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COMUNICAÇÕES 237 - Que Portugal Digital Queremos Construir? (2020/2021)

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APDC 237 - Que Portugal Digital Queremos Construir? Janeiro 2021

itech 46 Vicente Huertas

itech 46 Vicente Huertas Um amor que não se acaba Vicente Huertas é um apaixonado por tecnologia. E essa inclinação revela-se nos detalhes. Na forma como descreve tudo o que pode fazer com os devices que o acompanham sempre, ou na descontração com que assume a sua dependência deles. Para o CEO da Indra Minsait em Portugal, o mundo sem esta dimensão não seria a mesma coisa. Texto de Teresa Ribeiro | Fotos cedidas Com um sorriso na voz, informa: “Tenho sempre um celular de última geração” e aponta para o seu Samsung Note 10, o objeto onde guarda parte importante da informação que regula a sua vida e de que nunca se separa. Já está atrasado, admite, “porque o Samsung Note 20 saiu há dois meses”. Ao desvendar-se, diverte-se. Sabe que esta espécie de ritual que o leva a substituir rapidamente o telemóvel pelo modelo mais recente pode ser tomada por capricho, mas ele explica que o que lhe está subjacente é algo muito racional e pragmático: “Para mim o celular é uma ferramenta muito importante, por isso justifica-se querer ter o melhor”. Fidelizou-se aos Note há muito tempo: “Desde que apareceram sob a forma de celulares, nunca mais quis outra coisa. Tive o 2, o 4, só não comprei aquele em que a bateria dava problemas e acabava por explodir (risos)”. Aprecia nesta série as grandes dimensões do ecrã, que quase o equivalem a um laptop e a caneta, um acessório que usa muito. Pega-lhe com delicadeza, revelando neste simples gesto o enorme valor que lhe atribui: “Tenho aqui dentro 18 contas, de diferente tipo: de emails, bancos, vários serviços. E instalados vários certificados digitais para assinatura eletrónica, de diferentes países. Faço tudo por telemóvel. Posso estar na praia e a tratar de tudo, até porque este Note, por acaso, também é à prova de água” (risos). O tema, por lhe ser tão agradável, deixa-o visivelmente bem-disposto. Admite ser um freekie, quando revela que tem várias cópias de segurança dos conteúdos do seu Samsung, guardadas em locais diferentes. Apesar da intimidade que estabeleceu com a tecnologia, há limites de confiança que não ultrapassa. Não gosta, por exemplo, de ter backups na cloud: “Todas as contas têm agora uma oferta dessas e é fácil, muito simples, muito cómodo ter backups na cloud, só que há aplicações que se usam neste tipo de ferramentas que muitas vezes libertam mensagens em que pedem autorização para aceder a diversas coisas. E o que acontece é que basta uma distração, darmos um ok irrefletido e os nossos dados passam a ficar expostos”, explica. Não são porém, estas linhas vermelhas que o fazem gostar menos de tecnologia. Prova disso é que a tem incorporada em quase todos os recantos da sua casa. De tal forma que habitá-la também é, em boa parte, um exercício lúdico. Entre outras coisas, pode ligar e desligar eletrodomésticos, correr as persianas e regular as luzes a partir do telemóvel. Usar estas funcionalidades diverte-o: “Admito que o efeito prático de fazer todas estas coisas a partir do telemóvel não é, a maior parte das vezes, relevante. Mas eu gosto. Para mim, é como estar a divertir-me com um brinquedo”. Fascina-o a conetividade que a tecnologia digital permite, mas reconhece que é algo que as pessoas precisam de aprender a controlar, sob pena de acabarem escravizadas: “A conetividade possibilita melhorar a produtividade, resolver muitas coisas em paralelo, mas precisa de normas. Temos de aprender a geri-la, respeitar códigos de conexão. Hoje, porque a tecnologia assim o permite, as pessoas têm sempre a expetativa de receber respostas imediatas, mas isso gera, por vezes, grandes pressões como quando recebemos por diferentes canais solicitações de urgência no trabalho, em simultâneo”, desabafa. Não se pense, porém, que o CEO da Indra Minsait em Portugal não gosta de estar sempre ligado. Gosta. E está. Mas diz que pertence a uma geração onde as pessoas ainda conseguem estar sem olhar para o telemóvel durante um jantar de amigos. Por isso, quando quer e sabe que pode adiar o que não é inadiável, fica em off. Quando for possível também voltará aos estádios de futebol com o telemóvel no bolso, mas em silêncio.•

Samsung Note 10 – o objeto onde guarda toda a informação relevante e de que nunca se separa O Elitebook HP, sempre conectado com o telemóvel, é onde prefere trabalhar quando está no escritório ou em ambiente similar. Em média, Vicente Huertas está mais de 12 horas por dia em frente a este ecrã 47

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