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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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portugal digital 48 automaticamente, com marketing digital sempre a funcionar, como suporte”. Para empresas maiores, o processo de transformação é distinto, passando, possivelmente, pela otimização da fábrica com robôs, usando a IA para aferir a visão da qualidade da peça, a existência de armazéns inteligentes que lhes permitam carregar e descarregar de forma mais prática. Apesar disso, o conhecimento tem origem nas mesmas disciplinas, um saber que depois é partilhado entre empresários e investigadores, sendo estes, muitas vezes, os próprios mediadores destas conversas. Para João Mendes Borga, “ao fechar portas repentinamente, a pandemia foi muito transformadora, porque quem não tinha existência digital teve de continuar a escoar produto e chegar às pessoas, só que mudou a forma de o fazer, que exigiu aprendizagem de skills novos e diferenciadores”. E reconhece a existência de setores em que esta mudança se torna mais difícil: Não há apenas uma transformação no digital. Há várias a acontecerem. Do trabalho remoto ao blockchain “Um CIT ligado às obras públicas tem uma relação diferente com o digital, do que outro ligado ao calçado ou à moda”. Sobre o modelo de inovação das startups, um mundo que conhece bem, já que foi fundador, em 2017, da StartUp Portugal, agrada-lhe o facto de ser um método muito específico. Ele quis perceber se “esse modelo poderá ser aplicável ao resto da economia, se conseguimos importar alguma da inovação mais disruptiva, destas vagas de tecnologia, para o setor mais tradicional”. Foi esse fator que mais o atraiu para aceitar o desafio de integrar o Conselho de Administração da ANI. “Sei que, ao fim de alguns anos do ‘outro’ lado, tenho muito a aprender com este universo mais público e institucional”. Por ter feito, no início da carreira, transferência de tecnologia para a Universidade de Manchester, “fiquei sempre com o ‘bichinho’ de descobrir o que é a inovação de forma concreta, e perceber como ela faz ou não sentido e como pode passar para a economia real”. Pelo que viu até agora, João Mendes Borga não sente grandes resistências, mas reconhece que, por vezes, a máquina demora a engrenar com determinadas inovações. Refere-se ao tecido económico, à indústria, às PME, porque para todos “é importante aprenderem a fazer as coisas de forma diferente e que inclua novas ferramentas. Não há apenas uma transformação no digital, há várias a acontecerem simultaneamente: desde o trabalho remoto até ao blockchain, passando pela IA, a questão do e-commerce, são diversas transformações nesta área que podem, e vão definir, muitas das formas de trabalho no futuro”. É por isso que o velho conceito “business as usual” foi confrontado com todas estas mudanças, e nesse sentido a ANI está determinada em fazer a gestão da viragem. Existem setores um pouco mais lentos a ganhar um novo balanço, outros mais rápidos. Há poucas dúvidas de que as empresas de menor dimensão, como as startups, podem ser muito mais velozes nessa adaptação, sendo que as empresas que movem um grande número de trabalhadores demoram um pouco mais. Este responsável diz que tem encontrado, em vez de grandes resistências à mudança, “enorme curiosidade e também a necessidade de apoio para descobrir o rumo certo, e é aqui que que os CIT e os CoLABS são peças fundamentais do sistema, porque já estavam a trabalhar nestas temáticas antes de a pandemia chegar. São, de certa forma, detentores de um mapa que pode ajudar as empresas a trilhar um caminho mais seguro”. Em termos económicos, a chegada da pandemia tem vários fatores muito interessantes. “Por si só é um enabler de transformação das nossas competências digitais”, explica João Mendes Borga, e acrescenta: “Nem todos os que eram os incumbentes e emergentes à entrada da pandemia o serão à saída”. É o caso da reinvenção necessária na área do turismo, uma das áreas que pode sair mais prejudicada por este ciclo. “Quem diversificar no meio digital pode sair fortalecido. Todos sabemos que a indústria da restauração, dos eventos, entre outras, nunca mais será como dantes”. Mas no processo em curso, conclui, “todos temos uma aproximação veloz ao que é a tecnologia, todos olhamos de forma muito mais conhecedora para aquilo que são os contextos da ciência, ficamos a conhecer a maioria das regras do trabalho laboratorial (pelas piores razões), e aprendemos a manter espaços impecavelmente limpos em zonas públicas e de comércio. Tudo isto contribui para uma mudança na nossa forma de comprar e consumir e, por conseguinte, altera os atores e a forma de funcionamento da economia.”•

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