apdc news O FUTURO DOS NEGÓCIOS – EXCELÊNCIA NO TELETRABALHO: PREPARAÇÃO DAS EMPRESAS PARA O PÓS-PANDEMIA Pessoas no centro de tudo O modelo de trabalho híbrido veio para ficar, depois da pandemia ter obrigado as organizações a repensar toda a sua estrutura, processos e até a sua cultura. Texto de Isabel Travessa 60 https://bit.ly/2Pjg4Ri TALENTO, PESSOAS, cultura, liderança, produtividade, inovação, bem-estar, novos espaços, tecnologia, digital, experiências. O futuro das empresas passa, cada vez mais, por colocar as pessoas no centro de todas as estratégias, pois só assim poderão ser capazes de responder aos desafios do mercado, serem competitivas e vingarem num mundo cada vez mais instável. Neste webinar do ciclo “O Futuro dos Negócios”, que decorreu a 25 de março, analisou-se a “Excelência no Teletrabalho: preparação das empresas para o pós-pandemia”. Depois de um ano de aprendizagem, e num processo de mudança da forma de trabalhar que acabou por ser “relativamente fácil” e que implicou a criação de um sistema híbrido, a Minsait está agora a evoluir neste modelo, criando mesmo soluções à medida para facilitar a sua operação, assentando toda a estratégia nas suas pessoas, como explica o seu CEO, Vicente Huertas. Também na EDP, desde o primeiro momento que a preocupação foi as pessoas e a sua salvaguarda, tanto para quem pode trabalhar remotamente, como para os colaboradores na linha da frente. Marta Belo, diretora dos Serviços Corporativos da EDP Global Solutions, não tem dúvidas de que “o digital é um novo normal” e que a comunicação, orientada e sólida para toda a organização, tem sido um eixo fundamental. Depois da pandemia ter vindo
“reforçar um conjunto de reflexões que vínhamos a fazer sobre as novas formas de trabalhar”, estão agora “a ser discutidas várias ideias. Tudo aponta para um modelo híbrido, onde as pessoas possam executar as suas funções em teletrabalho”. Mas qual o impacto da digitalização nos processos das organizações, nesta nova realidade híbrida? A Microsoft tem realizado alguns estudos que mostram uma aceleração das novas formas de prestação de trabalho, numa tendência que é irreversível. Paula Fernandes, diretora de Colaboração e Produtividade na tecnológica, destaca que um dos relatórios mostra que a forma como o trabalho flexível é encarado sofreu uma alteração dramática: 92% dos líderes nacionais inquiridos prevêem a permanência deste modelo no pós -pandemia face aos 15% em 2019. Líderes e colaboradores olham o futuro do trabalho como cada vez mais híbrido e flexível, o que implica que “a inovação e transformação tecnológica do trabalho é vista como uma prioridade”, diz Paula Fernandes. Mas, sendo a tecnologia um capacitador, não se poderá esquecer o tema fundamental da qualificação das pessoas. Importante será ainda o investimento na cibersegurança, a automatização de processos, encontrar novas formas de contactar com os clientes, “porque o mundo mudou e há que ter novas formas de interação”, e repensar o regresso ao escritório. “A nossa capacidade de responder a estes desafios vai determinar o nosso sucesso no futuro”, garante, Líderes e colaboradores olham para o trabalho como cada vez mais híbrido. Mas as pessoas têm de estar no centro explicando que existem três grandes dificuldades sentidas no trabalho remoto: cultura de empresa, coesão da equipa e criação de mais silos. Manter os ciclos de inovação é outro problema, a que acresce a dificuldade das lideranças na gestão de equipas virtuais, já que sentem “uma perda no focus e nas metas a atingir, porque o setup é diferente”. Ao nível dos trabalhadores, os impactos também são grandes. Acréscimo de trabalho, decréscimo da saúde mental, esbatimento entre a vida pessoal e profissional são exemplos. “A flexibilidade do modelo de per si não é suficiente. Temos de fazer uma mudança de paradigma e na cultura das organizações. E não há uma fórmula mágica para o futuro. Há pistas e neste espetro enorme de opções, que vai ser muito de tentativa e erro, uma coisa é certa: o modelo de trabalho vai ser híbrido”, salienta a responsável da Microsoft. Para quem “o elemento-chave será reimaginar as organizações e a sua cultura, com as pessoas no centro. O bem-estar vai ser verdadeiramente o catalisador para a produtividade e, em larga medida, das culturas, que vão ter de ser cada vez mais ágeis a gerir estes processos de mutação contínuos a que vamos assistir. Quanto mais investirmos nas pessoas e em proporcionar-lhes a melhores experiências, maiores são os seus níveis de compromisso e, consequentemente, de retenção”.• Vicente Huertas, CEO da Minsait Marta Belo, diretora de Serviços Corporativos da EDP Global Solutions Paula Fernandes, diretora da Área de Solução de Colaboração e Segurança da Microsoft Sandra Fazenda Almeida, diretora executiva da APDC (moderadora) 61
APDC, GOOGLE E IEFP UNEM-SE PARA MU
edit orial Sandra Fazenda Almeida,
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