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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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REINVENTING BUSINESS &

REINVENTING BUSINESS & LIFE WITH EXPONENTIAL TECHNOLOGIES não anteciparam. Enganamo-nos muito. Porque isto é tudo muito imprevisível” “Esta revolução do cognitivo, de colocar inteligência em cima de tudo, vai substituir e alterar funções que até agora eram desempenhadas por seres humanos. Vai acontecer nas próximas décadas e vamos ter que nos reinventar e fazer coisas que as máquinas não farão. É esse esforço de adaptação que não é fácil. É um desafio e um risco económico, porque haverá empregos para os quais as pessoas não estão preparadas” THE FUTURE OF GOVERNMENT MATTHEW GRIFFIN, fanatical futurist “Há um conjunto enorme de mudanças que já estão aqui, mas está a acelerar. E é preciso perceber o seu impacto no futuro dos empregos, educação, skills, infraestruturas, saúde, energia… Ao começarmos a olhar para o pós-pandemia, ela será uma oportunidade para uma grande reinvenção” “Já passámos por tanto enquanto raça humana que é tempo de tirarmos algum tempo para nós próprios. Dar aos nossos funcionários algum tempo de folga para todos percebermos o que queremos fazer, quais as nossas paixões. E quando voltarmos, vamos ter oportunidades que nunca vimos antes” “Vivemos num mundo do 8 biliões de pessoas, que é uma nação virtual. Vivemos tempos estranhos. Com profundas transformações em todas as áreas, graças à aceleração tecnológica. Temos que estar preparados para tudo o que aí vem” PEDRO AFONSO, CEO da VINCI Energies Portugal “É preciso fazer coisas no presente para estarmos preparados para o futuro. Porque é muita coisa ao mesmo tempo. Vamos ter muitas hipóteses de escolha em muito pouco tempo. O difícil é o processo de escolha” “Não sabemos se estamos a tomar a decisão certa, face ao que está a acontecer. Estão a surgir muitas ferramentas novas que não conseguimos acompanhar. Tivemos um grande salto no tema da digitalização e agora estamos a ter com o tema do cognitivo. Está a crescer com base nestas tecnologias e ferramentas e isto é novo. Temos de refletir como sociedade sobre o que vai acontecer” “A reinvenção tem de se fazer na componente de educação e qualificação. As lideranças das empresas precisam de passar por um processo de requalificação. Com literacia financeira, digital e para a cidadania. As grandes empresas têm aqui um grande papel, porque as tecnologias são transversais e assentes em toda a economia. A reinvenção passa muito por repensar com novos olhos” CHEOW-HOE CHAN, government chief Digital Technology Officer do GovTech Singapore “Criar um governo digital requer que se garantam as condições certas para se ter sucesso. Em Singapura, tivemos o próprio primeiro-ministro muito envolvido no processo, garantindo que a iniciativa, assim como os financiamentos e a liderança de alto nível, aconteceram. Foi muito importante. Sem isso nada teria acontecido” “Na digitalização do governo, ter talento tecnológico é essencial, tal como uma cultura pública certa. Este foi um dos grandes desafios: saber evoluir da burocracia para a agilidade. Tem que haver um forte sentido de urgência para avançar de forma rápida, assim como a governance certa e uma sólida infraestrutura, que é um acelerador chave” “A pandemia veio mudar a vida de todos e no ano passado tivemos o enorme desafio de dar resposta a um vasto conjunto de exigências novas. Deixou de se falar em meses e anos para se falar em semanas para ter as coisas prontas. Todos os investimentos que fizemos nos últimos anos permitiram encontrar uma melhor forma de lidar com o problema. Mas não tomem nada por garantido. É um trabalho duro. Tivemos sorte no que fizemos no passado” 78 ARLINDO OLIVEIRA, Presidente do INESC “Temos muita informação que podemos obter e que nos permite acompanhar toda a evolução tecnológica, para tentar perceber o que são as coisas e o que poderá vir a ter impacto. Distinguir entre o que é o exagero e o que é possível” “O número de vezes em que as pessoas se enganaram a prever tecnologia é muito grande. Há coisas que mesmo os visionários mais futuristas MÁRIO CAMPOLARGO, diretor-geral da DG Informatics da UE “Na Europa, os grandes desafios são nas skills das pessoas, mudar os processos, encontrar as ferramentas certas e investir. Precisamos de ter atenção ao tema da cibersegurança, da privacidade e dos valores éticos. E temos de

