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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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a abrir 6 HÁBITOS

a abrir 6 HÁBITOS ONLINE SERÃO A NORMA NO FUTURO A PANDEMIA veio alterar os hábitos dos consumidores. Não só deverão continuar a gerir online todas as suas atividades rotineiras, como o teletrabalho, e-learning, saúde eletrónica ou compras online, como também deverão acrescentar, em média, 2,5 novos serviços aos seus hábitos online. Mais: quando entrarem no “novo normal”, vão passar, em média, mais dez horas por semana online, antecipando-se uma redução do fosso entre utilizadores moderados e avançados. ‘The Future Urban Reality’, o maior estudo de consumo realizado até agora pela Ericsson, que reflete opiniões equivalentes a 2,3 mil milhões de consumidores em 31 mercados, destaca ainda que os consumidores passarão a viajar mais e a praticar um estilo de vida mais consciente, antecipando--se que todas as atividades rotineiras serão feitas online até 2025. Cerca de 64% dos consumidores espera uma sociedade com maiores níveis de stress e 75% preveem que a vida será orientada pela conveniência, mesmo que à custa da privacidade. As compras locais estarão na vanguarda, em parte devido a preocupações ambientais. E se metade dos consumidores demonstra preocupação pelas alterações climáticas, 67% procurará aumentar as viagens de lazer no futuro, embora defenda opções de deslocação mais sustentáveis.• Pessoas passarão mais horas online, mas valorizarão, cada vez mais, os momentos de lazer, com família e amigos FOCO NA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE É PRIORIDADE OS NOVOS comportamentos do consumidor, decorrentes da pandemia, estão a acelerar o foco das empresas na experiência. E quem apostar em reimaginar os seus modelos de negócio vai crescer muito mais que os concorrentes, pelo que a grande maioria (77%) dos CEOs pretende mudar a forma como as suas organizações interagem com os clientes. As conclusões são do “The Business of Experience (BX)”, um estudo da Accenture Interactive, que abrangeu mais de 1.550 executivos em 21 países e 22 setores de atividade para perceber o impacto da experiência do cliente na aceleração do crescimento do negócio e na construção da sua relevância. Ficou evidente que as empresas que procuram fornecer experiências excecionais a clientes e colaboradores aumentam a rentabilidade, em valores que são pelo menos seis vezes maiores que os das concorrentes. A esta nova abordagem terá que corresponder um foco total da organização na experience-led, que representa uma nova forma de trabalhar. O estudo fala mesmo em “obsessão pelo cliente”, porque as necessidades do cliente continuarão a evoluir, muitas vezes de forma imprevisível, com experiências inovadoras e sincronização entre tecnologia, dados e vertente humana. Tornar-se um business of experience não é investir mais, mas sim investir de maneira diferente.• CURIOSIDADE MONITORIZAR SONO VIA RADAR É uma iniciativa da Amazon e já teve autorização da norte-americana FCC. A gigante pode desenvolver equipamentos para monitorizar o sono das pessoas que são controladas através de um radar, que terá também de ser desenvolvido. A tecnologia, que pode ser aplicada em equipamentos como o Amazon Echo, utiliza um radar com sensor de movimentos e outras funcionalidades para monitorizar o sono sem contacto com os utilizadores. Pretende-se ajudar pessoas com limitações de mobilidade, capacidade de falar ou mesmo deficiências físicas. A Google também já teve luz-verde para desenvolver um sistema de radar para controlar os smartphones Pixel através de comandos por gestos e sem necessidade de tocar no equipamento.• ILUSTRAÇÕES PCH.VECTOR/FREEPIK

CURIOSIDADE UM BONÉ DE REALIDADE VIRTUAL A ideia é do Facebook e a respetiva patente já está registada desde 2019 na United States Patent and Trademark Office, embora só tenha sido conhecida recentemente. Este boné de realidade artificial terá um visor, que fica pendurado na aba do chapéu. É a resposta à fraca adesão aos óculos de realidade aumentada. Na descrição da patente, refere-se que os óculos são um produto convencional, que tende a desequilibrar-se na cara do utilizador, para além de, em muitos casos, ser bastante desconfortável.• TRABALHADORES À BEIRA DE ESGOTAMENTO DIGITAL… O ALERTA vem da Microsoft, no estudo “The Next Great Disruption in Hybrid Work - Are we Ready?”: apesar de valorizarem padrões de trabalho flexíveis, os trabalhadores estão a começar a registar um “esgotamento digital”. Esta “exaustão digital”, especialmente grave na camada mais jovem, resulta de aspetos relacionados com brainstorming e relações interpessoais, que antes criavam um ambiente de trabalho positivo, terem perdido força, sendo substituídos por constantes chamadas e hangouts virtuais. Isto leva a que 54% da Geração Z, e especificamente nas idades dos 18 aos 25 anos, esteja descontente com o mercado de trabalho e pense em demitir-se. Mas o descontentamento é geral: cerca de 41% da força de trabalho considera despedir-se. Este trabalho surge no âmbito da série anual da Microsoft - Work Trend Index - e baseou-se no testemunho de 30 mil trabalhadores de 31 países, contando com informação de aplicações como o Teams, Outlook e Office 365. São destacadas sete macrotendências: o trabalho flexível chegou para ficar; os líderes estão “desligados” dos trabalhadores e precisam de ser chamados à atenção; a alta produtividade esconde uma classe trabalhadora cansada. Por isso, há que criar um conceito de produtividade, mais amplo, que inclua a colaboração, formação e bem-estar, e potencie o desenvolvimento de carreira, com flexibilidade, como destaca Satya Nadella, CEO da Microsoft.• … PRECISAM DE TER FELICIDADE NO TRABALHO PARA PREVENIR situações de esgotamento digital, as organizações têm de garantir a felicidade dos trabalhadores. O “CEO Study 2021”, do IBM Institute for Business Value (IBV), destaca que pessoas felizes produzem mais e melhor. Por isso, as empresas que colocam o bem-estar acima de tudo registam pelo menos um crescimento superior a 20% face à concorrência que não o faz. Mas há fórmula para a felicidade? O “Find your Essential”, da IBM, entrevistou três mil CEO de 26 indústrias em cerca de 50 países, e conclui que os que lideram empresas com melhor desempenho dizem focar-se no talento, tecnologia e parcerias como motor para desenhar um caminho de sucesso. Estão altamente focados nos colaboradores, na qualidade do workplace e 77% reflete sobre a importância de priorizar o bem-estar holístico, mesmo que isso afete a rentabilidade a curto prazo. Tendo em conta que o espaço de trabalho remoto vem com novos e complexos desafios, a IBM recomenda que os CEO reflitam em relação às necessidades que um escritório digital gera, ao nível da disponibilização de soluções de ferramentas digitais, como a cloud híbrida aberta, a IA e a IoT. • Empresas que apostam no bem -estar registam pelo menos um crescimento superior a 20% face à concorrência 7

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