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COMUNICAÇÕES 225 - O Líder Mobilizador (2017)

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APDC 225 - O Líder Mobilizador Dezembro 2017

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Em destaque Influenciadores digitais Sandra Alvarez, diretora-geral da agência de meios PhdMedia, diz que “há seis, sete anos” ainda não trabalhava com influenciadores digitais. Essas figuras só entraram regularmente nas propostas aos seus clientes “nos últimos três anos”, quando se tornou percetível que a sua presença no mercado já era incontornável: “Nessa altura começámos a perceber que estas pessoas – em boa parte anónimos que emergiram das redes sociais - ganhavam peso no processo de decisão de compra dos consumidores que as seguiam”, explica. Se esta conquista de poder mediático não passou despercebida às agências de meios, muito menos escapou ao radar das próprias marcas. Nascidos de geração espontânea nos meios digitais, os influenciadores impuseram-se quase todos com uma naturalidade desarmante. Sandra Alvarez aponta como exemplo a conhecida história da ascensão de Cristiana Rodrigues, que assina o blogue Salto Alto, um caso sério de popularidade: “Começou por ter de fazer um trabalho para a escola. O trabalho era criar um blogue, mas nem sequer estava entusiasmada: Achava que não tinha jeito”. A verdade é que graças ao seu estilo de escrita espontâneo e despretensioso cativou um número crescente de leitores e hoje é paga por marcas para escrever os seus posts na área de moda e life style”. Mas o que leva as marcas a investir cada vez mais nestas figuras cujos créditos se vão firmando desta forma imprevisível, ao sabor da popularidade conquistada nas redes sociais? Sandra Alvarez diz que é “a ideia de transparência e de honestidade” que passam para as suas audiências, algo que a publicidade tradicional, que prega em causa própria, jamais alcançará. Yes, we can! A informalidade, que é o registo das redes sociais e que por sua vez gera nas audiências a impressão de proximidade, é um dos aspetos que distingue a comunicação dos influenciadores digitais dos meios de publicidade clássicos. Este tipo de abordagem, que favorece a criação de laços de empatia com os leitores, não chega, porém, para explicar a ascensão meteórica de uma audiência. Ricardo Tomé, diretor coordenador da Media Capital Digital, tem dedicado muito do seu tempo a estudar e acompanhar a emergência desta nova classe de vedetas. Na sua opinião, as comunidades que seguem os influenciadores digitais só crescem se estes tiverem talento e know how para “fazer com que os seus seguidores se sintam uma extensão deles próprios”. Mais do que uma identificação, o que está em causa é o sentimento de partilha: “Quando a campanha de Barack Obama cresceu, foi neste nível. Foi quando transmitiu às pessoas a ideia: ‘Nós juntos é que vamos fazer isto’”, explica Ricardo Tomé. nascidos de geração espontânea nos meios digitais, os influenciadores impuseram-se quase todos com uma naturalidade desarmante são vários os fatores que fazem uma presença crescer nos canais digitais. A escolha criteriosa das plataformas é um deles C

Sandra Alvarez, diretora-geral da agência de meios PHDMedia, lançou um “manual de instruções” sobre como ser blogger e ganhar dinheiro com isso, que foi um sucesso de vendas “Quando temos youtubers a dizer: ‘Não façam só like ao vídeo, façam subscrição ao meu canal”, estão a dar uma missão aos seus seguidores que é: ‘Se gostas disto, junta-te a mim e vamos divulgá -lo’. É essa sensação de team building que faz com que a comunidade cresça”, acrescenta. Antes, porém, de atingir este estádio é preciso começar por ter aptidão para comunicar e chegar às pessoas. Isso, garante Ricardo Tomé, “não se ensina”. Ele sabe do que fala: também a lecionar na Universidade Católica e na Universidade Europeia, nomeadamente temáticas relacionadas com digital branding, conteúdos digitais e redes sociais, diz que “são vários fatores que fazem uma presença crescer: a escolha criteriosa das plataformas é um deles, pois não vale a pena criar contas no Youtube, no Linkedin, no Twitter, no Instagram, no Facebook e um blogue se não há tempo para gerir tudo bem”. Saber adaptar o conteúdo às plataformas escolhidas “é outro fator crítico”, salienta, mas se antes de tudo isso não houver “capacidade de trabalho, dedicação, bom senso, energia, paixão, resiliência e uma boa atitude”, nada feito. Quando os influenciadores começaram a emergir no mercado, era mais fácil sobressair nos canais digitais, mas com a explosão de pretendentes a influenciadores, que enxameou as redes, a concorrência endureceu. Ricardo C

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