70 DIA 12 MAIO POST-PANDEMIC AND REINVENTING WITH TECHNOLOGY OPENING MARCELO REBELO DE SOUSA, Presidente da República “A palavra que quero deixar é futuro. O futuro do digital, das comunicações que fazem a diferença. O futuro da mudança. A mudança como a grande constante, científica, tecnológica, financeira, económica, social e cultural. Está nas vossas mãos e o vosso papel pioneiro é indiscutível” “Agora, não é apenas consolidar o passado, nem recuperar. É reconstruir uma realidade diversa para um mundo, uma Europa e um Portugal diversos. O que significa ter ambição, ter metas, antecipar as mudanças do futuro e mudar comportamentos” “Não pode haver um dualismo agravado da sociedade portuguesa entre os que acompanham e os que não acompanham o digital. Essa deve ser a vossa preocupação. Que o encontro seja mais do que um reencontro. Neste arranque do futuro, que seja uma aposta determinada no futuro do país” REINVENTION WITH TECHNOLOGY MARIA MANUEL LEITÃO MARQUES, presidente do Congresso APDC “Refletir sobre o futuro e antecipar tendências foi sempre o que se procurou fazer nos congressos da APDC. Não apenas o futuro das tecnologias, mas sobretudo saber como é que as tecnologias têm impacto na economia e na sociedade. É esse o grande desafio da Europa” “Todos falamos de transição digital e climática, mas a grande preocupação é evitar que estas duas transições deixem muitos de fora. É preciso antecipadamente gerir essa transição. No digital, a pandemia tornou visível o que já existia: a desigualdade entre ricos e pobres e entre homens e mulheres” “O grande investimento terá de ser feito nas competências digitais, se Portugal não quiser ficar numa posição de valor acrescentado menor na economia digital. Conseguir ter tarefas ao longo de toda a cadeia do digital é que tornará o país numa economia mais competitiva. Tem que se repensar e redesenhar a forma como produzimos e vivemos” ROGÉRIO CARAPUÇA, presidente da APDC “Há três palavras-chave nas TIC: transversalidade, responsabilidade e ambição. Transversalidade, porque o setor muda a vida dos outros setores, das pessoas e da forma como se governa. Responsabilidade, pois temos que ser capazes de fazer esta transformação digital de uma forma inclusiva, que não deixe ninguém para trás. Ambição, para termos um país melhor, mais diferenciado e competitivo. Isso é possível, com tecnologia. É só usá-la bem” “Os incentivos são fundamentais e a pandemia significou um incentivo brutal de transformação. A forma como estamos a enfrentá-la tem a ver com os resultados das TIC, da ciência e a reinvenção dos negócios para fazer face a essa situação. As crises são também importantes para vermos que existem coisas mal preparadas” “Não podemos parar de falar disto, porque as pessoas esquecem. Depois da pandemia começar a ser gerível, não podemos esquecer. É preciso estruturar de forma diferente as cadeias de valor. Temos que passar à ação, não com grandes estratégias globais, mas indo ao terreno e garantindo que as coisas mais complicadas possam ser mais simples” PORTUGUESE SCIENCE IN THE BATTLE AGAINST COVID-19 AND ITS ROLE IN THE ECONOMIC RECOVERY MANUEL HEITOR, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior “Vivemos em tempos de incerteza, sobretudo de ignorância coletiva sobre o futuro. Por isso, o debate sobre aprender a viver numa sociedade com risco é o melhor desígnio para as futuras gerações. O que exige mais conhecimento, que só se obtém se o desenvolvermos para enfrentar esta incerteza onde vivemos de forma crescente” “Temos a necessidade de conjugar melhor as necessidades da transição digital, tão intrínsecas à atividade de todos, com o que é a emergência de olhar para a transição climática. É na sinergia entre os desafios de uma e outra que hoje o debate sobre o conhecimento e a ciência deve estar cada vez mais centrado. Se hoje sabemos que a ciência cura, também sabemos que cria mercados e novos empregos” “Ao longo dos próximos meses e anos teremos que refletir muito sobre o que aprendemos com esta pandemia. Mas há lições que já poderemos tirar. Como a articulação crescente entre a ciência fundamental e a capacidade de empreender e
de desenvolver novo conhecimento, com empresas verdadeiramente disruptivas. E de aprender mais ou de ter um quadro regulatório mais robusto, sobretudo no que respeita às inovações disruptivas que temos de acelerar” THE MIRACLE OF MULTIPLICATION OF MERIT HOW TO GUARANTEE ECONOMIC RECOVERY IN A POST-PANDEMIC EUROPE ECONOMY AND HEALTH - HOW TO RECONCILE PRIORITIES PEDRO FAUSTINO, managing director da Axians Portugal “Estou aqui hoje convosco em choque. Porque alguns números têm-me deixado em choque. 61 mil milhões de euros: é este o tamanho do envelope financeiro que está disponível para Portugal até 2029” “Estamos perante a situação insólita de termos, provavelmente, muito mais meios financeiros em Portugal do que talento e gente qualificada para os aproveitar. Sabemos que o talento é dos fatores mais críticos para o desenvolvimento económico e que hoje é cada vez mais o mercado global. Por isso, não temos tempo. Não podemos esperar uma ou duas gerações” “O talento precisa, mais do que um pacto de regime, de quase um choque de regime. A tecnologia pode-nos ajudar nesta urgência nacional de desenvolvimento de talento. Este é um momento de união no skilling e reskilling e é hoje, agora” MÁRIO CENTENO, governador do Banco de Portugal “Precisamos de uma recuperação de base alargada, com um verdadeiro espírito europeu. É nossa obrigação assegurar-nos que nenhum setor ficará para trás e que terá o suporte necessário. Esperamos que a atividade económica recupere gradualmente, suportada pela continuação da forte resposta em termos de políticas de apoio e o desenvolvimento do processo de vacinação” “Não nos podemos enganar. Devemos endereçar os recursos públicos para quem precisa, respondendo às necessidades à medida que forem surgindo, de uma forma direcionada. Numa recuperação assimétrica, as escolhas têm de ser feitas. E todos os agentes económicos devem participar, para impulsionar em conjunto o processo de retoma económica. Desta vez, deixar para trás setores ou parte da população não é uma opção. Nenhum setor de atividade poderá aguentar a recuperação por si só” “Nesta fase, o desenvolvimento tecnológico impactará toda a cadeia de valor de produtos e serviços, promovendo a realocação económica dos fatores para um mais eficiente e sustentável uso de recursos” HENRIQUE BARROS, presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e presidente da Associação Internacional de Epidemiologia “Não estamos a mudar a forma de responder a uma pandemia, mas apenas a mudar a intensidade e natureza da resposta. O que mais importava, para responder a esta crise, estava desacreditado ao nível político e das instituições: era a ciência das populações e a saúde pública” “Não temos um país B ou um planeta B. Vimos e vivemos uma revolução científica, com o digital. Mas não estamos a controlar a qualidade da resposta. Precisamos de uma humildade maior para podermos avançar mais rapidamente e encontrar as soluções” “A desigualdade de acesso e na capacidade de navegar no sistema é clara. Tínhamos obrigação de estar mais preparados para dar resposta à situação. Respondemos demasiado emocionalmente e, seguramente, que devíamos ter feito mais. Espero que o estejamos a fazer para o futuro. Porque o vírus já não é epidémico, vai ficar endémico e estar sempre connosco” 71
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