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COMUNICAÇÕES 225 - O Líder Mobilizador (2017)

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APDC 225 - O Líder Mobilizador Dezembro 2017

Navide e Patrícia,

Navide e Patrícia, formandos do Centro de Cidadania Digital de Marvila, desenvolveram um projeto de IoT que lhes revelou as potencialidades do conhecimento na área digital

cidadania digital centro de cidadania digital De Marvila, com amor Durante três anos a CDI Portugal desenvolveu em Marvila, Lisboa, um projeto que associou literacia digital a inclusão social. Autêntico laboratório de ideias, o Centro de Cidadania Digital afirmou- -se como um caso de sucesso. Texto de Teresa Ribeiro Foto de Vítor Gordo/ Syncview João BaracHO, diretor executivo da CDI Portugal, ONG que aposta na literacia digital como forma de inclusão social, não podia estar mais satisfeito. Três anos depois de ter lançado o Centro de Cidadania Digital de Marvila, faz o balanço e contabiliza: “Criámos um contexto de projetos muito interessantes, em que estiveram envolvidas cerca de 970 pessoas. Dos diferentes grupos de trabalho saíram diversas propostas para o orçamento participativo. Uma delas passou a projeto”. O Centro de Cidadania Digital nasceu em novembro de 2015 de uma parceria estabelecida entre a CDI Portugal, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Marvila. O objetivo era promover junto da população de Marvila o conhecimento sobre novas tecnologias, mas no contexto da cidadania. Crianças, jovens, seniores e até refugiados foram convidados a refletir sobre os seus problemas e os da sua comunidade e a propor soluções. Sob o lema “Se queres que a tua ideia se torne genial pede à tua comunidade para participar”, os frequentadores do centro desenvolveram um espírito de partilha e interajuda que se traduziu na apresentação de múltiplos projetos para a freguesia. Da iluminação pública à recolha do lixo, passando pela intervenção junto de animais abandonados, muitos foram os temas que constituíram o ponto de partida para a formação tecnológica, objetivo último da CDI. João Baracho acredita que esta forma de abordagem à tecnologia é fundamental para cativar camadas da população que à partida não estão recetivas a formas de ensino mais tradicionais: “Preferimos dar a formação à medida dos problemas que nos são colocados”. Desta forma o conhecimento é veiculado como uma solução, o que faz a diferença. Exemplos? “Demos Excel aos seniores que queriam fazer as contas lá de casa; ensinámos jovens a usar ferramentas de geolocalização para identificar e fotografar os problemas do bairro”. Se são apresentadas com um Apresentadas como um meio para resolver problemas, as ferramentas digitais ganham novo interesse para os menos recetivos às formas tradicionais de ensino objetivo prático, as ferramentas digitais ganham novo interesse. Que o digam Patrícia e Navide, dois dos jovens que participaram num projeto de IoT: “Não tive TIC na escola, por isso ao vir para o CCD de Marvila consegui aprender a fazer com um computador e um smartphone muito mais do que comunicar e jogar”, partilhou Patrícia. Navide diz que foi importante descobrir se gostava de computadores: “Não tinha experiência, agora sei programar. E descobri que a tecnologia oferece soluções fáceis para problemas difíceis”. Formadora e gestora num dos projetos, Priscila Andrade gostou de ver crescer entre os seus formandos o espírito de interajuda e a consciência cívica e percebeu de forma clara o impacto que a aquisição de conhecimentos na área digital tem na autoconfiança de quem anteriormente se sentia infoexcluído: “Quando descobrem que conseguem construir soluções para diversos problemas adquirem a consciência de que têm poder sobre as suas decisões”. De malas aviadas para Valongo, onde vai desenvolver um projeto semelhante, a equipa da CDI Portugal espera que em Marvila a semente que deixou continue a germinar pela cidadania e pela inclusão.• C

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