são digitais. No retalho é o mesmo. Portugal está na linha da frente da vanguarda da tecnologia e somos bastante inovadores. Temos de dar mais valor ao que fazemos. Às vezes, o que nos falta, é capacidade de inovar e a pandemia veio tirar muitos desses receios” LUÍS CARVALHO, SVP Technology, Global Platform da Farfetch “Na génese da Farfetch está a relação entre as marcas que vendem na rua, que têm uma relação próxima com o cliente, e a capacidade de grandes empresas potenciarem esse comerciante e colocá-lo disponível para o mundo. Os grandes players têm de ver que não se trata de concorrência, mas sim de mais uma forma de chegar a clientes finais e toda a cadeia ganha com isso. É esta a relação que vai gerar o futuro do retalho” “Acredito que o retalho físico, o offline, continuará a existir e a ser cerca de 70% das vendas que temos a nível global. Nada melhor do que esse comerciante, que conhece bem o cliente, para potenciar o retalho do futuro” “Se os pequenos comerciantes não mudarem, a probabilidade de perderem o negócio é enorme. Os novos clientes, os que é importante conquistar, têm expetativas totalmente diferentes. Há muita tecnologia barata e acessível que podem e devem experimentar para avançarem na evolução das suas lojas físicas. Arrisquem, que o custo não é assim tão alto. Senão, vão perder no futuro” THE FUTURE OF ENERGY ALBERT CHEUNG, head of Global Analysis da BloombergNef “Acredito que estamos numa corrida para alcançar o net zero na energia. A tecnologia e as economias estão a impulsionar a transição energética. Há inovações incríveis e isto é apenas a ponta do iceberg. Temos visto o custo da energia a cair a números impressionantes, graças à inovação e à escala das mudanças” “Por causa destes impressionantes avanços tecnológicos e da sua escala, hoje a energia eólica e solar está entre as fontes de energia mais baratas em grande parte do mundo. Houve uma mudança fundamental e estamos a ver recordes a serem quebrados todos os anos” “Há muito progresso que foi feito e a ambição está a aumentar, para se acelerarem as medidas para combater as alterações climáticas. Vemos uma clara tendência para o net zero, o que é um game changer total. Todos os negócios terão de encontrar um meio de alcançar a meta das zero emissões. E mesmo assim, continuará a haver muito por fazer, pelo que precisamos de avançar muito mais rapidamente” SUSANA QUINTANA-PLAZA, COO da Galp Energia “Estamos fortemente comprometidos em avançar rapidamente na transição energética. O compromisso é muito forte e é também uma oportunidade de negócio. Estamos numa boa posição para o fazer. Isto é sobre a vida no planeta e o próprio consumidor começa a exigir isso” “Teremos que ter um sistema completamente diferente, já que o futuro serão as energias renováveis. O futuro da energia não é só a descarbonização, mas também a digitalização

e a descentralização. Qualquer pessoa poderá produzir energia e cada consumidor decidirá, de acordo com as suas necessidades, que tipo de prosumer quer ser” “Haverá soluções à medida a 100%. Há aqui uma enorme oportunidade de criar exatamente o que se precisa, usando a tecnologia e a digitalização. Precisamos de nos adaptar ao que o consumidor quer, com uma nova aproximação e diferenciação” JOÃO RODRIGUES, country manager da Schneider Electric Portugal “A energia limpa é um negócio onde estamos completamente envolvidos. É um problema do nosso modo de vida. Estamos a pôr em risco as nossas vidas. A pandemia não mudou as tendências, mas acelerou-as. Veio colocar mais pressão nas questões-chave” “A descentralização da energia terá que ser uma aposta de todos, onde quer que seja necessário. Penso que o futuro será elétrico. Um provider tecnológico como nós, que gere a energia e garante a sua gestão da melhor forma possível, está no bom caminho. Mas estou 100% de acordo de que precisamos de atuar já e de acelerar” “Com a digitalização, descentralização e descarbonização e a democratização das tecnologias – os 4 D’s – é realmente possível reduzir o consumo de energia. Ao mesmo tempo, com o suporte de softwares, gerir as infraestruturas que fornecem a energia. Estão ainda a chegar novos modelos de negócio. Portugal está preparado para começar esta revolução. Porque não começar já e rapidamente?” DIVERSITY & INCLUSION ROSA MONTEIRO, secretária de Estado da Cidadania e Igualdade “Diversidade, inclusão e igualdade são questões estratégicas de sustentabilidade, nas empresas e sociedades. Não obstante termos quadros legais e igualdade formal, ainda temos fenómenos persistentes de discriminação. Se temos de promover a inclusão, é urgente combater também estas formas de discriminação e desigualdade, que fazem com que as empresas e as economias tenham perdas significativas” “Estimativas económicas impressionantes indicam que a desigualdade de género tem custado ao mundo, desde 1990, uma perda de 70 biliões de euros. O preço da desigualdade é astronómico. Temos, pois, de acelerar o ritmo também neste domínio, com a criação de condições para que mulheres e homens possam participar e contribuir para a sociedade” “Temos em Portugal melhorado significativamente. Mas corremos riscos de retrocesso, até pelos impactos socioeconómicos da crise pandémica, que tem vindo a reforçar desigualdades estruturais pré-existentes. Nas políticas de recuperação, estes dados têm que ser tidos em conta” DIGITAL WITH PURPOSE “Há que perceber quais são os passos para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável. Precisamos de investimento e de infraestruturas, para termos acesso a um mundo mais sustentável, e de policy makers para suportar esses acessos. De forma a que se use a tecnologia plenamente, porque ainda não estamos no nível que desejamos e que precisamos e o digital divide, é uma realidade” “As tecnologias digitais estão a criar desafios que temos de endereçar e dar os passos certos, num movimento que deve unir toda a indústria, investindo em mais inovação e mais tecnologia para as pessoas, contribuindo para um mundo melhor. Temos uma responsabilidade de fazer do mundo um melhor sítio” JEFFREY SACHS, director do Center for Sustainable Development da Columbia University “As tecnologias digitais podem fechar gaps e permitir às pessoas, nos sítios remotos, obter os serviços de que precisam. Esta pandemia mostrou que tudo precisa de ser mais inteligente e ambicioso. O que implica investir em três frentes: acesso digital; nova geração de energia e energia limpa; educação e competências” “Precisamos de ter líderes fortes e de resolver conflitos como o dos EUA e a China, que são inúteis e muito perigosos. Se destacarmos o que é o melhor para todos, teremos um maior sucesso em alcançar os objetivos” “Estamos muito abaixo da segurança climática. Dificilmente poderemos alcançar as metas de Paris, a não ser que haja uma dramática mudança nos próximos anos. Mas as metas são alcançáveis. Podemos fazê-lo. O poder das energias renováveis e o digital serão um enabler, mas precisamos de um mindset diferente. Com o compromisso de todos os países” LUÍS NEVES, CEO do GeSI “Estamos num momento complexo. O mundo não está a andar na direção certa e temos que parar, refletir e ver o que tem que ser feito melhor. No GeSI temos estado a refletir sobre os passos que as empresas têm de tomar para corrigir o caminho e quais as melhores estratégias a adotar” 81

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