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CIO: Agente da Mudança

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WEBMORNING - CIO: AGENTE DA MUDANÇA Joana Rafael, COO, Sensei “A pandemia foi o maior acelerador e catalisador digital também na sensei. Abrimos a primeira loja autónoma tecnológica, para transformar a forma como os clientes fazem compras, em parceria com a Sonae. A loja física ainda é responsável por 85% do negócio do retalho em todo o mundo e tudo assenta em dados” “A nossa missão é tornar a compra para o cliente em loja sem fricção e desbloquear e ajudar o retalhista a ser mais eficiente, trazendo a tecnologia, como a IA e o machine learning, para as lojas, que ficam autónomas. Somos o novo POS, com integração” “O maior desafio em empresas como a sensai, que triplicou os colaboradores durante a pandemia, não é ao nível da produtividade, mas ao nível da cultura de empresa, onde o escritório continua a ter um papel importante. Estamos todos numa fase de aprendizagem, mas já sabendo que esta é uma nova forma de trabalhar” Rui Ribeiro General Managar, IP Telecom “É relativamente fácil para as organizações novas começarem do ponto de vista digital, porque não têm histórico. Esse é, provavelmente, um dos maiores problemas das empresas com história e sistemas legacy: saber como implementar a mudança e a transformação, porque se trata de mudar processos e não despejar tecnologia neles. As lideranças têm de colocar o IT num papel estratégico” “Descarrega-se muitas vezes no CIO a solução para tudo e ele não faz milagres nem põe as empresas a dar resultados positivos. As lideranças têm de ter uma estratégia e saber para onde vão. Não existe um big bang: uma empresa anda a várias velocidades e há que saber gerir tudo em paralelo” “Os desafios não vão parar. Haverá sempre novos. As estruturas e dinâmicas dentro da organização têm que se transformar em permanência, porque há sempre tecnologias disruptivas a mudar radicalmente o mercado”

7 mente em termos de stocks, é essencial. As transformações dos últimos tempos têm, sem dúvida, acelerado esta mudança”, diz, não tendo dúvidas que tudo está a ser acelerado por gigantes do setor, como a Amazon. MUDAR PROCESSOS Já para empresas com um histórico e com sistemas legacy, saber implementar a mudança e a transformação para o digital é um enorme desafio. Até porque se trata de “saber como mudar processos e não despejar tecnologia nos processos”, começa por destacar Rui Ribeiro. O General Manager da IP Telecom partilha a opinião de que o CIO é, de facto, um novo super-herói dentro das empresas, porque tem que perceber de negócio, tecnologia, psicologia, logística, integração…”. Há ainda que ter a noção de que “não trabalham sozinhos, mas sim em equipa”, pelo que, como o estudo da Logicalis mostra, “as organizações e as suas lideranças, dentro da sua cadeia de valor, têm de colocar as áreas do IT num papel estratégico. Não serem apenas uma atividade de suporte ao negócio, mas ser um motor core na cadeia de valor”. Para o gestor, “há muitas temáticas a ter em consideração, pelo que deve ser feita dentro das organizações uma análise e autocritica construtiva”. No setor público, os desafios são similares, mas bem mais complexos em termos de ganhar agilidade e inovação e de mudar procedimentos e culturas. Concordando com a opinião de que “um CIO é um agente impulsionador da mudança e da abordagem”, Teresa Girbal, vice -presidente da eSPap, a entidade de serviços partilhados da Administração Pública (AP) salienta que a organização é em si muito tecnológica. Mas há que saber mostrar como se pode fazer melhor, sendo a adoção gradual da cloud “um passo muito importante. Ainda hoje estamos a melhorar a forma de adoção da cloud de forma segura e inteligente na AP, que é uma ferramenta imprescindível para a mudança”. Para Teresa Girbal, “a pandemia foi um dos grandes impulsionadores da tecnologia, mas também veio mostrar que é possível quebrar tabus, como a possibilidade do trabalho remoto. O que traz mais mudanças, uma vez que o trabalho tem que ser medido pelos resultados, quando os processos não se mudaram. Há ainda muito por fazer. Não basta digitalizar e dizer que está a ser feita a transformação digital. Os processos de back office nas entidades ainda não são intuitivos e temos de o garantir”. Temas como a segurança e a escassez de recursos, sobretudo nas áreas tecnológicas, são desafios que há que saber endereçar. “Temos que mudar a forma como abordamos a tecnologia em favor do negócio, porque a tecnologia é um instrumento”, alerta. Sobre as crescentes responsabilidades e tarefas a cargo do CIO, Rui Ribeiro admite que muitas vezes se considera que o “CIO é a solução para tudo, quando ele não faz milagres nem põe as empresas a dar resultados positivos. As lideranças têm que ter a noção clara que há que ter uma estratégia e saber para se vai. E perceber que a estratégia digital tem de ser integrada em todos os processos de decisão”. Para o gestor, “não existe um big bang. As lideranças têm de estar conscientes de que uma empresa anda a várias velocidades e há que saber gerir tudo e em paralelo, garantindo que

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