negocios 32 “Tem-se notado uma crescente notoriedade da marca ‘Portugal’ como destino de IDE”, afirma Sara Lourosa perspetiva é manter o ritmo, sendo na sua maioria projetos inovadores, como o caso da produção de componentes de foguetão, pela alemã do setor espacial RFA, em parceria com o CEiiA. IR MUITO MAIS ALÉM Mas já não basta contar apenas com os fatores tradicionais de atratividade do país, como a localização estratégica, a segurança, a qualidade de vida, a estabilidade social, a fiabilidade e cobertura de infraestruturas (transportes, telecomunicações e energia), o talento ou o ecossistema inovador e tecnológico para o país ser diferenciador. “Portugal não se pode dar ao luxo de depender apenas destes fatores. Inovação, transparência e talento devem ser motores para uma estratégia a longo prazo e os investidores começam a mostrar algumas preocupações sobre se Portugal está a desenvolver consistentemente estas áreas”, comenta o partner da EY-Parthenon. As conclusões do EY Attractiveness Survey Portugal comprovam-no. Apesar de 91% dos investidores destacarem a qualidade de vida (90% em 2020), 77% a estabilidade do clima social (78% um ano antes) e 76% (75% em 2020) as infraestruturas de telecomunicações, há um recuo das perceções em áreas como as skills locais (66%, contra 67% um ano antes), custos do trabalho (59%, face aos 72% de 2019) e disponibilidade de espaços (57% versus 70%). Tecnologia, sustentabilidade ambiental, sistema fiscal simples e talento estão no topo das prioridades dos investidores, sendo tendências alinhadas com o que é pedido para a Europa, enquanto região. Tendo esta realidade em conta, o survey apresenta várias recomendações para que Portugal possa reforçar a sua posição na captação de IDE: a aposta forte no reforço da liderança tecnológica e no desenvolvimento do conjunto certo de talentos; o desenvolvimento de uma estratégia para cleantech e o potencial do país se tornar um líder de mercado em sustentabilidade; o foco na recuperação social e económica; a simplificação do sistema fiscal; e a melhoria da comunicação do país como o local certo para investir. Consciente dos desafios que é preciso endereçar, a AICEP tem já um novo Plano Estratégico para o triénio 2020-2022, com várias medidas destinadas às empresas “que escolhem Portugal para se instalarem, contribuindo para o crescimento da economia nacional e para a notoriedade internacional do nosso país”, como refere Luís Castro Henriques na edição de julho do Portugalglobal. Entre elas estão o alargamento da rede externa da AICEP, com novas delegações na Noruega, Finlândia e em Chicago, nos Estados Unidos, assim como o reforço da rede de FDI Scouts (especialistas de captação de investimento) na Europa e noutras geografias. Destaque para o lançamento da marca “Portugal”, previsto para 2022, uma “iniciativa a concretizar na próxima década, para aumentar a notoriedade do país no mundo”, fortalecendo dessa forma a estratégia de angariação de investimento estrangeiro.
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84 JOANA SILVA, diretora da PROSPER
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