assegurar que estamos a reconceptualizar de uma perspetiva digital e não apenas tornar mais fácil um procedimento, assim como acabar com os silos e focar nos cidadãos e nos negócios” “Os cidadãos não só esperam mais do setor público, como esperam melhor na sua interação. Há um novo contrato social entre o governo, as pessoas e as empresas e os negócios. Que já não está baseado nos cenários antigos, mas na magnitude de dados que são partilhados. Há uma diferente relação e tem de ser construída no mundo digital” “A Europa não impõe o mesmo tipo de soluções a todos os estados-membros. Mas a situação pandémica ajudou neste âmbito. Já não discutimos apenas a interoperabilidade, que foi muito importante nos últimos anos para os serviços digitais, mas vamos mais além, para facilitar a vida dos consumidores e empresas. Quanto mais alinhados estivermos, melhor” SOFIA MARTA, vice-presidente da Accenture Portugal “O talento é chave e os governos precisam de garantir que o conseguem atrair e reter. Mesmo que haja a necessária cooperação entre instituições públicas e privadas. É a única forma de chegarem a todo o lado. Precisam de assegurar que têm as pessoas certas, que abrem as portas à inovação” “Os governos têm de ter um mindset centrado no cidadão e nas suas expetativas, que são diárias, e não na organização. Um estudo da Accenture mostra que 85% dos cidadãos espera o mesmo ou mais da AP, que do setor privado” “Temos de envolver todos os players do ecossistema para ajudar a dar o big step que precisamos no governo digital. Precisamos de um suporte de alto nível e regulação para alcançar as metas definidas. Temos um longo caminho a percorrer. Precisamos de trabalhar juntos nas capacidades, skills e time to market, para ter as soluções disponíveis para cidadãos e empresas e trabalhar na comunicação destas” THE FUTURE OF AUTOMOTIVE INDUSTRY MARÍLIA MACHADO DOS SANTOS, managing director da Volkswagem Portugal “O futuro da indústria automóvel é digital. Já muito foi feito, mas não é o suficiente em termos de sustentabilidade. Por isto, estamos neste percurso de lançamento de viaturas híbridas e elétricas, que já representavam 12% em Portugal no final de 2020” “Temos, em conjunto, que tratar e tomar medidas para o parque automóvel nacional, que está envelhecido. Definindo-se as necessárias medidas, porque todos os investimentos que estão a ser feitos pelas marcas tem a ver com projetar o futuro, com a produção de viaturas verdes, o controlo de emissões e o impacto das baterias” “Se não fizermos nada temos um risco enorme. Construtores, fornecedores e clientes têm de assegurar a pegada ecológica. É um projeto conjunto de toda a sociedade e de todos os apoios que terão de existir, para que seja possível implementar todo o processo. Os construtores podem fornecer automóveis e postos de carregamento, mas é necessário muito mais. Tudo o que aí vem é muito mais disruptivo do que temos hoje. Vamos conseguir fazer muito mais e rapidamente” RODRIGO MAIA, executive board member e T&I director da Capgemini Engineering “Na Europa, os grandes desafios são nas skills das pessoas, mudar os processos, encontrar as ferramentas certas e investir. Precisamos “Vemos na indústria automóvel quatro grandes tendências que estão a acelerar o ecossistema: os veículos conectados, uma maior capacidade de condução autónoma, a mobilidade partilhada e a transição para um modelo elétrico, não dependente de combustíveis fósseis. Acresce um conjunto de tecnologias que estão a ser os drivers da mudança, como a conectividade, IA e realidade virtual” “A mudança de mercado e de tecnologia está a impactar muito a forma como a indústria automóvel está organizada e os ciclos de produção de novos veículos. O carro vai ser constantemente alterado, porque todos os dias é possível trazer novas funcionalidades, pelo que terá de haver digitalização do processo produtivo” “Há uma procura de talento muito grande, para se conseguir acompanhar alterações tecnológicas. O próprio ecossistema está a mudar, porque os grandes fabricantes tradicionais, que tinham um poder muito grande, agora estão ameaçados até pelas grandes tecnológicas. Terão de se adaptar e acompanhar o movimento de mudança” PEDRO ÁVILA, diretor de estudos e Inovação Operacional na REN “Há uma evolução imparável, rumo a uma mobilidade mais sustentável. No tema da infraestrutura, a REN, no âmbito dos seus processos de inovação, procura soluções que minimizem riscos e impactos, através das suas linhas de muito alta tensão” “Desenvolvemos uma solução inovadora de carregamento rápido de veículos elétricos, que permite uma total disponibilidade para potências de carregamento elevadas, redução de tempos de carregamento, otimização da experiência do utilizador e não incorpora em si alterações significativas aos hábitos de consumo. Esta solução é economicamente competitiva e de rápida implementação. Estamos em conversações com operadores a nível europeu para promover este verdadeiro enabler para a transição elétrica” “Queremos a curto-prazo criar as condições para disponibilizar esta solução ao mercado e aí temos de encontrar as parcerias certas para a industrialização da solução. É nesse passo que nos encontramos, estudando a melhor solução. Acreditamos que entre um a três anos conseguiremos ter um projeto em contexto de mercado” 79

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