APDC news Conferência smart cities Vontades transformadoras Sem soluções de mobilidade não há centros urbanos inteligentes. Há vários processos inovadores em marcha e multiplicam-se os exemplos de boas práticas, assentes no potencial tecnológico. Mas não chega. As cidades precisam de se saber recriar. Texto de Isabel Travessa Fotos cedidas Garantir um desenvolvimento sustentável, criar riqueza e dar mais qualidade de vida aos habitantes: hoje, estas são as ambições de qualquer cidade. Para as alcançar, as urbes precisam de ter soluções de mobilidade verdadeiramente inteligentes, que apostem na inovação tecnológica. Para debater as estratégias e alternativas, a APDC, CEiiA e Green Project Awards realizaram uma conferência sobre “Cidades e Mobilidade Sustentáveis - Repensar a Mobilidade Urbana e o Futuro Sustentável das Cidades”. Esta foi uma oportunidade para se refletir sobre a importância da mobilidade na recriação das cidades, onde se debateram as estratégias e alternativas, se promoveu a partilha de experiências e boas práticas e se perspetivou o futuro que já está aí. Os centros urbanos enfrentam hoje um conjunto de desafios que, em simultâneo, abrem um mundo de oportunidades ao desenvolvimento de iniciativas e estratégias inovadoras. O caminho? As parcerias no ecossistema. Criando-se espaços de experimentação e promovendo-se o trabalho em conjunto para desenvolver soluções que respondam a novas realidades e ritmos de desenvolvimento distintos. o caso do ceiia Se a inteligência das cidades ainda está em construção, já há muito trabalho a ser desenvolvido e implementado. O caso do CEiiA Repensar a mobilidade urbana e o futuro sustentável das cidades foi o objetivo desta conferência, que decorreu em Matosinhos é um exemplo. Tendo em conta as grandes tendências da mobilidade - urbanização, impactos nos custos e nas emissões, colapso do paradigma atual e alterações de comportamentos – este centro tem vários projetos em curso, alguns já implementados em autarquias como Cascais ou o Porto. Soluções como o bikesharing, carsharing, carros elétricos, condução autónoma ou gestão de tráfego ou de estacionamentos, entre outros, são sempre centra- C
A APDC e o CEiiA juntaram-se ao Green Project Awards neste evento O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, falou no encerramento do encontro o tema do big data, enquanto tecnologia inteligente para a mobilidade urbana, esteve em destaque nesta conferência das no utilizador, que é chamado para o processo de criação. O tema do big data, enquanto tecnologia inteligente para a mobilidade urbana, esteve em destaque, dada a sua relevância para a conetividade, partilha e gestão de dados e criação de valor. A articulação da gestão urbana inteligente e desenvolvimento sustentável também esteve em discussão. Sobre este tema, a ideia consensual é a de que os desafios ainda são muitos, mas é fundamental saber antecipar necessidades, expetativas e preferências dos cidadãos/consumidores, preparando respostas à altura e superando dificuldades. Automatização, robotização e até inteligência artificial são já uma realidade no processod e resolução destes problemas. “As cidades são um ponto de encontro de vontades transformadoras”, defendeu o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. O governante alertou para a necessidade de preparar desde já o futuro, porque o modelo atual de cidades está a chegar ao fim. Hoje, referiu o ministro no encerramento do encontro, consomem-se mais recursos do que o planeta disponibiliza. Para o governante, “temos de ser capazes de desenvolver um novo modelo económico, com emprego mais qualificado, criação de riqueza mais sustentável e bem-estar mais partilhado”. Para isso, “as pessoas têm de ser cada vez menos consumidoras e cada vez mais utilizadoras”.• C
n.º 225 • Dezembro 2017 ano 31
Loading...
Loading...
Loading...