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COMUNICAÇÕES 239 - Alexandra Leitão: Fazer Política para as Pessoas (2021)

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negocios 30 Os investidores estrangeiros olham cada vez mais para Portugal para instalarem projetos de base tecnológica. E nem a pandemia afetou esta tendência. Aliás, pela primeira vez em muitos anos, o país entrou (em 2020) no top 10 dos destinos europeus preferidos. Agora, a ambição é reforçar a posição nacional na captação de novos investimentos. Este ano, a meta é voltar aos valores recorde de 2019, mas, a prazo, e com a ajuda dos fundos estruturais, como a “bazuca” europeia, pretende-se ir mais além. A Start Campus, da norte-americana Davidson Kempner Capital Management e da britânica Pioneer Point Partners, vai desenvolver em Sines o Hyperscale Data Centre, que até 2025 criará até 1.200 postos de trabalho diretos altamente qualificados e mais de 8 mil indiretos. O Sines 4.0 será um dos maiores campus de centros de dados da Europa, com um investimento até 3,5 mil milhões de euros. Este campus, 100% verde, vai tirar partido da energia verde local barata e da proximidade geográfica aos três continentes, através das ligações rápidas dos cabos submarinos de alta velocidade. A alemã TeamViewer, líder global no fornecimento de soluções de conectividade remota e soluções de digitalização do local de trabalho, vai criar um novo centro de I&D no Porto. Quer melhorar a sua força de engenharia em áreas estrategicamente relevantes, como Realidade Aumentada (RA) e Internet das Coisas (IoT). Para este novo hub de I&D contribuiu a localização, as universidades nacionais e a pool de talento de engenheiros de topo. Considera o país um “hotspot tecnológico vibrante”. A plataforma brasileira de e-commerce VTEX vai abrir o primeiro hub tecnológico em Lisboa, a 5ª cidade na Europa a acolher a empresa, depois de Londres, Barcelona, Milão e Roménia. A razão da decisão? A qualidade dos seus profissionais. Também a norte-americana de serviços profissionais Genpact selecionou Lisboa como a base do seu Content Moderation & Data Labeling, que vai responder às necessidades dos seus clientes de alta tecnologia. A localização estratégica na Europa Ocidental, assente num ecossistema empresarial estável, acesso a Com reconhecido talento e infraestruturas de alta qualidade, Portugal já é visto como um hotspot tecnológico vibrante recursos talentosos e a uma infraestrutura de alta qualidade, foram fundamentais para a decisão. A finlandesa Nokia vai criar em Lisboa um novo Global Business Service Centre, que prestará apoio financeiro e logístico ao grupo mundial. Empregará 300 profissionais. A Mercedes-Benz.io reforçará a sua Digital House em Lisboa, que se tornará a unidade central de desenvolvimento da fabricante automóvel. Serão criadas mais 100 posições para desenvolvimento de produtos digitais. Também a suíça Beck Automation AG vai expandir a sua capacidade de produção internacional na unidade de Barcelos, onde desde 2016 fabrica soluções de automação IML. Mais recentemente, a holandesa Metyis anunciou um investimento de 10 milhões de euros num hub tecnológico em Gondomar, criando 10 mil novos postos de trabalho até 2024. NO RADAR Estes exemplos comprovam que o país se mantém em alta no radar dos investidores internacionais, sobretudo em áreas ligadas ao digital, à tecnologia e à I&D. Apesar da turbulência e dos impactos económicos da pandemia de COVID-19, as perceções positivas dos estrangeiros sobre a economia nacional e os seus planos para o país parecem não ter sido afetados, como mostra a edição de 2021 do EY Attractiveness Survey Portugal, que analisa as tendências do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) e os fatores de atratividade do país. Este estudo mostra que na Europa o investimento recuou 13% no ano passado, enquanto o mercado nacional perdeu 3%, em termos de números de projetos, face ao valor recorde de 2019. O país reforçou a sua posição na Europa, ao entrar pela primeira vez em muitos anos para o top 10 dos países europeus mais atrativos para IDE. No total, Portugal captou 154 novos projetos, sendo que 70% dos investidores vieram da Europa e 30% do resto do mundo. Os novos projetos (73% do total) são responsáveis por 57% dos 8.947 postos de trabalho criados. “O EY Attractiveness Survey Portugal faz parte de uma série de estudos desenvolvidos anualmente pela

Miguel Cardoso acredita que no pós-COVID Portugal estará bem posicionado para atrair ainda mais investimento EY e mostra as principais considerações dos executivos sobre os seus investimentos. Estes estudos são reconhecidos como uma fonte chave de informação sobre IDE. Ao examinarem a atratividade de um território para investimento, visam apoiar os negócios nas suas decisões de investimento e os governos na remoção de barreiras ao crescimento”, explica Miguel Cardoso Pinto, partner da EY Portugal e responsável pela equipa da EY Parthenon, uma das maiores organizações globais de consultoria estratégica no mercado nacional. Segundo o gestor, “os resultados do estudo indicam que a COVID-19 foi um acelerador do crescimento tecnológico e da implementação de novos projetos”. Destes, 67% centraram-se nas áreas de produção, investigação e desenvolvimento (I&D) e centros de serviços partilhados. Cerca de 33% são de software & IT services, o que significa que “para os investidores, digital e tecnologia não são apenas o presente, mas também o futuro de Portugal. De entre os investidores, 45% considera a economia digital o principal setor a impulsionar o crescimento do país nos próximos anos, pelo que é imperativo que se potenciem os principais fatores de atratividade, para aumentar o investimento nessas áreas”. “Tem-se confirmado uma crescente notoriedade da marca ‘Portugal’ como destino de IDE. Esta é a 5ª edição deste estudo anual, que começámos a fazer quando estávamos a sair da crise económica e a visibilidade do país no exterior era relativamente precária. Fomos ganhando credibilidade e isso nota-se, até pelo track record dos investimentos e na perceção dos investidores quanto ao futuro”, acrescenta Sara Lourosa, manager da EY-Parthenon, e responsável por esta edição do estudo, que contou com 203 grandes investidores, 147 dos quais presentes no mercado nacional. O trabalho conclui que os investidores estão a avançar: 41% dizem que os seus planos de investimento para 2021 não mudaram e 17% até os reforçaram. A confiança na recuperação económica nacional é uma realidade, já que cerca de 90% acreditam que o impacto da pandemia na atratividade portuguesa não durará mais do que três anos: 50% consideram que essa atratividade melhorará nos próximos três anos e 37% estão a planear estabelecer ou expandir operações já em 2022. Tendo em conta que 80% dos investidores pensam que a Europa Ocidental será a região mundial mais atrativa para o IDE, no pós-COVID-19, Miguel Cardoso Pinto acredita que haverá uma “grande oportunidade para Portugal consolidar o pipeline de investimento e atrair mais investimento”. Os números avançados pela AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal mostram o renovado interesse pelo país. Segundo o presidente da entidade pública responsável pela promoção do investimento estrangeiro, Portugal deverá voltar este ano a níveis elevados de investimento, superando a meta dos mil milhões de euros, depois dos 287 milhões contratualizados em 2020. Recorde-se que em 2019 alcançaram-se valores recorde de 1.172 milhões de euros. Luís Castro Henriques garante que já assegurou “várias centenas de milhões de euros” em projetos e a 31

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